Uma história com 167 anos poderá estar perto do fim. O Credit Suisse viu-se esta quarta-feira à beira de um penhasco depois de os acionistas sauditas recusarem fazer novas injeções no banco, lançando grandes dúvidas sobre o futuro de uma instituição cujas ações valiam mais de 50 francos suíços em 2010 e, agora, valem menos de dois. O Credit Suisse foi abalado por uma sucessão de escândalos nos últimos anos – António Horta Osório, que foi chairman, também foi notícia pelas violações das regras pandémicas e saiu ao fim de nove meses no banco – e, agora, em termos financeiros os mercados atribuem-lhe uma probabilidade de falência de quase 50%.

A turbulência em torno do Credit Suisse, que provocou perdas superiores a 10% nas ações dos principais bancos europeus, está a gerar receios sobre a saúde do sistema bancário que são reminiscentes de 2011/2012, os anos da crise da dívida soberana europeia. Depois de ter estado a afundar quase 30% numa só sessão, as ações do Credit Suisse tentaram uma recuperação moderada mas acabaram por fechar com uma perda de 24%.

As perdas para o Credit Suisse na bolsa aprofundaram-se quando, a meio da tarde, foi noticiado que o banco tinha pedido ao Banco Nacional Suíço que fizesse uma demonstração pública de apoio à instituição, um pedido que acabou por ser acatado ao final desta quarta-feira, com os reguladores financeiros e o banco central a segurar o banco. O Banco Nacional Suíço garante que lhe fornecerá toda a liquidez se necessário, mas acrescenta que, neste momento, o Credit Suisse cumpre todos os requisitos de capital e de liquidez exigidos pela supervisão para os bancos de importância sistémica.

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