Cavaco Silva deu a entrevista ao programa Sob Escuta, da Rádio Observador, no gabinete de trabalho que tem como ex-Presidente no Convento do Sacramento. Mesmo durante a pandemia, o antigo primeiro-ministro e antigo Presidente da República faz questão de ir todos os dia trabalhar ao gabinete, que não fica muito longe da sua casa nem dos dois palácios (Belém e S. Bento) que ocupou na chefia do governo e do Estado. Diz não ter saudades de nenhum dos cargos e que se sente bem afastado da política ativa, mas deixa várias críticas ao Governo de António Costa. Uma das suas atividades pós-presidenciais é escrever livros e já vai no vigésimo quarto. “Uma experiência de social-democracia moderna“, é um livro editado pela Porto Editora que foi pretexto para esta entrevista.
O antigo Presidente da República cita “analistas” para dizer que o atual Governo “como se viu” no Orçamento do Estado para 2021 “depende de uma força política que de democracia tem pouco“. Era um tiro ao PCP. Diz que, por muito que procure, não encontra nenhuma reforma feita pelo Governo de Costa e acrescenta que a “tão falada devolução de rendimentos foi iniciada por Passos Coelho“. A via reformista, defende, só volta quando o PSD voltar a ser Governo. Rui Rio terá mãos para isso? Sobre isso não fala, pois já seria a tal política ativa. Na mesma linha, recusa dizer se apoia Marcelo Rebelo de Sousa.
[Veja aqui o essencial da entrevista a Aníbal Cavaco Silva:]
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