O Ministério de Educação e Ciência ainda não se sabe como vai resolver o problema levantado pela utilização de uma fórmula errada no concurso das Bolsas de Contratação de Escolas (BCE), cujas colocações foram divulgadas no dia 12 de setembro. “Ainda não temos a solução”, admitiu esta segunda-feira o secretário de Estado do Ensino e Administração Escolar, João Casanova de Almeida, que falou aos jornalistas no final da sessão de abertura do ano letivo no Conselho Nacional de Educação (CNE).

Na mesma ocasião, Nuno Crato afirmou que o MEC está, juntamente com a Direção Geral da Administração Escolar (DGAE), a “resolver problemas e a trabalhar intensamente para que tudo seja resolvido ainda esta semana”. João Casanova acrescentou que a DGAE “esteve todo o fim de semana a trabalhar no sentido de – uma vez detetada a incorreção – proceder à reformulação do que há para reformular para a apresentar a solução que tem de existir para reconfigurar essa lista”.

Questionado sobre se essa solução pode implicar exclusão de docentes já colocados, João Casanova de Almeida voltou a referir que o MEC “ainda não tem nenhuma informação sobre a solução”, mas lembrou o que Nuno Crato já havia garantido: “nenhum dos professores que está colocado será prejudicado”.

João Casanova de Almeida desvalorizou a situação, dizendo que as contratações em causa correspondem a “1% dos professores de que as escolas necessitam”.

Na quinta-feira, Nuno Crato assumiu, na Assembleia da República, o “erro” e pediu desculpas aos pais e professores. Segundo o ministro, foi detetado um problema de “compatibilização de escalas”, que levou a que os critérios em que os professores são avaliados não tenham sido “harmonizadas como deviam”.

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