O Japão vai exportar sistemas intercetores de mísseis terra-ar para os Estados Unidos, em resposta a um pedido de Washington, com escassez destes equipamentos devido à ajuda à Ucrânia, foi, esta terça-feira, noticiado.
O Governo japonês vai exportar os sistemas de mísseis Patriot, nomeadamente as baterias PAC-2, que intercetam sobretudo aviões e mísseis de cruzeiro, bem como os sistemas PAC-3, que intercetam mísseis balísticos, para os Estados Unidos, que detêm a licença para o equipamento, informou a emissora estatal NHK.
Em primeiro lugar, o Japão vai enviar os sistemas que fazem parte do arsenal das Forças de Auto Defesa nipónicas e, a partir do início do ano, iniciar uma coordenação em grande escala com a parte norte-americana para poder enviar mais equipamento.
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Na sexta-feira, o Governo japonês deu luz verde a uma reforma dos regulamentos que regem as exportações de equipamento e tecnologia militar, flexibilizando as restrições, o que vai permitir aprovar projetos de cooperação com nações aliadas para o envio de produtos letais acabados, algo proibido até agora.
Até à revisão, o Japão apenas autorizava o envio de componentes de equipamento para os Estados Unidos, mas agora vai poder exportar equipamento de defesa acabado, produzido com licenças estrangeiras, para os países detentores das patentes.
“Num ambiente de segurança cada vez mais severo, a aliança Japão-EUA desempenha um papel essencial para garantir a segurança do Japão e a paz e estabilidade da comunidade internacional, incluindo na região do Indo-Pacífico”, afirmou o Ministério dos Negócios Estrangeiros japonês, em comunicado.
Tóquio justificou o envio de mísseis como benéfico para a segurança do Japão e, como será operado exclusivamente pelos Estados Unidos, “existe um elevado grau de certeza de que será corretamente gerido”, de acordo com a mesma nota.
Os novos controlos de exportação continuam a impedir que o país asiático envie armas para países em guerra, embora autorize o envio para países que detenham a patente, como é o caso do sistema Patriot, enquanto a transferência para uma terceira nação exigirá a autorização de Tóquio.