Os franceses adquiriram menos veículos novos em Novembro, mais precisamente menos 12,7% do que no mês anterior, mas se no global as vendas revelaram um dinamismo que deixou a desejar, no caso em particular de modelos eléctricos (EV) e electrificados a procura foi melhor do que o esperado. Os híbridos e híbridos plug-in (PHEV) entregaram mais 34% de unidades, enquanto os EV superaram a fasquia dos 15% do total de veículos vendidos. E quem liderou o ranking dos modelos exclusivamente a bateria foi o Renault 5 E-Tech.
Tradicionalmente, em França, o EV que mais vende é o Tesla Model Y, modelo que em Novembro transaccionou 3175 unidades, valor este que foi ultrapassado pelo recém-chegado Renault 5 E-Tech, um dos novos utilitários a bateria com preço mais acessível. O R5 comercializou 3316 unidades. Já a alguma distância dos dois primeiros, o 3.º classificado do ranking foi outro dos utilitários mais em conta que acabaram de chegar ao mercado, o Citroën ë-C3, que assegurou 1239 novas matrículas.
ë-C3. Citroën eléctrico e barato antecipa a chegada a Portugal
O bom desempenho dos R5 e ë-C3 em matéria de vendas — e, já antes deles, do Dacia Spring — constitui nova confirmação que os modelos 100% eléctricos têm de se democratizar, o que significa que esta tecnologia não se pode limitar a oferecer veículos alimentados por bateria, com 300, 600 ou 1000 cv e preços entre 40.000€ e 150.000€. Com estes novos utilitários, curiosamente ambos franceses, começam a ter acesso a EV condutores cujos orçamentos familiares limitam as compras a modelos propostos por 23.300€, no caso do Citroën com bateria de 44 kWh (113 cv e 314 km de autonomia), e 25.000€ para o Renault (40 kWh, 122 cv e 312 km). De recordar que, em breve, o ë-C3 passará a disponibilizar uma versão por 19.000€, ainda que com menos potência, bateria e autonomia.
