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Um enorme grelhador preto, com claros sinais de uso e uma pequena chaminé — funciona como defumador, certamente.  Até um termómetro na tampa tinha. Podíamos estar já a descrever parte do cenário do Chefs on Fire, evento que decorreu no passado domingo, 23 de setembro, na Feira de Artesanato do Estoril (FIARTIL), e que reuniu sete conceituados cozinheiros portugueses, seis atuações musicais e comida, muita comida cozinhada utilizando apenas fogo no seu estado mais natural. Mas não.

O objeto descrito no início do texto morava num pequeno pátio traseiro de uma casa no Restelo, a base de operações da equipa que pensou, organizou e deu vida a este enorme “churrasco” que alimentou cerca de 1000 pessoas durante dez longas, saborosas e fumadas horas. Decorria uma reunião de produção e foi aqui que o Observador pode conhecer este fogareiro vitaminado e ver como Gonçalo Castel-Branco e a sua equipa planeavam os últimos detalhes deste evento, o seu segundo “bebé” depois do incrivelmente bem sucedido The Presidential.

Gonçalo adora churrascos, cozinhar com o fogo. Um dia, enquanto cozinhava carne pendurada numa árvore, sobre brasas, lembrou-se de transformar este ritual de almoçaradas/jantaradas familiares em algo maior. “Em três meses conseguimos criar isto tudo”, contou num misto de estupefação e orgulho. Inspirado no trabalho do chef argentino Francis Mallmann, um autêntico guru deste tipo de cozinha quase primordial, decidiu criar um “fire pit” com 90 metros quadrados e 25 centímetros de profundidade onde, durante um dia inteiro — mais que isso, na verdade — se iria cozinhar tudo, de sopa a leitão.

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