Os países ocidentais anteciparam esta quinta-feira que a eliminação, pelas forças israelitas, do líder do Hamas, Yahya Sinwar, poderá permitir o fim das hostilidades, apesar de Israel ter já garantido que a guerra continua.

O Presidente norte-americano Joe Biden revelou que parabenizou o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, por telefone, devido a um “bom dia para Israel, para os Estados Unidos e para o mundo”, que oferece a “oportunidade para um acordo político” em Gaza.

“É agora possível imaginar um ‘dia seguinte’ em Gaza sem o Hamas no poder, bem como um acordo político que ofereça um futuro melhor tanto para os israelitas como para os palestinianos”, sublinhou o governante norte-americano, apontando Yahya Sinwar como “um obstáculo intransponível para a realização de todos estes objetivos.

Por seu lado, Kamala Harris, candidata democrata à Casa Branca, estimou que a morte de Yahya Sinwar oferece “a oportunidade” para acabar com a guerra em Gaza.

O Presidente Emmanuel Macron considerou que a morte de Yahya Sinwar representa uma oportunidade que deve ser aproveitada para pôr fim às operações militares.

“Esta oportunidade deve ser aproveitada para que todos os reféns possam ser libertados e para que a guerra seja finalmente interrompida“, declarou Emmanuel Macron durante uma conferência de imprensa em Bruxelas.

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Já Berlim apelou ao Hamas para “libertar imediatamente todos os reféns e depor as armas” após a morte do seu líder, segundo a ministra dos Negócios Estrangeiros Annalena Baerbock.

“Sinwar foi um cruel assassino e terrorista que queria destruir Israel e o seu povo. Como instigador do terror de 07 de outubro, causou a morte de milhares de pessoas e um sofrimento incomensurável para uma região inteira”, frisou a chefe da diplomacia alemã.

A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, estimou que a morte de Yahya Sinwar enfraqueceu significativamente o Hamas. “Sinwar era o líder de uma organização terrorista, a organização terrorista Hamas”, sublinhou.

Também o chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, destacou que Sinwar era um terrorista e foi “um obstáculo a um cessar-fogo urgentemente necessário e à libertação incondicional de todos os reféns”. A morte de Yahya Sinwar abre “uma nova fase” no Médio Oriente, afirmou a chefe do Governo italiano, Giorgia Meloni.

Um ano depois, Israel cortou “a cabeça da serpente”. A morte de Sinwar pode libertar os reféns e pôr fim à guerra em Gaza?

“Com a morte de Yahya Sinwar, o principal responsável pelo massacre de 7 de outubro já não existe. Estou convencida de que devemos iniciar uma nova fase: é tempo de todos os reféns serem libertados, de ser imediatamente declarado um cessar-fogo e de iniciar a reconstrução de Gaza”, apontou Meloni, em comunicado.

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu saudou a morte do líder do Hamas como um “marco importante”, mas alertou que isso não significa o fim da guerra.

“O mal sofreu um duro golpe, mas a tarefa que temos pela frente ainda não terminou”, garantiu, numa declaração pública.

Israel confirmou esta quinta-feira que matou o principal líder do Hamas e mentor dos ataques de 7 de outubro em Israel, Yahya Sinwar, o homem mais procurado do grupo islamita palestiniano na ofensiva israelita na Faixa de Gaza.

Sinwar terá planeado cuidadosamente os ataques de 7 de outubro juntamente com o chefe das Brigadas al-Qasam, o braço armado do Hamas, Mohamed Deif, assassinado num ataque israelita em junho passado em Mawasi, no sul da Faixa de Gaza.