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A administração Biden, nos EUA, está cada vez mais preocupada com a possibilidade de a Rússia e a Coreia do Norte estarem a planear algum tipo de iniciativa capaz de desestabilizar a campanha com vista às eleições de novembro. Essa possível “surpresa de outubro” seria algo que, na cabeça de Putin e Kim-Jong Un, poderia gerar maior turbulência geopolítica, receia o governo norte-americano, segundo noticiou a NBC News.

“Não temos dúvidas de que a Coreia do Norte irá ter uma atitude de provocação, ao longo deste ano”, disseram várias fontes dos serviços secretos dos EUA. A dúvida é, apenas, saber “até que ponto as iniciativas poderão significar uma escalada” da tensão entre os EUA e a Coreia do Norte (com a Rússia envolvida na preparação dessa eventual “surpresa de outubro”, disse uma das fontes.

À medida que a Rússia esgota os equipamentos militares e as munições, pelo facto de Moscovo ter a capacidade de produção interna prejudicada pelas sanções ocidentais, a Coreia do Norte tem surgido como o principal fornecedor de armas à Rússia. Pyongyang terá fornecido a Moscovo centenas de mísseis balísticos e mais de 3 milhões de outras unidades de artilharia.

E em que pode consistir essa “surpresa de outubro”? De acordo com a NBC News, pode ser algo relacionado com a expansão das capacidades nucleares da Coreia do Norte. Um dos riscos está relacionado com a possibilidade de a Rússia estar a ajudar a Coreia do Norte na construção do seu primeiro submarino equipado com armas nucleares.

O objetivo desta “surpresa de outubro” seria desestabilizar a administração Biden, favorecendo a candidatura republicana de Donald Trump, que procura o regresso à Casa Branca depois da derrota de 2020.

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