Sepp Blatter não gostou. Nada. O presidente da FIFA disparou ontem várias críticas à imprensa britânica, acusando-a de ser “racista” e de querer “destruir a instituição”, devido aos vários artigos publicados nos últimos dez dias, desde que o Sunday Times revelou ter em sua posse milhares de documentos que alegadamente comprovam a existência de subornos durante a atribuição do Mundial de 2022, ao Qatar.

A três dias do arranque do Mundial do Brasil – é já amanhã, as 21h, que o Brasil defronta a Croácia -, o líder da entidade que gere o futebol mundial, escreveu o The Guardian, até terá apelidado a recente cobertura noticiosa do caso como “Qatar-gate”.

Esta semana, recorde-se, vários jornais ingleses deram destaque às críticas de parceiros oficiais da FIFA (como a Sony, a Adidas e a Visa), relativas à denúncias de corrupção avançadas pelo Sunday Times.

“Considero as suas declarações sobre a imprensa britânica, nas quais a apelida de racista, como totalmente inaceitáveis”, terá dito Greg Kyle, líder da federação de futebol britânica.

As declarações de Blatter, de 78 anos, surgiram no primeiro do congresso a anual da FIFA, que se está a realizar em São Paulo, no Brasil. “Temos visto o que a imprensa britânica tem publicado. Não sei qual será o motivo, mas temos que nos manter unidos”, disse, perante mais de uma centena de delegadas das várias associações de futebol que integram a entidade. Incluindo o presidente da Federação Inglesa de Futebol (FA).

Após ouvir as declarações do suíço, Greg Kyle exigiu a demissão do presidente da FIFA. “Considero as suas declarações sobre a imprensa britânica, nas quais a apelida de racista, como totalmente inaceitáveis”, terá dito o líder da FA a Blatter, segundo o Daily Telegraph. Depois, Kyle defendeu ainda que “é tempo de a FIFA parar de atacar o mensageiro e tentar antes compreender a mensagem”.

O presidente da FA sublinhou que “as alegações” publicadas pelos jornais britânicos “nada têm que ver com racismo”, ao lembrar que se referem a “corrupção dentro da FIFA”.

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