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O Presidente russo, Vladimir Putin, recebeu o homólogo sírio, Bashar al-Assad, na quarta-feira à noite, em Moscovo, segundo imagens difundidas esta quinta-feira pela televisão russa.

O líder russo mencionou a “escalada” da situação no Médio Oriente como um tema do encontro, bem como as relações económicas bilaterais.

Putin compromete-se em equiparar nível de vida em regiões anexadas com Rússia

A Rússia é aliada da Síria tendo auxiliado o regime de Bashar al-Assad através de uma intervenção militar em 2015, em plena guerra civil no país.

O encontro entre os dois dirigentes, o primeiro desde março de 2023, ocorre depois de o Presidente turco Recep Tayyip Erdogan ter defendido, no início do mês, à margem de uma cimeira no Cazaquistão, uma reunião para lançar a normalização das relações entre a Turquia e a Síria.

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“Estou muito interessado na opinião de Bashar al-Assad sobre a evolução da situação na região. Infelizmente, a tendência é para uma escalada, como podemos ver. Isto diz diretamente respeito à Síria”, disse Putin sem se referir à guerra em Gaza e às tensões no Líbano — conflito entre Israel e o Hezbollah — partido armado apoiado pelo Irão.

O regime de Teerão é aliado da Síria.

“À luz dos acontecimentos em todo o mundo e na Eurásia, a nossa reunião de hoje [quarta-feira] é muito importante (…) para discutir perspetivas e cenários possíveis”, disse Assad, de acordo com uma tradução russa transmitida esta quinta-feira de manhã.

Os dois líderes não fizeram qualquer referência à situação na Síria, nem à recente proposta do Presidente turco, que afirmou que pretende convidar Assad a visitar Ancara “em qualquer altura”.

O Presidente sírio disse anteriormente que não se opunha a um encontro com o homólogo turco, mas impôs condições ao conteúdo da reunião, sublinhando que “o apoio ao terrorismo e a retirada das tropas turcas do território sírio” eram “a essência do problema”.

Presidente sírio disposto a reunir-se com Erdogan em função do “conteúdo” das conversações

Desde 2022, Damasco exige que a Turquia retire as forças militares que controlam duas zonas fronteiriças no norte e noroeste da Síria, como condição prévia para qualquer reunião e normalização das relações.

A Turquia acolheu 3,2 milhões refugiados de guerra sírios, mas verificam-se pressões em Ancara para que sejam enviados de regresso à Síria.

Em meados de julho, o Presidente turco anunciou o fim “iminente” da operação das Forças Armadas turcas no norte do Iraque e da Síria.

Damasco e Ancara romperam relações em 2011, após o início do conflito sírio que dura há mais de 13 anos.