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ANA MARTINGO/OBSERVADOR

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Empresas cautelosas num regresso ao escritório pós-férias. "O pior que pode acontecer é haver falsas partidas"

Planos de regresso ao escritório, no pós-férias, estão a ser feitos com medo de "falsas partidas". Há empresas mais confiantes mas a maioria vai continuar a usar trabalho remoto. Algumas para sempre.

“Estamos a entrar na fase crítica” e, depois do confinamento da primavera e das férias de verão, os empresários reconhecem que “ninguém tem respostas definitivas” sobre a melhor forma de gerir o regresso ao escritório. O trabalho remoto foi a solução encontrada por vários setores para reagir à pandemia, numa primeira fase, mas as empresas têm agora estratégias diferentes: algumas dizem que vão “intensificar” o regresso presencial, outras admitem não voltar tão cedo. Ou preferem regressar parcialmente — criando apps para marcar as idas ao escritório ou reservar os postos de trabalho.

Há ainda quem tenha definido patamares concretos para o regresso, como ter em Portugal menos de 50 casos ativos por 100 mil habitantes (é o caso de uma empresa do ramo da saúde a operar em Lisboa, que preferiu não ser identificada). E outras que, perante a “incerteza” — sobre como vai evoluir a pandemia ou o impacto terá o regresso às aulas ou as medidas que estão a ser preparadas pelo Governo —, ainda não definiram um plano.

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Certo é que a pandemia veio obrigar a uma adaptação ao teletrabalho. E apesar de a estratégia até poder ter resultado — há quem reporte um “pico de produtividade” nos primeiros dias do confinamento —, muitas empresas não acreditam que o futuro passe pelo trabalho remoto permanente. E a palavra “proximidade” — entre colegas ou clientes — parece ser priorizada. Porque “o ser humano não foi feito para estar em casa, sem poder colaborar de forma próxima com os colegas” ou porque faz parte “do ambiente e cultura” da empresa.

“O pior que pode acontecer é haver falsas partidas”

Quando se fala em ir mais longe no regresso ao escritório, Miguel Ralha, CEO e partner da agência BAR Ogilvy, lembra que, em março, toda a gente foi para casa com um sentimento de emergência, um “pico de adrenalina para experimentar uma situação nova” que era transferir o local de trabalho para casa – mas caso se pedisse, agora, às pessoas para voltar ao escritório e passado algum tempo voltar tudo para casa “aí acho que já não se iria com o mesmo estado de espírito”, argumenta Miguel Ralha.

Por coincidência, a conversa do Observador com o gestor desta agência, que trabalha em publicidade e marketing digital, decorreu minutos depois de Miguel Ralha enviar um e-mail a toda a equipa a dizer que “ainda não há planos definitivos” sobre como vão ser os próximos meses. “Há muitas variáveis que é preciso ter em consideração: como vai evoluir a pandemia, que medidas vão ser tomadas pelo Governo e pelas autoridades de saúde, como vai ser feita a abertura das escolas, etc...”. Miguel Ralha comenta que “bem ou mal, estamos assim há quase seis meses e está a correr bem, o pior que pode acontecer é haver falsas partidas”.

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Por outro lado, reconhece, as decisões a tomar também vão depender do que acontece com o resto da sociedade, designadamente as opções das empresas que são clientes da agência. “Se por parte dos clientes começar a haver um regresso ao escritório é natural que surja uma maior necessidade de interação”, diz, garantindo porém que, como foi feito até aqui, muito será deixado à consideração de cada trabalhador.

A prazo, porém, Miguel Ralha não esconde que, mesmo embora o desempenho das equipas não tenha sofrido, esta não é uma situação sustentável. “O ser humano não foi feito para estar em casa, sem socializar, sem poder colaborar de forma próxima com os colegas”, diz o gestor. É certo que estamos a viver uma pandemia mas é, até certo ponto, uma “obrigação das empresas incentivar que esta retoma aconteça e, para isso, é preciso que as pessoas saiam e façam a vida de uma forma relativamente normal, com a máxima segurança possível”.

As dúvidas sobre o futuro mais próximo da BAR Ogilvy são também as da Bayer. Ao Observador, José Machado, responsável pela comunicação da farmacêutica em Portugal, explica que o anúncio do Governo de que o estado de contingência seria alargado a todo o país a partir de dia 15 de setembro (sem revelar ainda que medidas implementará), e a incerteza sobre como vai correr o regresso às aulas, não permitiram ainda desenhar a estratégia a adotar nos próximos meses. Por isso, a empresa vai esperar pela semana de dia 21 para reavaliar se a maioria dos trabalhadores se mantêm em teletrabalho.

"O ser humano não foi feito para estar em casa, sem socializar, sem poder colaborar de forma próxima com os colegas."
Miguel Ralha, CEO e partner da agência BAR Ogilvy

No caso da Medtronic já há um plano definido. E, ali, regressar ao escritório só será possível quando Portugal cumprir uma série de indicadores epidemiológicos. É que a empresa dedicada a serviços e tecnologia médica terá em conta “a trajetória do número de casos ativos, mortes e número de testes realizados por milhão de habitantes, a taxa de crescimento de novos casos, a disponibilidade de equipamento de proteção individual”. “Neste momento encontramo-nos a aguardar que a situação epidemiológica em Portugal cumpra todos os requisitos para podermos, de forma faseada, regressar ao escritório”, explica ao Observador.

“Quem preferir continuar em casa vai estar à vontade”

Com a chegada da pandemia a Portugal em março, as empresas responderam como conseguiram ao receio e à incerteza que a nova realidade impôs. E a agência Look ‘n’ Feel, da área da publicidade, teve uma abordagem mais radical: suspendeu logo o contrato com um co-work que tinha em Lisboa e negociou, entretanto, apenas um “banco de horas” para que fazer reuniões com clientes, por exemplo. Estão em casa todos os cerca de dez colaboradores da unidade em Portugal (tal como os que estão na sede, em Brasília, cerca de 50 no total) e, garante Luís Pereira, sócio-gestor da agência, a perspetiva é que assim continue no futuro previsível.

A empresa diz ter feito um grande esforço para perceber como se estavam a sentir, a cada momento, cada um dos elementos da equipa – houve um cuidado especial com quem tem filhos ou quem tinha, por exemplo, problemas de relacionamento com os pais, com quem ainda viviam, em alguns casos. E “foi impressionante como, desde o início, perguntámos às pessoas se gostariam de voltar ao escritório ou se preferiam voltar, quando fosse possível – e 85% das pessoas da empresa disseram que não faziam a menor questão de voltar”, diz Luís Pereira.

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Perante essa realidade, a empresa começou a equacionar outro cenário: a opção a longo prazo pelo trabalho remoto. Luís Pereira admite que mais tarde ou mais cedo essa tendência poderia surgir na sua empresa e no setor, em geral, mas “a pandemia veio acelerar” esse processo – até tendo em conta as “economias de custos” que essa opção permite. “Estamos a construir políticas de auxílio para melhorar o trabalho em casa, ou seja, pegar em parte destas economias e dar às pessoas packs de benefícios”, diz o gestor, dando como exemplo uma ajuda para pagar uma linha de internet mais rápida.

A maioria das empresas contactadas pelo Observador vão manter, ainda que parcialmente, a opção do teletrabalho — muitas por tempo indeterminado. “Ainda não há uma data para a abertura do escritório, situação que se pode alterar a qualquer momento se a evolução [da situação epidemiológica] for positiva”, descreve fonte oficial da Microsoft ao Observador. “Vamos manter ainda em setembro este modelo maioritariamente assente no trabalho remoto dos mais de 2.000 colaboradores”, refere, por sua vez, a Fujitsu.

Outro grande empregador que diz não ter decisões tomadas sobre o futuro próximo é a EDP. A elétrica iniciou o plano global de regresso dos seus colaboradores às instalações em junho, organizado por diferentes fases e grupos, de acordo com critérios de saúde, de assistência à família e de risco. Desde então, tem vigorado um regime de trabalho presencial parcial, rotativo, flexível e não obrigatório, que se irá manter durante o mês de setembro. Atualmente, a empresa em Portugal mantém 48% dos seus colaboradores em teletrabalho e 18% num regime híbrido – os restantes 34% correspondem a trabalho industrial e de campo.

Setembro será "mês de transição" para a EDP

HENRIQUE CASINHAS/OBSERVADOR

O modelo de regresso a partir de outubro “ainda não tem moldes definidos, sendo provável que incorpore um caráter de rotatividade e que continue a privilegiar a flexibilidade e a possibilidade de trabalhar em modelo híbrido”, diz fonte oficial. O regime a partir de outubro está “em fase de planeamento e será comunicado” ao longo do mês de setembro, “uma vez que será importante ter em consideração as decisões governamentais relacionadas com a entrada de Portugal em situação de contingência a partir de 15 de setembro”. O que parece certo é que “este mês de setembro deverá assim ser um mês de transição antes da implementação de um novo modelo de regresso”.

O mesmo que para a Hitachi Vantara, focada nas tecnologias de informação : “Durante setembro, iremos avaliar as circunstâncias e perceber qual a melhor estratégia a implementar nos próximos meses. Contudo, como sabemos que as pessoas reagem de forma diferente a estas situações, ainda que voltemos ao escritório, não será dentro dos mesmos moldes.”

E aos recém-contratados, “como é que passamos a cultura da empresa?”

Um potencial problema, porém, já identificado por várias empresas a nível mundial, está ligado à formação e integração de novos colaboradores. Uma coisa é mandar para casa quem já está rotinado e conhece o funcionamento da empresa, mas não é tão fácil transmitir a cultura à distância, reconhece Luís Pereira, da Look ‘n’ Feel.

É por isso que a Novabase começou a estabelecer que em cada semana só estão no escritório os trabalhadores de um determinado projeto, rodando ao longo do mês. Embora o teletrabalho “esteja a correr muito bem”, o trabalho em equipa “é mais simples se for feito fisicamente próximos”, admite ao Observador Nelson Teodoro, diretor de marketing da empresa e um dos responsáveis pela implementação do plano de regresso físico aos escritórios. E essa questão é particularmente relevante com os novos colaboradores. “Como é que passamos a cultura da empresa, que se transmite através de um conjunto de ações que vamos tendo, à distância? E a integração de quem vem da universidade, a transmissão das metodologias? É difícil”.

O mesmo problema coloca-se à The Loop Co., uma startup dedicada ao desenvolvimento de soluções tecnológicas e da chamada economia circular, que recebeu no verão 20 estagiários para um programa que termina no final de setembro. No escritório pode estar até um terço da equipa, mas a prioridade tem sido dada aos estagiários e aos colaboradores (ao todo são 30) que com eles trabalham diretamente “para que a integração aconteça o melhor possível”.

"Como é que passamos a cultura da empresa, que se transmite através de um conjunto de ações que vamos tendo, à distância? E a integração de quem vem da universidade, a transmissão das metodologias? É difícil"
Nelson Teodoro, responsável da Novabase pela implementação do plano de regresso físico aos escritórios

Tirando esses trabalhadores, a política de teletrabalho vai manter-se — dois terços dos colaboradores em casa. “Neste momento ainda não estamos confiantes de que voltar ao escritório a 100% seja a melhor opção para garantir a segurança da equipa e queremos ter uma melhor noção do que irá acontecer no período de outono e inverno.” O certo para esta startup é que o teletrabalho até pode ter trazido vantagens, mas o futuro da empresa “não passa por uma equipa a trabalhar integralmente remota”. “Mantemos a confiança total nos benefícios que o contacto e a proximidade das pessoas têm no ambiente e cultura da equipa.”

Uma aplicação para marcar as idas ao escritório. E outra para reservar lugares

As idas ao escritório na The Loop Co. são marcadas online, através de um ficheiro interno. “Ainda não há uma confiança total dos trabalhadores para regressarem todos os dias aos escritórios, pelo que não tem sido ultrapassado o limite de vagas disponíveis por dia”, conta a empresa. Mas se houver muitas pessoas a querer regressar, “o critério aplicado é quem seleciona primeiro essa opção” no ficheiro da equipa.

A Bayer também dá a possibilidade a quem quiser de voltar ao escritório, mas com limites. Como não podem estar mais de 30 trabalhadores ao mesmo tempo, criou uma aplicação para que os interessados marquem as idas ao edifício — e detalhem se vão o dia todo, de manhã ou apenas à tarde. Só que, desde que a funcionalidade foi criada, no início de junho, o limite nunca foi atingido. “Os números andam à volta de 14, 15 pessoas”, diz José Machado, responsável pela comunicação da farmacêutica em Portugal. Ainda assim, quem regressa “tem gostado”, até pelo “reencontro entre colegas de trabalho, que ficaram meses sem se ver”.

O sistema da Siemens é diferente. Cada colaborador tem, antes de voltar ao trabalho presencial, de registar os sintomas numa plataforma própria, para avaliação pela equipa médica. “Os colaboradores sabem que apenas submetendo 14 dias de monitorização de sintomas poderão pedir autorização médica para regressar. É da responsabilidade do colaborador não se dirigir às instalações sem ter esse pressuposto cumprido”, explica a tecnológica ao Observador. Os postos de trabalho também têm de ser reservados online — só alguns estão disponíveis, para garantir as distâncias de segurança — assim como os almoços no refeitório. A máscara é obrigatória mesmo na secretária.

[O vídeo da Siemens com as regras para o regresso]

Transportes públicos, segunda vaga e até o almoço. Os receios na hora de regressar

Quando colocou os colaboradores a trabalhar a partir da casa, a Novabase registou um “pico de produtividade”. “As pessoas tiveram de se habituar à nova realidade, de criar rotinas. Tiveram dificuldade em conseguir desligar”, explica Nelson Teodoro. Por isso, houve aconselhamento para ajudar os trabalhadores nesse processo.

Se a adaptação não foi imediata, há agora alguma resistência no regresso. “Muitos dos trabalhadores não identificam, à data, grande motivação para regressar aos escritórios, mas a grande maioria faz uma avaliação positiva da gestão feita para o regresso em segurança aos escritórios”, diz a empresa ao Observador. A Novabase aplica um questionário mensal para perceber como é que os colaboradores se sentem perante os tempos de incerteza. E uma das maiores preocupações associadas ao regresso prendem-se com “os transportes públicos, uma potencial segunda vaga de contágio e o almoço — o processo dentro de uma empresa em que o risco de contágio é maior”.

Essa preocupação é também já sentida nas entrevistas de emprego. Se antes da pandemia as primeiras perguntas dos candidatos eram sobre os projetos da empresa, “agora querem saber se trabalhamos totalmente remotos”. Já houve casos em que, se a resposta é negativa, “dizem que não vale a pena continuar”, conta Nelson Teodoro. “Passou a ser um dos critérios de seleção dos candidatos.”

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A Novabase está preparada para, “em menos de 24 horas, colocar todos os colaboradores em trabalho remoto”. Esse plano, para já, prevê uma lotação máxima de 30%, mas inclui cenários em que o número possa subir para os 50%, 70% ou mesmo 100%. Neste último caso, “teríamos de repensar todo o espaço de trabalho” — uma possibilidade que, acredita o responsável, dificilmente se concretizará, “enquanto houver riscos pandémicos”.

Um estudo da Manpower Group chamado What Workers Want [O que querem os trabalhadores], feito em oito países (Portugal não incluído), em junho mas divulgado na semana passada, concluiu que os trabalhadores nos EUA e no Reino Unido estão mais pessimistas — e preocupados com uma segunda vaga — do que os funcionários na Alemanha, em Itália, França, Espanha, Singapura e no México. E isso refletiu-se na percentagem que regressou aos escritórios (menor no Reino Unido do que, por exemplo, em França).

Twitter vai permitir que funcionários passem a trabalhar de casa. Para sempre

Desde 1 de junho que o trabalho remoto já não é obrigatório em Portugal, sendo necessário um acordo escrito entre o empregador e o trabalhador, exceto para quem tem filhos até aos três anos (nesse caso, a decisão pode ser unilateral), como prevê o Código do Trabalho. Os imunodeprimidos e os doentes crónicos, como os hipertensos e os diabéticos, têm direito a impor o teletrabalho ou à falta justificada nos casos em as suas funções não permitissem o teletrabalho. “Neste momento, não estão previstas alterações a este que é o regime vigente”, explica o Ministério da Modernização do Estado e Administração Pública, que contabilizava, a 30 de junho, 43 mil funcionários públicos em teletrabalho.

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Na administração pública, cada serviço é responsável por avaliar a possibilidade de teletrabalho, que o Governo considera ser um “importante instrumento de conciliação da vida profissional com a vida pessoal e familiar e de prevenção do absentismo”, diz o Ministério da Administração Pública ao Observador.

Um estudo de Pedro Martins, professor no Queen Mary College e ex-secretário de Estado do emprego do governo de Pedro Passos Coelho, concluiu que 54,4% dos trabalhadores têm um potencial muito baixo de teletrabalho. Apenas 9% tem um potencial elevado e 26,4% um potencial significativo. Esta possibilidade aumenta com o grau académico e o salário, e é superior no setor “atividades de informação e de comunicação”.

O potencial do teletrabalho em Portugal

Na banca, Santander diz que regresso será “intensificado”. CGD quer “bom senso e ponderação”

Mais confiante no regresso ao escritório está, por exemplo, o banco Santander, que diz ao Observador que a partir de 31 de agosto, o regresso dos colaboradores aos edifícios dos serviços centrais passou a ser “intensificado”, exceto para os grupos de risco, que se mantêm em teletrabalho. Fonte oficial do banco indicou que nas últimas semanas de agosto já estavam a trabalhar nos serviços centrais cerca de 45% dos colaboradores, assegurando todas as condições de segurança e cumprindo todas as orientações da DGS”, o que implicou que se fizessem “adaptações físicas nos nossos edifícios centrais” como “separações de segurança entre os postos de trabalho”.

Santander reforçou as paragens do Mini Bus próprio para o Centro Santander em Lisboa

ANTÓNIO COTRIM/LUSA

Nesta fase pós-férias, “os colaboradores do banco passarão a estar de forma permanente ou em rotação, dependendo do número de pessoas de cada equipa”. Em relação aos balcões, que se mantiveram sempre abertos, os trabalhadores estão em regime presencial ou em rotação, diz o banco.

Para limitar os riscos nos transportes públicos, o banco reforçou as paragens do Mini Bus próprio para o Centro Santander em Lisboa – além da paragem em Sete Rios, os colaboradores contam agora com novas paragens: Campo Grande; Cais do Sodré e Gare do Oriente. Além disso, desenvolveu-se uma app (DeVolta) que “permite fazer um diagnóstico regular e muito próximo sobre o estado de saúde de todos os colaboradores”, bem como as medidas comuns como fornecimento de máscaras e álcool-gel.

Outro banco, a Caixa Geral de Depósitos, diz ao Observador que foram colocadas quatro mil pessoas em teletrabalho “sem perda de produtividade” e reconhece que “o teletrabalho tem aspetos positivos”. No entanto, diz fonte oficial, “deve ser avaliado com vários ângulos, já que o ser humano é eminentemente social”. “Trabalhar em proximidade faz parte da sua maneira natural de estar. Há espaço para tudo, com bom senso e ponderação.” O banco público explica que nas direções centrais estão a trabalhar entre 40% e 50%, “adotando-se, sempre que possível, um modelo alternado entre trabalho à distância e trabalho presencial”.

Caixa Geral de Depósitos teve quatro mil pessoas em teletrabalho

Mário Proença

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