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Zelensky quer colmatar falta de ajuda do Ocidente: russos “estão a aproveitar os atrasos na ajuda à Ucrânia”

Um piloto russo que desertou em agosto passado para se entregar ao Exército ucraniano com o helicóptero que pilotava foi encontrado morto em Espanha, informou esta segunda-feira o jornal ucraniano Kyiv Post.

A morte do piloto foi confirmada pelo representante dos serviços secretos militares ucranianos (GUR), Andri Yusov, que indicou não se poder “confirmar o motivo” da morte, e sem mencionar o local onde Maxim Kuzminov foi encontrado.

Fonte do GRU declarou ao Ukrainska Pravda, outro media ucraniano, que o piloto foi morto a tiro.

Segundo a mesma fonte, perto da sua residência foi encontrado um automóvel calcinado que poderá ter sido utilizado pelos perpetradores.

Segundo a fonte do GUR, Kuzminov optou por viver em Espanha em vez de se fixar na Ucrânia.

A deserção do russo foi divulgada em setembro passado quando o GUR ucraniano publicou imagens onde o piloto, então com 28 anos, indicava como foi contactado pelos serviços secretos militares inimigos, que lhe ofereceram a deserção para o lado ucraniano a troco de dinheiro e proteção.

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O vídeo demonstra Kuzminov a aterrar ao comando do seu helicóptero Mi-8 numa base militar da região de Kharkiv, leste da Ucrânia e junto à fronteira com a Rússia.

Na ocasião, e segundo referiu Kirilo Budanov, então chefe do GUR ucraniano, Kuzminov cruzou a fronteira voando a baixa altitude, para escapar à deteção de radares, juntamente com outros membros da tripulação que não sabiam dos planos do piloto, e que foram mortos quando tentaram fugir após a aterragem.

Nas suas declarações, Budanov também assegurou que a inteligência militar ucraniana conseguiu retirar da Rússia a família do piloto desertor.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, desencadeada em 24 de fevereiro de 2022, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

Os aliados ocidentais da Ucrânia têm fornecido armas a Kiev e aprovado sucessivos pacotes de sanções contra interesses russos para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra.