Os trabalhadores da Altice rejeitaram esta sexta-feira a proposta de aumentos salariais, apresentada no dia em que levaram a cabo uma concentração em Lisboa, e irão reunir-se na segunda-feira, para decidir formas de luta, segundo o sindicalista Manuel Gonçalves.
Em declarações à Lusa, o dirigente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Telecomunicações e Audiovisuais (Sinttav), que integra a Frente Sindical, disse que os objetivos da concentração realizada esta sexta-feira, e que se repete no Porto, no sábado, se prendem com a “atitude inaceitável da administração da Altice no processo de negociação que está a decorrer“.
“A empresa tinha na mesa uma proposta de 1,5% para os aumentos salariais e hoje passou para 1,6%”, o que “nem dá para um café”, ironizou.
“Segunda-feira vamos ter outra reunião com a empresa, mas por aquilo que percebemos, não vai haver grandes alterações”, destacou, indicando que os trabalhadores irão, no mesmo dia, decidir as medidas a tomar.
“Na nossa opinião, a empresa está vendida e este dono não quer assumir responsabilidades”, referiu.
Num comunicado divulgado esta quinta-feira, a Frente Sindical considerou que “a proposta de 30 euros nos salários até 2.000 euros e 1,5% nos salários acima deste valor ao fim de sete sessões de negociação, traduz-se numa total desconsideração pelos trabalhadores e contraria a mensagem da CEO [presidente executiva] Ana Figueiredo quando se propõe a tudo fazer para que a Altice seja a ‘melhor empresa em Portugal onde se possa trabalhar'”.
A Frente Sindical é composta pelo Sinttav, Sindicato Nacional dos Trabalhadores de Correios e Telecomunicações (SNTCT), STT – Sindicato dos Trabalhadores de Telecomunicações e Comunicação Audiovisual (STT), Federação dos Engenheiros e o Sindicato de Quadros das Comunicações (Sinquadros).