As autoridades ucranianas estão a investigar a alegada execução de 16 soldados ucranianos, que terá acontecido já depois de se terem rendido na linha da frente de Pokrovsk, na região oriental de Donetsk. Andri Kostin, procurador-geral ucraniano, anunciou nas redes sociais a abertura de uma investigação perante os indícios de que a Rússia cometeu este “novo crime hediondo” contra “prisioneiros de guerra ucranianos”.

Classifica esta suposta execução de soldados ucranianos enquanto o “maior caso reportado de sempre”, ou seja, desde a invasão em grande escala da Ucrânia pela Rússia, em fevereiro de 2022.

Na base das alegações está um vídeo publicado nas redes sociais que mostra militares russos a alinhar e a disparar sobre mais de dez soldados ucranianos que tinham acabado de sair de uma trincheira e de se render. As imagens de baixa resolução terão sido captadas por um drone militar.

Andri Kostin acusa os dirigentes militares e políticos russos de utilizarem violência indiscriminada — tortura e morte — enquanto uma “política deliberada” aplicada a prisioneiros de guerra, e promete “identificar e responsabilizar os autores destes crimes”, desde os soldados que dispararam as armas até quem deu a ordem militar para que tal acontecesse.

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Não só a Justiça ucraniana, mas também várias organizações não governamentais, têm acusado a Rússia de matar e torturar prisioneiros de guerra. Kiev afirma ter documentado mais de 130.000 crimes de guerra cometidos por Moscovo desde o início da invasão em grande escala.

“Não façam prisioneiros, disparem contra todos”. Rússia executou soldados ucranianos que se renderam

Em maio, um relatório da organização Human Rights Watch (HRW) referiu que, de acordo com vídeos capturados por drones militares russos e publicados online em fevereiro, um dirigente terá dado a seguinte ordem a soldados russos na região de Donetsk: “Não façam prisioneiros, disparem contra todos.”