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Agentes do Serviço Secreto comunicaram aos conselheiros de Donald Trump preocupações de segurança com eventos de larga escala realizados ao ar livre, desencorajando a equipa de realizar comícios neste formato. A informação foi avançada por três fontes próximas do assunto ao The Washington Post.

Os enormes comícios, com milhares de pessoas, são uma das imagens de marca das campanhas de Trump. Contudo, a tentativa de assassinato do ex-Presidente no dia 13 de julho pode ter mudado esta realidade. Agora, a sua equipa estará à procura de recintos cobertos, como arenas desportivas ou semelhantes, que tenham capacidade para audiências igualmente grandes, mas cumpram os requisitos apresentados pela agência.

Contactados pelo jornal, os porta-vozes tanto do Serviço Secreto, como da campanha republicana, recusaram comentar, citando preocupações de segurança. Também as fontes preferiram permanecer anónimas, uma vez que relataram conversas que foram realizadas de forma privada.

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Os media descrevem os comícios de Trump como grandes festivais, que se costumam realizar em aeroportos, estádios ou no espaço de feiras populares. Fãs fervorosos chegam ao recinto com horas de antecedência para ver o ex-Presidente de perto e vendedores ambulantes montam bancas com merchandising e outros produtos nos parques de estacionamento. Mais do que comícios políticos, tratam-se de grandes eventos mediáticos.

A antiga assessora de imprensa de Trump na Casa Branca confirma este cenário. “Vimos isto nos primeiros dias da sua presidência e antes disso na primeira campanha de 2016, o quão importante o tamanho de uma multidão era para ele. Dá-lhe ânimo e energia, estar em grandes multidões, alimenta-se da sua energia. É quase como uma fonte de conforto“, explicou Sarah Matthews.

Para além da preferência de Trump, os eventos em recintos cobertos também são mais caros de organizar, partilham membros da campanha. Apesar de todos os contras, estes reconhecem que estes eventos são inegavelmente mais seguros, uma vez que é possível controlar as entradas e saídas e as linhas de visão são mais fáceis de controlar.

“Obviamente, num recinto fechado, a capacidade é limitada. Não tem o mesmo impacto. Há qualquer coisa de especial em estar num daqueles comícios ao ar livre”, resumiu um conselheiro de campanha de Trump, sob a condição de anonimato.

Depois da “falha catastrófica” de segurança do Serviço Secreto, no dia 13 de julho, que resultou num ataque a Donald Trump, em que o ex-Presidente e candidato republicano, ficou ferido numa orelha, a diretora da agência apresentou esta terça-feira a demissão.

Diretora do Serviço Secreto norte-americano apresenta demissão após falhanço na segurança de Trump

Na segunda-feira, numa audiência perante o Congresso, Kimberly Cheatle garantiu que todos os pedidos de segurança da campanha e dos serviços de segurança de Trump foram cumpridos pelo Serviço Secreto, negando acusações dos republicanos que a agência lhes tinha recusado meios.