789kWh poupados com a
i

A opção Dark Mode permite-lhe poupar até 30% de bateria.

Reduza a sua pegada ecológica.
Saiba mais

i

ANDRÉ CARRILHO/OBSERVADOR

ANDRÉ CARRILHO/OBSERVADOR

Maria Miguel: "Dizem que, por ser modelo, sou burra. Nada a ver"

A ascensão Maria Miguel foi rápida. Aos 16 anos, já era modelo exclusiva da Saint Laurent. Em entrevista, fala sobre viver em Paris, do sonho de ser futebolista e do preconceito à volta da profissão.

Aos 17 anos, Maria Miguel é a mais promissora das manequins portuguesas. Sem saber muito bem como, caiu nas graças de Anthony Vaccarello, diretor criativo da Saint Laurent desde abril de 2016. O cliché da modelo maria rapaz não podia ser mais adequado. Durante anos, quis ser futebolista. Hoje, mal pode dar uns toques na bola, correndo o risco de magoar e marcar as pernas. Pernas compridas e esguias. Terão sido elas a chamar a atenção da casa francesa? Ajudaram certamente, se bem que a descontração de uma adolescente descomplexada parece ter posto termo a todas as indecisões.

No dia 28 de setembro de 2017, Maria Miguel estreou-se em grande. Não só foi a primeira modelo portuguesa a desfilar para a marca fundada por Yves Saint Laurent, como, com apenas 16 anos, abriu o dito desfile da coleção primavera-verão 2018. Percorreu quatro vezes a passerelle, montada no Trocadéro, junto à Torre Eiffel, em Paris. Até aí, nunca tínhamos ouvido falar dela. O desfile foi só uma parte da ascensão meteórica. Com ele, veio um contrato de exclusividade, assinado no verão anterior, e uma campanha fotografada em Nova Iorque. O contrato foi renovado e, quando chegou ao fim, já a manequim era cobiçada por outras marcas. Em fevereiro, além da marca onde deu os primeiros passos, desfilou também para Isabel Marant e para a Chanel, na Semana da Moda de Paris. No início de maio, voltou a trabalhar com a marca dirigida por Karl Lagerfeld. A coleção Cruise 2019 foi apresentada no Grand Palais, em Paris, e com uma portuguesa no lineup.

Tantas solicitações obrigaram-na a mudar-se para Paris e a prosseguir os estudos à distância. Quando vem a Portugal, voa direta para o Porto. Apanhá-la em Lisboa é tão ou mais difícil do que pedir-lhe que se abstraia do facto de o Sporting estar a jogar a final da Taça. “O Piccini não vai jogar, pois não?”, pergunta enquanto é maquilhada para os Globos de Ouro. Conversámos com Maria Miguel no domingo, na tarde do Sporting vs Desportivo das Aves, para sermos mais precisos. Enquanto se preparava para a gala, a sportinguista ferrenha veio à tona. Horas depois, o resultado desfavorável acabou por ser compensado de outra forma, com um Globo de Ouro de Melhor Modelo Feminino.

Já estás habituada à correria dos bastidores de um desfile. É muito diferente da preparação para uma gala?
Aos desfiles já me vou habituando, já é uma rotina. Isto é mesmo diferente, é acordar de manhã para um evento que só acontece no fim do dia. É começar a preparar-me à uma e meia da tarde para uma gala que começa às nove da noite. Mas não me importo. Ainda por cima tenho exames, fico a pensar em Matemática, no que tenho de fazer, no que não tenho de fazer. Não penso muito nisto, senão aí é que começo a ficar nervosa.

PUB • CONTINUE A LER A SEGUIR

É um bocado difícil encontrar-te em Lisboa.
Agora passei cá uns 20 dias por causa dos exames da escola, mas não costumo estar muito em Portugal, em Lisboa muito menos. No Porto ainda vou estando. Adoro. Para mim, de todas as cidades, é a melhor para viver. Tem mar, tem rio, tem comida ótima.

Foi lá que cresceste?
Não. Nasci em Braga, vivia no Gerês e ia todos os dias para a cidade. Vivi sete anos lá, depois fui para Angola e fiquei lá outros sete. Um ano em Inglaterra e agora o Porto. Para Angola fomos por causa do trabalho do meu pai, para Inglaterra por causa da escola, achámos que era melhor estudar lá. Depois, acabou por não ser assim tão bom como toda a gente dizia, por isso fomos para o Porto. Mas acho que é ótimo. Como era mais nova, não mantenho grande contacto com as amigas que fiz em Angola. Há esse problema, perdem-se algumas amizades. Mas agora, cheguei ao Porto e, como em Inglaterra estava numa escola meio interna, continuo mesmo próxima das minhas amigas de lá. Somos como irmãs, falo com elas sempre. E como fui para o Porto com 14 anos, ainda aquela idade em que fazemos amigos para a vida, acho que não perdi nada em viajar tanto, acho que até ganhei muito.

Maria Miguel é natural de Braga, já viveu em Londres, em Luanda e no Porto. Hoje, com 17 anos, vive em Paris © André Carrilho/Observador

ANDRÉ CARRILHO/OBSERVADOR

Fazes amigos com facilidade, portanto.
Faço. Acho que ter andado de um lado para o outro também me ajudou a estar à vontade sempre que chego a uma escola nova, por exemplo. Não fico com muita vergonha de pessoas da minha idade, com adultos é diferente. É bué constrangedor, primeiro porque nunca sei se hei-de cumprimentar com dois beijinhos ou com um beijinho. Ainda por cima, lá fora, às vezes é com um passou-bem, outras é com um abraço, nunca sei. Depois: você ou tu? Outro problema enorme. Quer dizer, quando ultrapasso essas barreiras já estou à vontade, mas até lá demoro imenso tempo. Agora, chego à minha agência em Paris e já dou abraços a toda a gente. E mesmo quando vou para dar um beijinho e alguém me dá passou-bem, tenho de puxar do meu acting side, que não existe praticamente, e dar a volta. Fico toda aflita, mas acho que eles percebem, porque também ficam.

O facto de teres mudado várias vezes de cidade quando eras mais pequena facilitou a tua adaptação a Paris?
Acho que não. O que me custou mais foi estar longe dos meus pais, apesar de me estarem sempre a visitar. Mas não é terrível, Paris é uma cidade muito gira, toda a gente é super simpática. Ao início foi mais difícil, não conhecia ninguém. Agora, já gosto de Paris.

E no que toca à moda, quais são as tuas primeiras memórias?
Não percebia nada, ainda hoje não percebo muito. Quer dizer, percebo, mas não sou nenhuma expert. Quando era mais nova, muito menos. Só jogava futebol. Nunca pensei que um dia fosse usar saltos altos. Na praia, andava sempre de calções de banho de rapaz, perguntavam-me se era rapaz ou rapariga.

E o que é que leva uma rapariga sem nenhum interesse em moda a começar uma carreira como modelo?
Era imensas vezes parada na rua por pessoas que me perguntavam se já era modelo, davam-me cartões das agências, diziam-me para lhes ligar. Nunca ligava. Mas sou muito competitiva e a minha tia disse-me: “Ah, só não vais porque tens medo de experimentar essas coisas”. Aí é que fui. Fui à L’Agence, ganhei o concurso [L’Agence Go To Model 2016] e as coisas começaram a correr bem. Mas nunca tinha pensado nisto, queria ser futebolista. Os meus pais não queriam, mas eu queria. Mas sim, também queria experimentar a moda. É um mundo mesmo diferente, onde ninguém sabe o que esperar. Eu nunca admitia isto, dizia sempre que tinha vindo só porque a minha tia me desafiou, mas também há curiosidade. Não é só tirar fotografias, é conhecer pessoas. Não queria ficar sem experimentar e depois pensar em como poderia ter sido, não queria ter regrets. Como é que se diz regrets? Arrependimentos.

"Mas nunca tinha pensado nisto, queria ser futebolista. Os meus pais não queriam, mas eu queria. Mas sim, também queria experimentar a moda. É um mundo mesmo diferente, onde ninguém sabe o que esperar."

E quando lá chegaste, era muito diferente daquilo que imaginavas?
O mundo da moda? Muito diferente, sim. Achava que era — e não quero que isto pareça mal — muito mais fácil do que é, na verdade. Trabalho muito mais do que achava que ia trabalhar. Chego a casa mesmo cansada, achava que não ia ser nada assim. É muito mais duro. Depois, ainda me dizem que, por ser modelo, sou burra, mas nada a ver. Estou a conhecer pessoas super inteligentes, fico a falar com elas e são interessantíssimas, pessoas que nunca conheceria no meu dia-a-dia cá. São pessoas com acesso a tudo, que estão sempre a viajar. Não estou a dizer que quem não trabalha no mundo da moda não é culto, mas é mais fácil, até porque vou a países diferentes e conheço culturas diferentes.

E chegaste um dia a casa e disseste que ias ser modelo?
A minha família também queria que eu experimentasse e sempre me apoiou muito. Antes de ir à agência, tivemos a falar durante meses sobre isso, também teve de ser uma coisa mesmo ponderada, porque num dia estou a estudar, no outro dia não vou às aulas. Sem eles saberem no que me estava a meter, nunca tinha feito isto.

Como é que geres os estudos?
Quando cheguei à agência estava no 10º ano, tinha exames, os IGCSE, porque estudo numa escola inglesa. Durante esse tempo, tive mesmo de estudar. No fim de maio, fui para a Next [agência que a representa internacionalmente]. Disseram-me que ia umas semanas para Londres para ver como corria. Fui para Londres, depois fui para Paris e depois foi Saint Laurent.

E como é que a Yves Saint Laurent te encontrou?
Também não sei muito bem. Disseram-me que ia para Paris e que tinha um casting para a Saint Laurent. Não achava que fosse conseguir. Ficaram de me ligar numa quarta, não ligaram e pensei logo que não ia acontecer. Confesso que não fiquei muito dececionada. Na quinta-feira ligaram-me a dizer: “Maria, vens para Paris?”. Foi um casting muito diferente dos outros, estava só eu. Entrei e foi só: ‘Podes caminhar até ali? Até ali. E até ali’. E eu nem ficava nervosa para os castings, mas neste estava. “Ok, devemos precisar de te ver amanhã”. No dia a seguir voltei para Paris, fiz fittings durante esse dia, depois voltei para Londres até me ligarem a dizer que tinha conseguido.

E já tinhas ido a outros castings fora de Portugal?
Em Londres tinha feito uma semana de castings, mas nem deu para saber se tive o trabalho ou não porque fui para Paris logo a seguir. Foi muito rápido.

Entretanto, as aulas recomeçaram em setembro. Conseguiste voltar para a escola?
Já sabia que até ao desfile não ia às aulas, mas não sabia que ia renovar o contrato com a Saint Laurent até à estação seguinte. Aí, tivemos de pensar. Era uma ótima oportunidade e se queria mesmo isto, tinha de fazer o esforço de estudar sozinha, de fazer FaceTime com os meus professores ao fim de semana. Houve imensos dias que não consegui estudar por ficar a trabalhar até tarde, mas foi uma opção que tive de fazer. Quero continuar a estudar, é importante. Mas para ir às aulas não deu mesmo.

Em setembro do ano passado, Maria Miguel desfilou em Paris. Não foi uma simples estreia, a portuguesa de 16 anos abriu o desfile da Saint Laurent © Pascal Le Segretain/Getty Images

Pascal Le Segretain/Getty Images

O que é que sentiste no momento em que abriste o desfile?
Não me lembro muito bem desse momento. Não sei porquê, estava super nervosa para o ensaio, no dia anterior. No dia do desfile, estava nervosa, mas não estava com o coração a bater. De repente, eles disseram: ‘Um minuto!’. O meu coração começa: pum pum pum. Quando me disseram para andar, esqueci-me de tudo, já não me lembro de nada do que aconteceu, só sei que fui. Tinha mais dois looks, mas aí foi super divertido, já tinha passado a pior parte, era só correr e vestir muito rápido. Soube dois dias antes que ia abrir, mas não quis dizer a ninguém. Tive medo que não acontecesse, fiquei muito nervosa.

Mas correu tão bem que o contrato foi renovado.
Já não estava à espera de abrir o desfile, muito menos de renovar o contrato. Foi boa a relação que criámos ao fim de tanto tempo a trabalharmos juntos. As coisas iam aparecendo e eu não contava a ninguém por ter medo que não acontecesse. E no desfile ainda não sabia da campanha. Depois, fui para Nova Iorque com a Inez e com o Vinoodh [dupla de fotógrafos de moda], que são as pessoas mais fixes de sempre. Aí é que eu estava mais nervosa, muito mais nervosa do que quando abri o desfile. Fotografar é diferente. No desfile é andar, a máquina intimida-me mais.

"Acordo de manhã, olho para mim e não digo 'uau, que gata'. Não sei se é uma coisa boa ou má, mas não consigo achar isso. Por isso também não sei o que é que lhes deu para gostarem de mim. Acho que também teve a ver com personalidade e com a forma como falei com eles. Sorrir, ser simpática, e isso não é uma coisa que eu faça de forma pensada."

Depois do segundo desfile, termina o contrato de exclusividade com a Saint Laurent. Sentes que as outras marcas começaram a ver-te com outros olhos?
Acho que sim. Eu ia aos castings e já era conhecida como ‘the Saint Laurent girl‘.

Se, um ano antes do primeiro desfile, te falassem em Saint Laurent, que referências tinhas da marca?
Conhecia a marca, claro. Achava as carteiras mesmo giras, mas nunca imaginava que fosse trabalhar com eles.

Não tens uma beleza clássica. O que é que achas que a Saint Laurent viu em ti?
Não percebo isso. Acordo de manhã, olho para mim e não digo ‘uau, que gata’. Não sei se é uma coisa boa ou má, mas não consigo achar isso. Por isso também não sei o que é que lhes deu para gostarem de mim. Acho que também teve a ver com personalidade e com a forma como falei com eles. É importante falar com as pessoas, não dizer só olá e adeus. Sorrir, ser simpática, e isso não é uma coisa que eu faça de forma pensada. Gosto de pessoas, de falar e de estar com pessoas. Acho que isso também é importante.

Em algum momento quiseste voltar atrás nesta decisão de trabalhar como modelo?
Não. Custa sempre estar longe das amigas e há momentos, especialmente no verão, em que penso: “Ah, quem me dera estar com elas agora”. Mas nunca pensei em voltar atrás.

Sim, porque continuas a viver em Paris.
Vai fazer agora um ano. Estou cá por causa dos exames, mas depois volto. Falo com os meus professores por FaceTime, mas não dá para fazer isso assim tantas vezes, por isso, quando venho cá a Portugal, estou cinco horas seguidas com um professor, cinco horas com outro professor. São aulas intensas, o que não é nada bom para aprender a matéria. Posso estar a perceber na altura, mas quando vou fazer os exercícios já não me lembro de nada, mas tenho de fazer esse esforço.

A campanha mundial de primavera 2018 da Saint Laurent com Maria Miguel

Tens tempos livres?
Sim. Em Paris também nunca posso trabalhar até muito tarde, o máximo são as 10 da noite, é a lei. Quando estou em Paris, vou para casa e durmo, ou então estudo. Em Nova Iorque tenho amigas, por isso estou com elas. Agora, começa o verão, não vou ter de estudar, mas ainda não pensei muito nisso. Comecei a jogar padel. Futebol não dá, não posso magoar-me nas pernas. Eu magoo-me simplesmente a andar na rua. Jogo às vezes com as minhas amigas em Portugal, mas é mais numa de brincadeira. Fico mesmo competitiva, por isso até com elas tenho de ter cuidado, começo logo a fazer carrinhos e tudo.

Tu ainda és menor. Quem é que te acompanha lá?
Os meus pais, a minha agência de cá, a minha agência de lá, toda a gente me acompanha imenso. Mas os meus pais estão sempre comigo. Mesmo quando não estão lá, falo com eles, sem exageros, umas seis vezes por dia. Moro sozinha, mas prefiro sempre, quando os meus pais não estão, ter lá uma amiga ou assim. A minha mãe também está lá imensas vezes. Nunca estou muito sozinha, não gosto, prefiro estar com pessoas.

Ouvimos dizer que gostas de comer. Como é que lidas com isso numa cidade como Paris?
Adoro. De facto, é uma coisa de que não gosto em Paris, a comida. Só gosto de croque-monsieur, mas também já enjoei um bocado. Agora, com UberEats, encomendo mais para comer em casa, é mais fácil. Quando venho cá, só quero comer pratos portugueses. Lá nunca como peixe e nem sequer gostava muito antes de ir, mas agora só quero comer peixe e polvo. Não faço esforço para ter uma alimentação saudável, mas vou começar a fazer porque este metabolismo não dura para sempre. Também não me faz bem comer o que eu como.

Tens um estilo muito diferente daqueles com que desfilas. O que é que gostas de vestir?
Gosto de me vestir como um rapaz. Se me virem num aeroporto, é assim que gosto de me vestir, é assim que gostava de andar no dia-a-dia. Mas sempre que me visto assim, a minha mãe: ‘Maria, vais assim para a rua?’. Mas também adoro o que visto nos desfiles. No dia-a-dia não usaria, mas adoro usá-las em ocasiões especiais. Gosto de encarnar uma personagem.

No último domingo, Maria Miguel ganhou o Globo de Ouro de Melhor Modelo Feminino. Na gala, usou um vestido preto curto Saint Laurent © André Carrilho/Observador

ANDRÉ CARRILHO/OBSERVADOR

Entraste neste mundo sem qualquer expectativa. Neste momento, fazes planos para um futuro na moda?
Nunca sei como responder a isso. Não gosto de definir objetivos, acho que se o fizer fico com muita pressão sobre mim. É o meu trabalho e tudo o que faço, faço profissionalmente, mas não gosto de objetivos. Com isso vêm as expectativas e depois se não conseguir superá-las vou ficar muito em baixo. O que vier vem. Há muitas marcas com quem ainda gostava de trabalhar, mas não gosto de dizer porque dá azar.

És um bocado supersticiosa.
Nestas coisas sou super.

Nunca achaste que a moda expõe demasiado rapazes e raparigas, da tua idade ou mais novos, a coisas menos boas?
Para mim, nunca foi assim. Sempre me disseram que era preciso ter cuidado, mas nunca tive nenhum problema. Não aprendi nada de mau. As drogas, isso tudo de que falam, tenho a certeza que acontece, mas mesmo que visse, acho que nunca seria influenciada por isso. É uma escolha. Quem se mete nisto tem de saber o que está a fazer, quantas horas vai trabalhar. A maior parte das minhas amigas pensa a mesma coisa. Toda a gente me diz para ter cuidado, mas na verdade não há muito para se ter cuidado. Este mundo também é muito mais exposto ao público, ou seja, noutras áreas pode perfeitamente acontecer a mesma coisa. Ok, aqui somos mais novas, mas acho que a maior parte das raparigas também tem uma boa cabeça.

Fora da moda, o que é que queres fazer?
Queria fazer um curso de business. Antes, queria ir para fora, agora acho que quero ficar em Portugal e depois se calhar fazer o mestrado lá fora.

Queres ser uma melhor de negócios, portanto.
Sim. Basicamente, é isso que eu quero.

Assine por 19,74€

Não é só para chegar ao fim deste artigo:

  • Leitura sem limites, em qualquer dispositivo
  • Menos publicidade
  • Desconto na Academia Observador
  • Desconto na revista best-of
  • Newsletter exclusiva
  • Conversas com jornalistas exclusivas
  • Oferta de artigos
  • Participação nos comentários

Apoie agora o jornalismo independente

Ver planos

Oferta limitada

Apoio ao cliente | Já é assinante? Faça logout e inicie sessão na conta com a qual tem uma assinatura

Ofereça este artigo a um amigo

Enquanto assinante, tem para partilhar este mês.

A enviar artigo...

Artigo oferecido com sucesso

Ainda tem para partilhar este mês.

O seu amigo vai receber, nos próximos minutos, um e-mail com uma ligação para ler este artigo gratuitamente.

Ofereça artigos por mês ao ser assinante do Observador

Partilhe os seus artigos preferidos com os seus amigos.
Quem recebe só precisa de iniciar a sessão na conta Observador e poderá ler o artigo, mesmo que não seja assinante.

Este artigo foi-lhe oferecido pelo nosso assinante . Assine o Observador hoje, e tenha acesso ilimitado a todo o nosso conteúdo. Veja aqui as suas opções.

Atingiu o limite de artigos que pode oferecer

Já ofereceu artigos este mês.
A partir de 1 de poderá oferecer mais artigos aos seus amigos.

Aconteceu um erro

Por favor tente mais tarde.

Atenção

Para ler este artigo grátis, registe-se gratuitamente no Observador com o mesmo email com o qual recebeu esta oferta.

Caso já tenha uma conta, faça login aqui.

Assine por 19,74€

Apoie o jornalismo independente

Assinar agora