Os países ocidentais anteciparam esta quinta-feira que a eliminação, pelas forças israelitas, do líder do Hamas, Yahya Sinwar, poderá permitir o fim das hostilidades, apesar de Israel ter já garantido que a guerra continua.
O Presidente norte-americano Joe Biden revelou que parabenizou o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, por telefone, devido a um “bom dia para Israel, para os Estados Unidos e para o mundo”, que oferece a “oportunidade para um acordo político” em Gaza.
“É agora possível imaginar um ‘dia seguinte’ em Gaza sem o Hamas no poder, bem como um acordo político que ofereça um futuro melhor tanto para os israelitas como para os palestinianos”, sublinhou o governante norte-americano, apontando Yahya Sinwar como “um obstáculo intransponível para a realização de todos estes objetivos.
Por seu lado, Kamala Harris, candidata democrata à Casa Branca, estimou que a morte de Yahya Sinwar oferece “a oportunidade” para acabar com a guerra em Gaza.
O Presidente Emmanuel Macron considerou que a morte de Yahya Sinwar representa uma oportunidade que deve ser aproveitada para pôr fim às operações militares.
“Esta oportunidade deve ser aproveitada para que todos os reféns possam ser libertados e para que a guerra seja finalmente interrompida“, declarou Emmanuel Macron durante uma conferência de imprensa em Bruxelas.
Yahya Sinwar was the main person responsible for the terrorist attacks and barbaric acts of October 7th. Today, I think with emotion of the victims, including 48 of our compatriots, and their loved ones. France demands the release of all hostages still held by Hamas.
— Emmanuel Macron (@EmmanuelMacron) October 17, 2024
Já Berlim apelou ao Hamas para “libertar imediatamente todos os reféns e depor as armas” após a morte do seu líder, segundo a ministra dos Negócios Estrangeiros Annalena Baerbock.
“Sinwar foi um cruel assassino e terrorista que queria destruir Israel e o seu povo. Como instigador do terror de 07 de outubro, causou a morte de milhares de pessoas e um sofrimento incomensurável para uma região inteira”, frisou a chefe da diplomacia alemã.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, estimou que a morte de Yahya Sinwar enfraqueceu significativamente o Hamas. “Sinwar era o líder de uma organização terrorista, a organização terrorista Hamas”, sublinhou.
Também o chefe da diplomacia da União Europeia, Josep Borrell, destacou que Sinwar era um terrorista e foi “um obstáculo a um cessar-fogo urgentemente necessário e à libertação incondicional de todos os reféns”. A morte de Yahya Sinwar abre “uma nova fase” no Médio Oriente, afirmou a chefe do Governo italiano, Giorgia Meloni.
“Com a morte de Yahya Sinwar, o principal responsável pelo massacre de 7 de outubro já não existe. Estou convencida de que devemos iniciar uma nova fase: é tempo de todos os reféns serem libertados, de ser imediatamente declarado um cessar-fogo e de iniciar a reconstrução de Gaza”, apontou Meloni, em comunicado.
O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu saudou a morte do líder do Hamas como um “marco importante”, mas alertou que isso não significa o fim da guerra.
“O mal sofreu um duro golpe, mas a tarefa que temos pela frente ainda não terminou”, garantiu, numa declaração pública.
Israel confirmou esta quinta-feira que matou o principal líder do Hamas e mentor dos ataques de 7 de outubro em Israel, Yahya Sinwar, o homem mais procurado do grupo islamita palestiniano na ofensiva israelita na Faixa de Gaza.
Sinwar terá planeado cuidadosamente os ataques de 7 de outubro juntamente com o chefe das Brigadas al-Qasam, o braço armado do Hamas, Mohamed Deif, assassinado num ataque israelita em junho passado em Mawasi, no sul da Faixa de Gaza.