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O guia com sete conselhos para um Natal sem Covid-19 (e até lhe fazemos um desenho)

Preparar o Natal não é só demolhar o bacalhau. Prepare-se para ser testado à Covid, saiba como arejar a sala e mantenha o álcool-gel e máscaras por perto. As ilustrações das sete regras a seguir.

Este ainda não vai ser o Natal dos beijinhos e dos abraços, das trocas acidentais de copos de vinho nem das janelas embaciadas pelo contraste de temperaturas entre o frio lá fora e o calor das lareiras. A normalidade, pelo menos para já, terá de ser reduzida a um desejo de Passagem de Ano. Mas há formas de passar por ele em segurança, com menos ansiedade e menor probabilidade de avolumar a onda de casos que se esperam na ressaca da época festiva. O Observador reuniu os conselhos dos especialistas para garantir um Natal higiénico. Precisa de um desenho? Também temos.

Antes do Natal, há mais a fazer do que comprar o bacalhau

Nove em cada dez pessoas estão completamente vacinadas contra a Covid-19 em Portugal. Se for aquela que está a impedir o país de fazer o pleno ou se já é elegível para uma dose de reforço, este é o momento para procurar um centro de vacinação: mesmo que pareçam ser menos eficazes a evitar a infeção e a Covid-19 com a variante Ómicron, as vacinas continuam a ser o instrumento mais importante na luta contra a epidemia. Mas apresse-se: eles vão estar fechados entre 24 de dezembro e o Dia de Natal; e depois novamente a 31 de dezembro e 1 de janeiro.

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Centros de vacinação encerrados dias 24, 25, 26, 31 de dezembro e 1 de janeiro

Quando for comprar a prenda que deixou para a última hora, faça também um teste à Covid-19 antes de se reunir com a família e amigos. O conselho mais repetido pelas autoridades de saúde e pelo Governo é que toda a gente faça um teste para confirmar se está ou não infetado pelo coronavírus. O melhor mesmo é fazer um teste PCR porque são os sensíveis, mas um teste rápido de antigénio, preferencialmente feito nas farmácias (embora os autotestes possam já ser uma ajuda) são melhor do que nada. Um aviso: a procura tem sido tanta que pode ser difícil marcar uma análise na farmácia ou comprar autotestes nos supermercados. A boa notícia é que as autoridades de saúde garantiram que iam reforçar a testagem; e que o Governo aumentou de quatro para seis os testes rápidos gratuitos a que cada pessoa tem direito em cada mês.

“Procura massiva” está a deixar supermercados de todo o país sem autotestes. Até 3 de janeiro chegam mais 2 milhões

Prepare uma mesa como deve ser. E não, não estamos a pedir para tirar o pó aos decantadores de cristal e finalmente dar uso ao enxoval de 36 cálices de vinho que lhe ofereceram no casamento há 30 anos. O importante mesmo é garantir que a mesa é comprida o suficiente para manter o distanciamento físico entre os convidados e arranjar estratégias para identificar os copos de cada um deles — por exemplo, colocar borrachas coloridas no pé dos copos ou escrever o nome em sombrinhas decorativas. E se tiver o hábito de reservar uma mesa só para a criançada, mantenha a ideia para separar agregados familiares.

Durante o Natal, evite os abraços e mantenha a máscara

Esta é uma daquelas regras que pode ser útil para escapar ao beijos repenicados da tia-avó: não troque beijinhos nem abraços. A regra é sempre evitar qualquer contacto físico entre os membros da família, manter a máscara na boca e nariz (sim, nos dois sítios) e não partilhar objetos, esteja toda a gente vacinada e testada ou não. Isto é válido mesmo quando o presente é aquela toilette que andava a namorar desde o mês passado na montra do centro comercial. Ou uma consola tão difícil de encontrar à venda como um teste rápido.

20 respostas sobre o que pode ou não fazer este Natal

A conversa resvalou para uma discussão acesa sobre a existência de Deus, as eleições legislativas de janeiro ou a lei da eutanásia? Aproveite o momento para por toda a gente a apanhar ar: abra as janelas e areje a sala durante pelo menos 10 minutos de hora em hora. O vírus é amigo de ambientes fechados com pouca circulação de ar e muita gente concentrada em espaços pequenos — e ainda por cima gosta especialmente quando os ânimos se exaltam, os convidados começam a gritar e a expelir mais gotículas. Tente manter a cabeça (e a sala) fria.

Não se esqueça de lavar frequentemente as mãos e desinfetá-las com álcool com regularidade. Talvez possa transformar isso num jogo: sempre que o avô disser “no meu tempo”, a tia perguntar quando é que se casa e o sogro mandar indiretas sobre quando chegam os netos, pegue no álcool-gel (pelo menos neste, vá) e desinfete as mãos. Ou então aproveite para ir à casa de banho e respirar fundo enquanto lava as mãos com água e sabão — mas seque-as com papel, não com uma toalha partilhada por toda a família. E nem sequer tem de fingir que acha piada às picardias dos familiares: sorrir não vale grande a pena porque, lembre-se, tem a máscara posta.

Como lavar roupa, arejar os quartos, desinfetar a casa, pôr e tirar a máscara. O 1.º guia da DGS para o dia a dia

Depois do Natal, mais vale continuar a testar-se

O Natal não termina quando fechar a porta ao último convidado na noite de 25 de dezembro: para trás ficaram dois dias de contactos em plena pandemia num espaço onde o vírus pode mesmo estar a circular. Mantenha a vigilância aos sintomas da Covid-19 nos dias seguintes — lembre-se de que os sinais são um pouco diferentes com a variante Ómicron — e contacte o SNS24 caso detete algum. E continue a testar-se com regularidade: é que pode estar assintomático ou com sinais tão leves da doença que passam despercebidos. Se testar positivo, pegue no telefone e fale com as autoridades de saúde.

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