Portugal Telecom e Oi, empresas de telecomunicações que estão em processo de fusão, podem ver a sua reputação afetada pelo facto de a operadora portuguesa liderada por Henrique Granadeiro ter subscrito 900 milhões de euros de dívida de curto prazo destinada a financiar empresas do Grupo Espírito Santo (GES).

Uma nota de research do BPI que tem data de 27 de junho e é citada pelo Jornal de Negócios, refere que “dadas as irregularidades detectadas na Espírito Santo International, uma sociedade do Grupo Espírito Santo e accionista a 100% da Rioforte, as dificuldades que o GES está a enfrentar e a controvérsia em torno do BES e do GES, vemos riscos reputacionais para a PT e Oi, já que estarão, de alguma forma, envolvidas nestas matérias devido aos acontecimentos mencionados na imprensa”.

A PT, noticiou na quinta-feira o Expresso, subscreveu aquele valor em papel comercial lançado por sociedades que integram o GES, grupo que está confrontado com elevadas necessidades de refinanciamento de curto prazo. Os instrumentos de dívida adquiridos pela PT vencem em agosto, o que significa que ou renova o financiamento, caso as autoridades de supervisão o permitam, ou o BES terá de encontrar outro investidor disponível para emprestar o dinheiro em causa.

A Comissão do Mercado de Valores Mobiliários está a analisar o assunto porque a PT é detida, em cerca de 10%, pelo Banco Espírito Santo, e a operadora de telecomunicações tem cerca de 2% das ações da instituição financeira.

Notícia corrigida às 15h24: onde, no título, se lia BES devia ler-se GES.

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