Uma das vítimas do ataque terrorista em Nova Orleães, que matou 15 pessoas na noite da passagem de ano, é um lusodescendente. Segundo o jornal Luso-Americano, que confirmou a notícia junto da família, Matthew Tenedório tinha 25 anos e morreu na madrugada de 1 de janeiro.

Segundo um primo, Michael Tenedório, citado pelo mesmo jornal, o jovem foi baleado, e não atropelado, na noite em que o ex-militar norte-americano Shamsud-Din Bahar Jabbar atacou uma multidão que festejava a passagem de ano, usando a carrinha que conduzia como arma para atropelar boa parte das vítimas. A família tem “origens no Minho”, segundo o mesmo jornal, e raízes na zona de Long Island, em Nova Iorque, onde Matthew Tenedório nasceu. Era filho de um emigrante português e neto de emigrantes portugueses.

O jovem tinha estado a jantar com os pais naquela noite, tendo-se encaminhado para a festiva Bourbon Street no final, para se juntar aos amigos. Foi ali que acabou por morrer, vítima de um ataque que está a ser investigado como um ato de terrorismo praticado por um ex-militar “100% inspirado”, segundo o FBI, no Estado Islâmico.

Uma aspirante a enfermeira, uma mãe solteira e um antigo jogador de futebol americano. Quem são as vítimas do ataque em Nova Orleães?

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Um primo de Matthew criou entretanto uma página na plataforma GoFund Me, contando que as vidas dos familiares ficaram “estilhaçadas” ao saberem da “morte trágica” do jovem e pedindo ajuda para pagar o funeral. Até agora, a família, que já atravessava dificuldades financeiras porque está a pagar o tratamento de um cancro com que a mãe de Matthew foi diagnosticada, conseguiu angariar cerca de 33 mil dólares (32.140 euros).

No site, o primo lembra a “alegria” e “gargalhada contagiante de Matthew” e recorda o trabalho que fazia como técnico audiovisual no estádio Caesars Superdome, em Nova Orleães — o mesmo que receberá o Super Bowl em fevereiro, evento que as autoridades estão agora a preparar com cuidado redobrado.

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