O antigo campeão de boxe Mike Tyson exortou o presidente dos EUA, Joe Biden, a cumprir o seu compromisso de “corrigir a abordagem falhada em relação à marijuana” e a conceder clemência aos milhares de infratores não violentos que ainda se encontram nas prisões federais norte-americanas.
Ao The Guardian, o pugilista diz que está na altura de o presidente conceder clemência aos presos e “acabar com a proibição da canábis de uma vez por todas”. “O Presidente Biden tem o poder de efetuar mudanças reais – pode corrigir estes erros e conceder clemência aos que estão na prisão por crimes relacionados com a canábis”, acrescenta.
O apelante considera a “fracassada guerra às drogas um erro”, referindo que “ninguém deveria estar preso por causa da canábis”. De acordo com o jornal inglês, a venda legal de marijuana nos EUA atingirá em breve 40 mil milhões de dólares anuais.
Em 2018, o pugilista, considerado um dos melhores pesos pesados da história do boxe, construiu um resort inteiramente dedicado à planta da canábis e e aos seus usos médicos e recreativos.
Os ativistas que lutam pela libertação destes reclusos, e agora Tyson, afirmam que é uma injustiça o facto de mais de 2.000 pessoas – na sua maioria população negra – estarem em prisões federais condenadas por uma conduta que hoje em dia é legal em quase metade do país. A canábis é legal para uso recreativo em 24 estados dos EUA. Mesmo para aqueles que venderam canábis e agora estão livres, “os seus registos criminais são muitas vezes um sério impedimento para encontrar trabalho”.
“Por meio de uma concessão de clemência categórica, [Biden] pode declarar o fim da guerra federal contra o nosso próprio povo e marcar uma nova era baseada na paz e na prosperidade”, afirma Tyson na carta enviada ao presidente norte-americano. Em 2021, os rappers Drake, Killer Mike e outros artistas já tinham enviado um apelo idêntico ao Presidente dos EUA.