Tudo indica que o Ayuntamento de Madrid deverá aprovar nos próximos dias as novas medidas destinadas a assegurar uma melhor qualidade do ar para os madrilenos respirarem. Na prática, trata-se de avançar com o plano inicial previsto na legislação conhecida como Plano de Qualidade do Ar, e que visa retirar os carros mais poluentes, primeiro do centro da cidade e, posteriormente, dos limites da capital.

A primeira medida, a implementar já no primeiro semestre de 2018, irá fechar ao trânsito – excepto transportes públicos, veículos privados eléctricos e residentes – a zona central da capital, conhecida como Área Central de Zero Emissões. O objectivo é reduzir até 2020 as emissões de NOx em 23%, face aos valores registados em 2012, o que vai obrigar igualmente a limitar a velocidade na M30, e acessos, a apenas 70 km/h.

Será também interdita a circulação dos veículos mais poluentes, os que não disponham do selo emitido pela Direcção-Geral de Trânsito local, o que inclui os motores a gasolina anteriores ao ano 2000 e os diesel matriculados até 2006. A partir de 2020, estes mesmos veículos serão impedidos de estacionar nas zonas de zero emissões, tanto a verde como a azul.

O Plano de Qualidade do Ar, que conta com um orçamento de 540 milhões de euros, 60% dos quais para modernizar o parque circulante, prevê ainda combater os efeitos provocados pelos veículos pesados de carga, a construção de um maior número de postos de carga públicos, para veículos eléctricos, e a criação de 12 novos parques de estacionamento de grandes dimensões, localizados na periferia, destinados aos que não queiram, ou já não possam, entrar com os seus automóveis na capital espanhola.

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