Giuseppina Bardelli, é uma mulher italiana de 88 anos que se aventurou e foi passear pelas montanhas perto da sua casa na vila de Maccagno con Pino e Veddasca, na fronteira com a Suíça, quando se perdeu.

Habituada a percorrer aquele caminho, a idosa que estava acompanhada do seu filho Sérgio, de 57 anos, resolveu seguir um trilho diferente. Foi então que ficou desorientada e se perdeu. Numa tentativa de encontrar o caminho de volta a casa, a idosa começou a caminhar cada vez mais para dentro da floresta, ficando completamente perdida.

Sozinha e desorientada, a idosa acabou por escorregar e cair de uma altura de cerca de 6 metros, aterrando em cima de fetos. A queda provocou-lhe perfurações nas costelas e uma leve perfuração no pulmão, adianta o Telegraph.

Quando Sérgio percebeu que a sua mãe já não estava por perto deu o alerta às autoridades que rapidamente começaram uma busca com drones, um helicóptero e a ajuda de voluntários.

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“Um desastre.” Estas foram as primeiras palavras da senhora para a sua família, conforme relatado pelo il Giornale. 

Para sobreviver a idosa bebia água das chuvas que encontrava nas poças e “dormia sob as árvores usando a vegetação para se cobrir”, contou Roberto, o outro filho da mulher, avança a mesma fonte.

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Para encobrir a solidão, Giuseppina Bardelli tornou-se amiga de uma raposa selvagem que a farejou por curiosidade. “A raposa aproximou-se dela várias vezes. Tornaram-se mais ou menos amigas. E todas as noites ela rezava o terço. Ela sabia que cada dia podia ser o seu último”, conta o filho.

Com um certo receio inicial, Bardelli pedia à raposa para que não lhe fizesse mal, pois ela não tinha intenções de magoar o animal. A idosa dizia-lhe: “Não me faças nada, eu sou boa e serena”, lê-se.

Embora se tenha perdido num caminho que já conhecia há mais de 40 anos, Giuseppina não ficou assustada e a família diz que ela se lembrou da sua experiência em caminhadas e escaladas da altura em que era membro do Clube Alpino Italiano.

A descoberta da idosa foi um momento “indescritível” para a família, declarou Roberto à imprensa. “Quando vi os Carabinieri [polícia italiana, equivalente à GNR] virem na minha direção, soube que algo tinha acontecido. Quando me disseram que ela estava viva, a alegria foi imensa.”

Roberto terminou agradecendo a todos os que ajudaram nas buscas da sua mãe e realçou que “agora ela está bem”.