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Só no dia da morte da Rainha Isabel II, a sua página de Wikipédia recebeu quase 8,4 milhões de visitas

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Só no dia da morte da Rainha Isabel II, a sua página de Wikipédia recebeu quase 8,4 milhões de visitas

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A corrida contra o relógio dos “editores da morte” para mudar a página da Rainha na Wikipédia

Enquanto jornais e televisões anunciavam a morte de Isabel II, havia uma corrida em curso: a edição da página de Wikipédia da Rainha. Afinal, como é que os editores conseguiram mudar tudo tão rápido?

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Passavam poucos minutos das 18h30 de quinta-feira, 8 de setembro, quando foi anunciada a morte da Rainha Isabel II. Enquanto na imprensa se vivia uma corrida contra o tempo para conseguir dar a informação o mais depressa possível, multiplicando-se o número de pessoas ávidas de informação sobre as notícias saídas de Balmoral, havia outro desafio em curso na internet, mais concretamente na Wikipédia.

Qualquer pessoa que navegue na internet já mergulhou na Wikipédia, a enciclopédia de acesso livre desenvolvida pela Wikimedia Foundation. Além de ter uma enorme quantidade de informação e ser uma das principais fontes de pesquisa para qualquer tema, a Wikipédia tem também outra “responsabilidade”, já que é onde habitualmente as assistentes digitais, como a Alexa da Amazon ou a Google Assistant, vão “beber” informação.

Ouça aqui o episódio do podcast “A História do Dia” sobre os “editores da morte” da Wikipédia.

Sendo uma enciclopédia já com 20 anos de vida, os utilizadores da Wikipédia têm algumas expectativas sobre a capacidade de edições rápidas das páginas sempre que morre uma figura pública. E, dada a longevidade do reinado e a figura histórica da monarca, a tarefa de alterar a página de Isabel II não se afigurava fácil.

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Além disso, a enorme quantidade de visitas à página da Rainha de Inglaterra também acrescentou mais alguma pressão à tarefa. De acordo com os dados presentes na análise de visitas de páginas da própria Wikipédia, só no dia da morte da Rainha o perfil recebeu quase 8,4 milhões de visitas. Nos dias seguintes, o número de visualizações começou a recuar – embora ainda se tenha mantido na ordem dos milhões de visitas. A 9 de setembro, por exemplo, o número desceu para cinco milhões e para dois milhões a 10 de setembro.

Isabel II, dados página Wikipédia

O relato feito pela Depths of Wikipedia, que nasceu no Instagram pelas mãos da norte-americana Annie Rauwerda, mostra como é que a página da Rainha mudou no espaço de poucos minutos após a publicação do comunicado do Palácio de Buckingham. Nascida em abril de 2020, no início da pandemia de Covid-19, a Depths of Wikipedia partilha factos insólitos ou imagens curiosas sobre artigos disponíveis na enciclopédia livre.

Editores que mudam páginas após óbitos têm nome: “deaditors”

A Depths of Wikipedia reconhece que os editores foram “bastante rápidos” na edição – que envolve toda uma lista de trabalhos além da introdução da data da morte. Afinal, é preciso fazer a alteração de todos os tempos verbais, reorganizar a informação de forma coerente e também começar a escrever detalhes que deem ao leitor algum contexto sobre a saúde da Rainha nos últimos dias de vida e as formalidades ligadas ao anúncio do óbito.

Neste relato da Depths of Wikipedia, é até feita uma menção ao nome dado a quem edita artigos na enciclopédia após óbitos – “deaditors”. Numa mistura entre a palavra morte e editores, o termo terá sido definido há alguns anos por Hay Kranen, um editor holandês da Wikipédia, que tentou perceber quem são estas pessoas que “correm” para os artigos sempre que morre uma figura pública. Na altura, concluiu-se que a maioria eram editores anónimos e que faziam alterações no smartphone – uma tarefa mais difícil, já que o telefone não é a plataforma mais favorável à edição de texto. A grande maioria de editores da Wikipédia prefere até fazer mudanças no computador.

No caso do anúncio da morte da Rainha Isabel II, poucos minutos após as 18h30 (hora de Lisboa), motivou um pico de conflitos de edição. Segundo a Depths of Internet, foi registado um elevado número de pessoas que estavam a mudar as mesmas coisas logo às 18h31, assim que as primeiras fontes credíveis começaram a noticiar a morte da monarca. Só no dia da morte da monarca, foram 157 os editores a mexer na página, que fizeram 284 edições.

Mas horas antes do anúncio, a partir do momento em que foi revelado que o estado de saúde da Rainha inspirava cuidados, a página de Isabel II na Wikipédia já fervilhava de atividade. Uma das tarefas efetuadas horas antes do anúncio da morte passou pela escolha da imagem da Rainha para a infobox, o espaço da Wikipédia onde figura a imagem e o resumo biográfico. A página Depths of Wikipedia explica que é feita uma escolha de imagem para este tipo de figuras históricas: “quando alguém morre, a Wikipédia geralmente usa uma boa fotografia histórica em vez de uma imagem mais recente”.

Havia várias opções de escolha, com fotografias da Rainha ao longo dos últimos 80 anos, desde um retrato de 1943, ainda enquanto Princesa, ou imagens da coroação, em 1953. Embora a página da Wikipédia em português ainda tenha uma imagem de Isabel II mais recente, de 2015, na versão em inglês é visível esta mudança. A fotografia agora apresentada remonta a 1959, apresentando o retrato oficial da Rainha em traje de gala durante a visita ao Canadá.

Mas havia mais para fazer. “O artigo da Rainha Isabel II teve mais de 55 edições no espaço de 15 minutos” a seguir ao anúncio da morte, nota a Depths of Wikipedia. Vale mais uma vez a pena recordar que estes números são válidos para a página em inglês – habitualmente a mais ativa e com maior número de editores. Estas tarefas incluíram a alteração de tempos verbais, mudança de categorias ou ainda a atualização da infobox.

Surgiu inclusive uma taskforce de seis pessoas para manter a informação atualizada em diversos temas ligados à Rainha, desde o artigo da morte até às reações ao óbito da monarca. Curiosamente, esta equipa recebeu o nome de um dos pontos que tinha de manter com informação atualizada: London Bridge, a operação que foi posta em prática após a morte da Rainha.

A Rainha Isabel II morreu. O que vai acontecer agora?

Neste momento, a edição do artigo onde é feito o perfil de Isabel II está protegida. Só os editores registados e já com algum tipo de experiência é que podem fazer alterações. A Wikipédia tem diversos patamares de proteção nos artigos, para impedir que utilizadores anónimos possam fazer alterações que sejam consideradas ofensivas ou que possam induzir os utilizadores da enciclopédia em erro. A página da Rainha está protegida com um critério que limita as edições a utilizadores registados há pelo menos 30 dias e já com mais de 500 edições.

Cerca de três horas antes do anúncio da morte, começou a ser feito um artigo intitulado “morte de Isabel II”: primeiro em rascunho que, três minutos após o anúncio oficial, ficou disponível ao público. É neste extenso artigo, onde também é feita a referência ao funeral de Estado da Rainha, que é contextualizada a morte de Isabel II e feito um resumo dos seus últimos dias de vida. Esta página inclui também uma cronologia bastante detalhada sobre as cerimónias que estão a decorrer até ao funeral da Rainha, que se realiza a 19 de setembro.

Uma visita a esta página alerta que, uma vez que se trata de um acontecimento ainda em curso, a informação está a mudar de forma rápida. Por isso, a página está semiprotegida, não podendo ser editada por contas não confirmadas ou por pessoas que não estejam registadas na Wikipédia.

O aviso na página da Wikipédia sobre a morte e o funeral de Isabel II.

As mudanças continuaram a decorrer de forma rápida. Apenas dez minutos após o anúncio do óbito da Rainha foi criada a página reações à morte de Isabel II, onde estão agrupadas as reações da família real britânica e também a de chefes de Estado de outros países. Neste momento, ainda está em discussão a possibilidade de fundir esta página da Wikipédia com o artigo sobre a morte de Isabel II. Em teoria, qualquer editor pode propor a fusão de páginas (um processo até bastante simples) mas dado o facto de a página de Isabel II estar protegida é necessário haver uma discussão. Os editores podem apresentar argumentos a favor e contra a fusão, mantendo a conversa concisa. Habitualmente, uma discussão deste género demora uma semana e o processo avança assim que o editor que propôs a fusão considerar que já há algum consenso ou que já passou tempo suficiente.

Não foi apenas a página de Isabel II a mudar. A página do (então) herdeiro do trono foi alterada cinco vezes no curto espaço de tempo até ser anunciado o nome oficial enquanto rei. A página passou de Carlos, Príncipe de Gales, o título que usou ao longo das últimas décadas, para Carlos III, voltando a Carlos, Rei do Reino Unido, alterada novamente para Carlos III e, por momentos, ainda para Carlos, Rei do Reino Unido. Após uma intensa ronda de alterações, ficou em Carlos III, o nome escolhido pelo monarca, já após o comunicado oficial.

Ao site Gizmodo, a criadora da Depths of Wikipedia sublinhou o facto de todo o trabalho de edição nestas páginas ser feito de forma voluntária e sem receber nada em troca, notando o esforço da comunidade de editores. Além disso, detalhou que a comunidade esteve pressionada, apesar de toda a rapidez da situação, em garantir informação fidedigna – algumas edições foram contestadas porque não podiam ser verificadas naquele momento, por exemplo. “Acho que isso revela os critérios da Wikipédia para produzir resultados relativamente precisos, mesmo numa situação de alta pressão”, contou ao site norte-americano. “Para mim isso é realmente inspirador, ver a situação a trabalhar em conjunto.”

Morte da Rainha levou milhões à Wikipédia, mas site não falhou como aconteceu com Michael Jackson

Apesar do “alvoroço” causado na internet pela morte da Rainha, a Wikipédia aguentou a elevada procura, algo que não aconteceu em 2009, quando Michael Jackson, o “Rei da Pop”, morreu, denota a página Depths of Wikipedia numa publicação no Twitter.

O “efeito Michael Jackson” é o termo utilizado para designar essa “falha” que a Wikipédia experienciou por não conseguir aguentar o elevado número de visitantes que estava a receber devido à morte do cantor. O fenómeno não está relacionado com a quantidade de visitas que um perfil tem, mas sim com as dificuldades que o aumento do tráfego pode causar.

No ranking do maior número de visitas por página da Wikipédia, a Rainha Isabel II já ocupa o segundo lugar (com mais de 16 milhões de visitas entre 4 e 10 de setembro) — ficando apenas atrás do basquetebolista Kobe Bryant (com mais de 22 milhões de visitas na semana da sua morte) e sendo seguida pela recusa de Donald Trump em aceitar a derrota nas eleições de 2020 (com mais de 15 milhões de visitas entre 8 e 14 de novembro). Nesta lista, com dados desde 2013, não consta Michael Jackson, uma vez que os números começaram a ser contabilizados posteriormente à sua morte.

Recuemos no tempo para perceber do que se tratou o fenómeno que ficou conhecido como “o efeito Michael Jackson”. No dia 25 de junho de 2009 começaram a surgir notícias acerca da hospitalização do “Rei da Pop”, com o TMZ a revelar em exclusivo que o cantor tinha tido uma paragem cardíaca na sua casa em Holmby Hills, na Califórnia, e que os paramédicos não tinham conseguido reanimá-lo.

Com a publicação de vários artigos na imprensa internacional, que davam conta do estado de saúde frágil do artista, a página de Wikipédia começou a ser editada pelos utilizadores — os tempos verbais foram alterados do presente para o passado, o 25 de junho de 2009 foi colocado com o dia da sua morte e “Invincible” passou a ser mencionado como o seu “último álbum de estúdio”.

Foi aqui que a Wikipédia se deparou com um problema: deveria permitir que a página de Michael Jackson fosse editada? É que a morte do cantor de sucessos como “Thriller” ou “Bad” ainda não tinha sido oficialmente confirmada. Ainda antes de o website tomar uma decisão, vários utilizadores começaram a apagar as alterações feitas por outros, argumentando que as informações avançadas pelo TMZ não eram oficiais e que as edições ainda eram “prematuras”.

Menos de uma hora depois de terem aparecido as primeiras notícias sobre o estado de saúde de Michael Jackson, a Wikipédia começou a “enfrentar dificuldades técnicas” — porque estava a ficar sobrecarregada devido à quantidade de visitas simultâneas que estava a ter —, uma “falha” que ficou conhecida como o “efeito Michael Jackson”. “Não é possível entrar em contacto com o servidor do banco de dados: erro desconhecido (10.0.6.24))” era a mensagem que aparecia na tela de quem tentava aceder ao website, de acordo com um artigo do CNET

Jackson Court Case Continues

Michael Jackson morreu em 2009 — isso fez com que a sua página de Wikipédia recebesse um número recorde de visualizações

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Pouco tempo depois, após a confirmação oficial da morte de Michael Jackson, a Wikipédia tomou a decisão de bloquear durante seis horas dois artigos sobre o cantor para encerrar o processo de edição e reedição que estava em curso até então. Porém, um dia depois, a 26 de junho de 2009, o Telegraph dava conta de que utilizadores anónimos ainda não conseguiam editar a página do artista.

Para quem visitava esse perfil, a Wikipédia deixava o seguinte aviso: “Este artigo é sobre uma pessoa que morreu recentemente. Algumas informações, como as relativas às circunstâncias da morte da pessoa e o evento em redor [disso], podem mudar à medida em que mais factos sejam conhecidos”.

Michael Jackson foi dos primeiros a ter uma página de Wikipédia

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Michael Jackson está entre as primeiras pessoas que ‘ganharam’ uma página de Wikipédia. A do Rei da Pop foi criada em 2001 e, até 2009, foi editada mais de 19 mil vezes.

Em declarações ao The New York Times, em 2009, Jay Walsh, porta-voz da Wikimedia Foundation em San Francisco, disse que a página da Wikipédia de Michael Jackson era uma das mais editadas de sempre.

Nem as dificuldades técnicas, nem o bloqueio da edição dos artigos relacionados com o Rei da Pop impediram que a sua página de Wikipédia recebesse aquele que foi, à data, um número recorde de visualizações. No dia da morte do cantor, durante uma hora estiveram quase um milhão de pessoas na página, sendo que mais de 250 mil visitantes se dirigiram a um tópico que tinha uma gralha — “Micheal Jackson”. Nesses mesmos 60 minutos a página de Randy Jackson, irmão de Michael Jackson, foi visitada 25 mil vezes.

Suspeitamos que seja o maior [número de visualizações], no período de uma hora de qualquer artigo, na história da Wikipédia”, declarou Jay Walsh, porta-voz da Wikimedia Foundation em San Francisco, ao The New York Times.

No dia seguinte à morte de Michael Jackson, o total de visitas à página do cantor ascendia as cinco milhões. Um número bastante superior ao que outras páginas com muito tráfego recebiam, por norma, em momentos importantes: por exemplo, no Election Day (dia da eleição, em tradução livre) em 2008, a página de Barack Obama foi visitada por 2,3 milhões de pessoas.

A morte de uma celebridade pode “ofuscar” grandes eventos

Quanto maior é a celebridade ou a tragédia, maior é a procura pelas suas páginas de Wikipédia? As mais de 9,5 milhões de visitas que o perfil de Kobe Bryant — que é o mais visto de sempre — teve no dia da sua morte, num desastre de helicóptero, permitem perceber que a teoria lançada pela editora digital The Pudding pode ser verdadeira. Milhões de pessoas também acederam à página de Wikipédia da Rainha Isabel II após a sua morte, colocando o perfil da monarca em segundo lugar no ranking dos mais vistos (que conta com dados desde 2013).

Visitas página Wikipédia Kobe

O número de visitas à página de Wikipédia de Kobe Bryant após a sua morte

O aumento das visualização das páginas de Wikipédia após a morte de figuras públicas foi analisado pela editora digital, que concluiu que esse momento em particular pode ser capaz de “ofuscar” outros grandes eventos, como a eleição de um novo Presidente ou um casamento real.

Meghan Markle e o príncipe Harry casaram-se a 19 de maio de 2018 na Capela de São Jorge, em Windsor. Nesse dia, mais de 4,3 milhões de pessoas visitaram a página de Wikipédia da duquesa de Sussex e mais de 1,8 milhões visitaram o perfil do filho do agora Rei Carlos III, segundo os números presentes na análise de visitas de páginas da própria Wikipédia. Será que a morte de celebridades, nesse ano, foi capaz de superar estes números, como escreve o The Pudding? Foi o que o Observador tentou descobrir.

Em 2018 morreram grandes nomes de várias áreas distintas, como o físico Stephen Hawking, o chef Anthony Bourdain, o DJ Avicii, a cantora Aretha Franklin e o rapper XXXTentacion. Estas foram as visualizações registadas nas páginas destas figuras no dia da sua morte, mas, note-se que, o facto de estarem aqui incluídas não indica necessariamente que entrem para o ranking das 25 mais vistas de sempre (à exceção de Stephen Hawking).

Stephen Hawking morreu a 14 de março, aos 76 anos, e a sua página teve mais de 7,1 milhões de visitas.

Anthony Bourdain morreu a 8 de junho, aos 61 anos, e a sua página teve mais de 4,1 milhões de visitas.

Avicii morreu a 20 de abril de 2018, aos 28 anos, e a sua página teve mais de 2,9 milhões de visitas.

Aretha Franklin morreu a 16 de agosto, aos 76 anos, e a sua página teve mais de 2 milhões de visitas.

XXXTentacion morreu a 18 de junho, aos 20 anos, e a sua página teve mais de 2 milhões de visitas nesse dia e mais de 3,3 milhões no seguinte. O rapper foi o único, de entre os nomes acima mencionados, que teve ainda mais pessoas a visitar o seu perfil no dia seguinte à sua morte.

Visitas página Wikipédia XXXTentacion

O número de visitas à página de Wikipédia de XXXTentacion foi superior no dia seguinte à sua morte — algo que não é muito comum

É verdade que as visitas às páginas de Wikipédia de todas as celebridades acima apresentadas, que morreram em 2018, superam as que o perfil do príncipe Harry recebeu no dia do seu casamento. Porém, as mais de 4,3 milhões de visitas à página de Meghan Markle revelaram-se mais difíceis de ultrapassar e só a morte de Stephen Hawking o conseguiu fazer.

O “especial” interesse pela morte de figuras públicas é visível através da lista das 25 páginas mais populares de sempre da Wikipédia. Só nos primeiros 10 lugares do ranking estão sete pessoas que já morreram: o basquetebolista Kobe Bryant (em primeiro), a Rainha Isabel II (em segundo), o cantor Prince (em quarto), o cantor David Bowie (em sétimo), o ator Sushant Singh Rajput (em oitavo), o físico Stephen Hawking (em nono) e o ator Chadwick Boseman (em décimo).

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