O condutor do Cybertruck da Tesla que explodiu à porta do Trump Hotel no dia 1 de janeiro usou inteligência artificial, inclusivamente o ChatGPT, para ajudar a planear o ataque, informou a polícia de Las Vegas esta terça-feira, segundo a Associated Press.

O computador, o telemóvel e o relógio de Matthew Livelsberger, que era um militar das Forças Especiais dos EUA, ainda estão a ser investigados, mas as autoridades já descobriram que o ChatGPT foi utilizado para procurar informações relativamente a material explosivo, desde a questões técnicas a legais.

Nos dias depois da explosão, as autoridades revelaram que Livelsberger deixou um bilhete que justificava o ato como uma “uma chamada de atenção a todos camaradas, veteranos e norte-americanos” para denunciar as elites do poder como um grupo de “fracos e irresponsáveis que só procuram enriquecer”.

“Os norte-americanos só prestam atenção aos espetáculos e à violência. Que melhor forma de transmitir a minha mensagem do que com um espetáculo de fogo de artifício e explosivos? Por que o faço agora? Porque preciso de limpar a minha mente de irmãos que perdi e livrar-me da carga das vidas que arrebatei”, escreveu o militar.

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O bilhete, a mensagem e a forma como a explosão aconteceu levou Spencer Evans, agente especial do FBI, a dizer que apesar do caráter “mais público e mais sensacionalista do que o habitual” este parece ser “trágico caso de suicídio que envolve um veterano de combate muito condecorado, que estava a lutar com um transtorno de stress pós-traumático e outros problemas”.

O acidente causou sete feridos e o militar, que alugou e conduziu o veículo, acabou por morrer no interior do mesmo, depois de se suicidar com um tiro.