O filho de Osama Bin Laden, ex-líder da Al-Qaeda, foi proibido de regressar a França, anunciou na rede social X o ministro da Administração Interna do país. Omar Bin Laden, de 43 anos, passou os últimos anos, de 2016 a 2023, a viver na Normandia, no norte de França, onde ganhava a vida a pintar retratos de paisagens.
O novo ministro da Administração Interna francês, Bruno Retailleau, assinou uma nova ordem que o proíbe de regressar a França, acusando-o de ser autor de publicações nas redes sociais que “glorificavam o terrorismo”. Omar Bin Laden deixou França em 2023, depois de a sua autorização de residência ter sido revogada por dois anos pelas autoridades francesas.
Je prononce ce jour une interdiction administrative du territoire à l'encontre de M. Omar Binladin, fils aîné du terroriste international Oussama Ben Laden. M. Binladin, installé dans l'Orne depuis plusieurs années en tant que conjoint de ressortissante britannique, a accueilli…
— Bruno Retailleau (@BrunoRetailleau) October 8, 2024
Em 2016, tinha obtido uma autorização de residência através do seu casamento com a cidadã britânica Zaina Mohamed Al-Sabah, no entanto, como descreve a BBC, a nova ordem proíbe agora, e de forma permanente, Bin Laden de regressar a França “por qualquer motivo”. Nos últimos dois anos, após ser expulso de França, estabeleceu-se no Qatar, onde já tinha morado anteriormente.
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Omar Bin Laden é o quarto filho mais velho do líder da Al-Qaeda, nascido na Arábia Saudita. Abandonou as ligações ao seu lado paterno, em 2000, um ano antes do ataque aos Estados Unidos da América de 11 de setembro de 2001, que matou quase três mil pessoas. Omar tinha treinado em campos jihadistas no Afeganistão, mas informou o pai que não pretendia ser associado ao assassinato de civis.
O pai, Osama Bin Laden, acabou por ser morto há 13 anos, no dia 2 de maio de 2010 num ataque ao seu refúgio no Paquistão levado a cabo por 23 fuzileiros norte-americano. Cinco pessoas, incluindo o líder e um dos seus filhos, foram mortas durante o ataque. O anúncio aos EUA e ao mundo foi feito pelo então presidente dos EUA, Barack Obama.