Assim que se ficou a conhecer o primeiro esboço da estratégia para a recuperação económica preparada pelo consultor do Governo, as atenções centraram-se nas infraestruturas propostas por António Costa Silva. A estratégia volta a pôr em cima da mesa duas das obras públicas mais polémicas, o TGV (comboio de alta velocidade) e um novo aeroporto de raiz para Lisboa. Estes investimentos foram aprovados pelo Governo de José Sócrates (os projetos vinham de trás e incluíam a terceira travessia ferroviária Chelas/Barreiro), mas foram colocados na gaveta quando Portugal entrou em período de ajustamento económico e financeiro.
O TGV e um “grande aeroporto” para a área metropolitana de Lisboa reaparecem agora para ultrapassar o “confinamento geográfico” de Portugal e para reforçar a coesão territorial, mas num contexto totalmente distinto, como parte de uma resposta a uma crise “inédita” que conta com um envelope financeiro reforçado de Bruxelas e com o alívio das restrições orçamentais do passado.
“Nós não vamos sobreviver no século XXI se não apostarmos nos sistemas que nos ligam ao mundo e é por isso que a ferrovia é cada vez mais importante e que a ligação de alta velocidade entre Porto e Lisboa é tão importante”. Neste contexto, em Portugal, pela sua própria geografia, “o aeroporto é indispensável e a TAP é indispensável”, salientou o consultor do Governo, afirmando que “não estamos na idade das cavernas” mas “num mundo global que vai ser ajustado”.
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