Scala – palavra latina que significa “escala” ou escada”. Uma ou outra definição assenta que nem uma luva no novo Scala, modelo que a Skoda acaba de apresentar em Telavive (Israel) e que se destina a substituir o Rapid no portefólio da marca checa. E por que razão qualquer um destes significados vai ao encontro da novo hatchback? Porque, como habitualmente, a Skoda fez questão de se apresentar “pela medida grande”. Basta ver que, face por exemplo ao rival Peugeot 308, estamos perante mais 11 centímetros de automóvel, com os devidos benefícios em matéria de habitabilidade e de volumetria da bagageira. Superando a escala, em matéria de dimensões, o compacto checo ‘lança a escada’ ao cliente que não se satisfaz apenas com espaço a rodos, quer também um automóvel que se destaque pela tecnologia e pela percepção de qualidade a bordo, requisitos essenciais para conseguir triunfar naquele que é o mais importante segmento do mercado europeu.

Com uma estética muito próxima do concept Vision RS, o novo Scala assenta na plataforma MQB A0, a arquitectura do Grupo Volkswagen para modelos mais pequenos, como o Polo, mas que aqui foi explorada ao limite, pois o compacto checo reivindica 4,36 m de comprimento, 1,79 m de largura e 1,47 m de altura. Medidas que não só o tornam mais comprido, mais largo e mais alto que o Spaceback, como até lhe permitem medir meças com a concorrência interna, já que é mais largo que um Leon (4,28 m) ou um Golf (4,26 m).

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Como se isso não bastasse – e porque a Skoda sempre foi exímia em fazer do espaço um dos seus melhores argumentos –, o novo Scala diz oferecer o mesmo espaço para as pernas de quem se senta nos lugares posteriores que um Octavia, modelo da bitola acima (4,67 m de comprimento). Mas, lá atrás, as boas notícias não ficam por aqui. Também a bagageira “engole” a concorrência, pois a sua capacidade vai dos 467 aos 1.410 litros (com o rebatimento do banco). Muito longe, portanto, dos melhores valores anunciados pelos rivais deste segmento – Fiat Tipo 5 Portas (440 l), Peugeot 308 (398 l) e Kia Ceed (395 l).

No interior, o destaque vai para o painel digital de 10,25 polegadas, que passa a ocupar o lugar da (ultrapassada) instrumentação analógica,  e para o ecrã táctil ao centro, cuja dimensão varia entre 6,5 e 9,2 polegadas, dependendo do sistema multimédia escolhido.

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A segurança também sai reforçada nesta saída de cena do Rapid, com o Scala a integrar de série sistemas de assistência à condução como o cruise control adaptativo, detecção de veículos no ângulo-morto, travagem de emergência e aviso de saída involuntária da faixa de rodagem. Já no capítulo dos extras, a nota vai necessariamente para aquilo que a Skoda designa por “Sport Chassis opcional Preset” e que, na prática, consiste em amortecedores com dois ajustes, com molas mais firmes e mais ‘curtas’, que permitem baixar a distância ao solo em 15 mm.

Em termos de motorizações, ao que o Observador apurou, o mercado português deverá ser contemplado com duas mecânicas a gasolina e um diesel, respectivamente o 1.0 TSI de 95 cv ou 115cv e o 1.5 TSI de 150 cv, com o gasóleo a fazer-se representar pelo 1.6 TDI de 115 cv. Porém, ainda não é evidente se todas as motorizações estarão disponíveis pela altura do lançamento em Portugal, previsto para Abril.