À medida que o número de casos de Covid-19 subia em Portugal e no mundo e os governos de vários países começavam a tomar medidas de confinamento idênticas para prevenir a propagação do novo coronavírus, foram também surgindo grupos como os Médicos pela Verdade, em vários pontos do planeta, a contestar estas soluções. Em Portugal, a médica Maria Margarida de Oliveira já andava desde março de 2020, altura do primeiro confinamento, a discutir com o amigo Gabriel Branco — médico que trabalha com o seu marido — outras formas de combater a pandemia. Os três começaram depois a partilhar ideias com uma médica espanhola que fundara um movimento naquele país e, em finais de agosto, tinham a associação montada, com um site e perfis nas redes sociais.
A associação, porém, não chegou a completar um ano de vida. Mal nasceu e começou a divulgar as suas ideias nas redes sociais, foi logo alvo de uma queixa na Ordem dos Médicos por parte um médico — que a própria Ana Margarida Oliveira processou criminalmente depois, por difamação. Os processos multiplicaram-se alertando para o perigo e para a desinformação que o movimento podia provocar, numa altura de combate à pandemia. E as publicações que os elementos do grupo iam fazendo acabaram mesmo a ser bloqueadas pelas próprias redes sociais, que apostaram em fact-checkers para as conter.
Além dos processos, os membros do grupo dizem que começaram a receber ameaças. Algumas de morte. E se, garantem, “o objetivo era o esclarecimento e trazer a lume a prova científica que demonstrava que existem outras alternativas para combater esta epidemia” além dos confinamentos que implicam famílias inteiras fechadas em casa e vários negócios encerrados — embora tenham sido sempre contraditados por especialistas e estudos que expunham a fragilidade dos seus argumentos —, depressa a força do grupo desvaneceu. E, explicou Maria Margarida Oliveira ao Observador, levou a que os seus fundadores lhe pusessem um ponto final.
“Médicos Pela Verdade”. Ordem abre processo contra movimento que nega a gravidade da Covid-19
“Mal tínhamos nascido, fomos logo censurados e criticados. Quando constatámos isso, percebemos que tínhamos de mudar o azimute”, explicou a médica, por telefone, ao Observador. “Sentiram-se perseguidos pela respetiva Ordem perante os processos disciplinares que lhes estão a mover e resolveram preservar-se profissionalmente”, explicou também o advogado José Manuel Castro, que representa três dos quatro médicos que enfrentam processos disciplinares que esta semana tiveram desenvolvimentos. A Ordem dos Médicos quer que Maria Margarida seja censurada e suspensa de funções durante seis meses, enquanto os restantes sejam alvo de uma pena de censura. Os advogados vão contestar.
Mas o que defendiam os Médicos pela Verdade?
Criticado por ser negacionista e antimáscaras, o movimento Médicos pela Verdade foi somando seguidores. Além de médicos, juntaram-se a ele outros profissionais de saúde, como enfermeiros e psicólogos. Todos eles respondiam ao manifesto publicado no site do movimento, que defendia haver uma “enorme desproporção entre o mediatismo do fenómeno [Covid-19] e a gravidade do mesmo”.
“Não negamos que se trata de uma virose respiratória com repercussões pulmonares que podem ser muito graves nos pacientes com imunidade deprimida, doenças pré-existentes ou idade muito avançada. Porém, em caso algum, justifica o exagero dos meios de comunicação social que insistem em realçar constantemente números cumulativos que não correspondem à realidade atual e que só servem para alimentar o medo e o pânico na população, pânico esse que está atingir níveis idênticos ou mesmo superiores aos causados pelas 2 guerras mundiais, pela gripe espanhola, pela gripe asiática, pela “crise dos mísseis de 1962″ e pelo advento da SIDA”, lia-se.
O movimento criticava ainda a utilização dos testes de tipo RT-PCR, que, segundo acusava, não foi “de modo algum criado para fazer este tipo de diagnóstico”, conduzindo assim a “um elevado número de falsos positivos o que está de acordo com a elevadíssima percentagem de casos assintomáticos”.
E considerava também um “exagero” as medidas implementadas, como a “obrigatoriedade do uso de máscaras na população, sobretudo em crianças durante todo o tempo em que permanecem na escola”, que dizem ser altamente nocivas, “podendo levar a diversos sintomas de hipercapnia desde os mais ligeiros, cansaço, sonolência, náuseas até perda súbita de consciência e convulsões se houver uma predisposição epiléptica”. Os Médicos pela Verdade defendiam apenas a utilização das máscaras para os doentes em circulação com doença infeciosa — desde que não dificultasse a sua respiração — e para prestadores de cuidados em contacto com doentes infetados em meio hospitalar — descartando as máscaras após o contacto.
Chegaram a defendê-lo em manifestações de rua, em documentos enviados ao parlamento, para os quais nunca obtiveram resposta, e a 13 de dezembro, numa conferência de imprensa (como se vê no vídeo) onde dizem que nenhum jornal ou televisão apareceu.
Essas alegações esbarraram sempre, porém, na opinião de vários especialistas da área, nas conclusões de estudos científicos revistos pelos pares e, até, nas evidências do senso comum. Se o uso de máscaras, por exemplo, fosse tão prejudicial como o grupo preconizou, já há muito teria sido necessário encontrar uma alternativa para os trabalhadores que as usam (como profissionais de saúde ou pessoas que lidam com produtos químicos), ou mesmo para os doentes imunodeprimidos, como chegou a salientar ao Observador Vasco Ricoca Peixoto, investigador na Escola Nacional de Saúde Pública, da Universidade Nova de Lisboa. “Existem variadíssimos estudos que mostram que milhares de trabalhadores que trabalham com tintas, sprays ou outros gases tóxicos no mundo — e os médicos, naturalmente — utilizam máscaras P2 e P3 durante muito tempo sem consequências”, sublinhou.
A própria Diretora Geral da Saúde, Graça Freitas, chegou a recusar a obrigatoriedade do uso das máscaras, acabando por recomendá-la depois baseando-se nos estudos que iam chegando e que mostravam como a sua utilização reduzia a propagação do novo coronavírus.
Os argumentos do parecer que recomendou à DGS o uso de máscaras para todos
Também a teoria de que os testes PCR não eram adequados para diagnosticar a presença do novo coronavírus chegou a ser derrubada ao Observador pelo virologista Celso Cunha, que lembrou que, apesar de o teste ter sido criado na década de 80 com outro propósito, teve depois outras aplicações — entre elas, a deteção da presença de determinados vírus. Este especialista recusa também a tese de que a quantidade de assintomáticos registados corresponda a falsos positivos. “A probabilidade de amplificar outra porção do material genético [que não o alvo específico] é muito escassa”, disse. Mais: “Ser assintomático depende do sistema imunitário, não do vírus”.
Joaquim Sá Couto saiu do grupo dias antes: “Muita democracia e falta de liderança”
O médico cirurgião Joaquim Sá Couto, que trabalha no Porto, foi um dos que se juntou ao movimento. Consciente da responsabilidade das suas opiniões, por causa da sua profissão, explicou ao Observador que também ele considera algumas das medidas tomadas pelo Governo são questionáveis e que existem caminhos alternativos a um lockdown como o que agora vivemos novamente. Dá como exemplo as estratégias usadas no Japão e na Suécia — ainda que, neste último caso, por exemplo, algumas medidas de restrição tenham sido, por vezes, mais apertadas que em Portugal e bastou que o confinamento tenha sido recomendado para que uma boa parte da população o cumprisse, como comprovou o Observador numa série de reportagens no país.
Um grupo como o dos Médicos pela Verdade, diz Joaquim Sá Couto, podia servir de “espelho à narrativa oficial”. Porém, há pouco mais de uma semana, acabou por abandonar o movimento por iniciativa própria.
Segundo explica também por telefone ao Observador, “aquilo” — a associação — acabou por tornar-se num “grupo muito heterogéneo, em que uma pessoa tinha uma opinião diferente da do lado, com muita democracia e falta de liderança”, acusou. A gota de água foi quando propôs ao grupo tomarem uma posição sobre o uso de medicação, como a Ivermectina, nos doentes de Covid-19. Sá Couto considera que estes doentes, quando não são internados, estão “abandonados” em casa com prescrições de paracetamol. Em alguns casos pioram e são, depois, internados. Na sua ótica, o tratamento podia impedir muitos casos de infeção de chegarem ao internamento.
A resposta à sua proposta, porém, não foi o que esperava do grupo. Não porque não partilhassem desta sua ideia, que também sido alvo de divisões na classe médica. Maria Margarida Oliveira, a líder, respondeu-lhe que o grupo estava fragilizado e que já nem conseguia tomar posições. Sá Couto percebeu também que, da parte da líder, havia já medo. Por outro lado, olhando à volta, não encontrou nada que o prendesse ali. Havia “muitos negacionistas”, que negavam até a existência do vírus, ou mesmo, como exemplifica, o 11 de setembro. “Um médico não pode compactuar com esse tipo de visões”, disse. “Percebi que tínhamos perdido o espaço do grupo.”
Maria Margarida Oliveira diz que deixou de conseguir publicar posições nas redes sociais
Maria Margarida Oliveira, por seu turno, explicou ao Observador que ela própria também foi apologista desta medicação — como defendeu numa manifestação em frente ao parlamento em meados de janeiro, quando nunca mencionou sequer a hipótese de acabar com o grupo. Aliás, só terá recebido a notificação da Ordem dos Médicos sobre o seu processo disciplinar dias depois. No entanto, garante, ela própria tentou fazer uma publicação sobre esse tema e o Facebook eliminou-a automaticamente. É que a utilização da Ivermectina também tem sido contestada. O link do vídeo do seu discurso nessa manifestação, durante o qual voltou a criticar o uso de máscaras, foi também, entretanto, eliminado da rede por conter afirmações consideradas consideradas falsas.
A médica anestesista afirma mesmo que, quando fundaram o movimento, decidiram que não havia espaço para movimentos anti-vacinas ou “conspirações 5G”. Mas a verdade é que foram surgindo alguns elementos que defendiam isso mesmo. As publicações tinham de ser aprovadas pela direção do grupo e por Alfredo Rodrigues — que no domingo fez a publicação de despedida da página do grupo. Alfredo Rodrigues não é médico e, nas palavras de Maria Margarida Oliveira, era o “apoio técnico” do movimento. “Por vezes tivemos que o travar” nalgumas publicações que sugeria, diz a médica.
Segundo a revista Visão, Alfredo Rodrigues representou, em Portugal, a sociedade Zeek Rewards, que, na verdade, nada mais representa do que um esquema em pirâmide online que defraudou um milhão de pessoas nos EUA e noutros países. Paul Burks, o mentor daquela que é considerada uma das maiores burlas de sempre (superior a 900 milhões de dólares), foi condenado a mais de 14 anos de prisão em 2017, embora Alfredo Rodrigues o tenha defendido sempre nos fóruns e páginas de investidores que suspeitavam da fraude.
Maria Margarida Oliveira, a líder, admite porém que a certa altura a sua estratégia passava por não se manifestar em algumas publicações, com comentários, gostos ou partilhas, para não alimentar polémicas.
Os conselhos para despistar os testes à Covid e a polémica sobre o (não) uso das máscaras
Mas as polémicas em torno do grupo existiram sempre. Depois de chegarem várias queixas à Ordem dos Médicos, que foram reunidas num único dossier e que originaram processos disciplinares contra, pelo menos, quatro médicos — nos quais Maria Margarida Oliveira arrisca ser suspensa por seis meses, a pena decidida pela Ordem, enquanto os restantes arriscam penas de censura –, o Observador revelou em novembro vários diálogos na plataforma de mensagens Telegram, nos quais a médica responsável pelo grupo descrevia uma forma para garantir um resultado negativo no teste à Covid-19.
Numa dessas conversas, Maria Margarida Oliveira respondia ao pedido de ajuda de uma mãe, preocupada com o teste à Covid-19 que o filho teria de fazer. Ainda o rapaz não tinha recebido o resultado, já a mãe perguntava também onde podia comprar hidroxicloroquina (um medicamento que, até ao momento, não demonstrou ser eficaz no tratamento da Covid-19). A médica respondeu-lhe que a hidroxicloroquina não devia ser usada num assintomático, mas que ninguém podia obrigar o jovem a fazer o teste. “Se a pressão pidesca for muita e o jovem não se conseguir escapar”, escreveu, podia seguir a receita que detalhou em seguida para o teste ser negativo. A receita passava por tomar alguns suplementos e fazer várias lavagens ao nariz e à garganta.
A notícia fez Maria Margarida Oliveira enviar um direito de resposta, para o qual remeteu agora quando voltou a tentar explicar o contexto dessa conversa. Segundo ela, tratava-se de uma doente de leucemia que precisava de um teste negativo para voltar a fazer quimioterapia. E, já não tendo sintomas, ensinou-a a limpar os restos virais que pudessem restar no trato respiratório, que “muitas vezes provoca falsos positivos”. “É uma limpeza comum, que um médico mais velho me ensinou a fazer e que todos devíamos fazer. É como quando faz um Papanicolau”, compara. A verdade é que não foi a única vez que publicou, no Telegram, a tal receita — e para os casos mais distintos.
Médica “pela Verdade” divulga receita para possíveis infetados testarem negativo ao coronavírus
Antes dos seus conselhos polémicos via Telegram, o Observador também já tinha dado conta dos processos disciplinares instaurados contra este grupo, e em que um dos visados era precisamente Gabriel Branco, acusado de incitar à desobediência no uso de máscaras. O médico — que fundou o grupo com Maria Margarida Oliveira e o marido dela — terá passado atestados a doentes para os libertar da obrigatoriedade de usar máscara como forma de proteção contra a Covid-19.
Além disso, o médico — diretor de Neurorradiologia do Hospital de Egas Moniz — era apontado pelos colegas por não usar máscara em permanência nas áreas comuns, como foi definido pela Direção-Geral da Saúde. Contactado pelo Observador, à data, o médico confirmou não usar sempre a máscara, mas garantiu que só a tirava no gabinete. O Observador contactou-o agora, depois do anúncio do fim do grupo, mas Gabriel Branco recusou prestar qualquer declaração.
Já o seu advogado, Ricardo Graça, disse ainda não ter sido notificado de qualquer processo disciplinar e que, se for, responderá, garantindo que o seu cliente não cometeu qualquer “ilícito disciplinar.
A colagem à extrema direita e as ameaças de morte…
Joaquim Sá Couto também emitiu várias opiniões no grupo e até em artigos de opinião. Ainda assim, diz que, segundo sabe, não foi alvo de qualquer processo disciplinar. Ao Observador, repete os mesmos argumentos considerados inválidos por vários especialistas e contrariados pela evidência científica que foi sustentado decisões semelhantes por todo o mundo. “Se eu governasse, eu recomendava que cada um fizesse o que achasse melhor. A máscara cria um pânico na população muito superior ao benefício. E as pessoas que têm Covid e que têm sintomas ligeiros, podem ser prejudicados pelo uso da mascara porque estão a re-inalar o vírus em grandes quantidades. Deve poder sair à rua isoladamente para respirar ar puro, caminhar, fazer exercício”, defende — dizendo que o faz com base em estudos já publicados, ainda que virologistas e pneumologistas, por exemplo, o contrariem.
“Não sou favorável ao alarmismo e a aterrorizar a pessoas e a deixar os doentes sem Covid sem tratamento. Eu formei-me nos EUA e, quando vim, vinha com a ideia de que podia mudar o país, fui participando em congressos, fazendo tudo pro bono. Pensei: aqui está um grupo que pode generalizar um bocado, ajudar a dar ideias numa missão socialmente positiva”, garante.
Maria Margarida Oliveira garante que partilhou da mesma ideia e lamenta-se por, logo no início, ter sido “atacada”. “Até ameaças de morte tive de colegas que diziam que mandavam alguém aqui à porta”, recorda. Uma pressão que não sentiu dos colegas que trabalham diretamente com ela, nem com o seu patronato, assegura. A esta “pressão” somou-se a associação do grupo à extrema direita e ao Chega e o bloqueio por parte das redes sociais.
“Começaram a rotular-nos de antimáscaras, da extrema direita, sem se darem ao trabalho de lerem o que publicámos e escutarem sem preconceito o que dizíamos. Seria burrice continuar a insistir naquilo que consideramos não trazer uma mais valia. É como se estivéssemos a bater no muro”, considera agora que a associação acabou, insistindo em que o grupo nunca negou a pandemia. “Distorceram tudo. Fizemos um percurso um bocadinho expectante, concluímos que a oportunidade não vai surgir, houve uma rotulagem, uma estigmatização que é injusta”.
… e o advogado de Mário Machado, líder dos skinheads
O Observador falou com Maria Margarida Oliveira antes de ser tornado público que já tinha sido notificada, há dias, de que a Ordem dos Médicos decidiu condená-la a uma suspensão da atividade médica durante seis meses. Nessa altura, a médica garantia ao Observador que, profissionalmente, o movimento Médicos pela Verdade não lhe tinha trazido qualquer dissabor — até porque, apesar das posições públicas, cumpria todas as normas. “Eu cumpro as normas, não sou indigente, sou anestesista. Eu cumpro as normas dos sítios onde trabalho”, diz.
Maria Margarida Oliveira garante que o movimento reuniu médicos com um objetivo clínico comum e que a política nunca foi discutida — embora tenha sido, de facto, referida no discurso que a própria médica proferiu em frente à Assembleia da República, em janeiro, quando avisou o Governo de que eles próprios que ali estavam também iriam votar, referindo-se às eleições presidenciais que seriam no fim de semana seguinte.
E a ligação política à extrema direita, por exemplo, ganhou ainda mais relevo quando a própria Maria Margarida Oliveira e dois outros médicos do movimento escolheram ser representados pelo advogado de Mário Machado, líder do movimento skinhead de extrema direita em Portugal. Contactado pelo Observador, o advogado José Manuel Castro diz que é “uma colagem sem sentido”. Garante que a questão sanitária “é transversal” a qualquer fação partidária e os Médicos pela Verdade são apolíticos. “E os que não são, são maioritariamente de esquerda”, afirma o advogado, que se juntou ao grupo e acabou a receber várias solicitações que tem levado a tribunal, seja dos elementos do movimento, seja de outros que defendem as mesmas posições — como foram os casos de pais de alunos obrigados a usar máscara que levaram a questão à justiça.
José Manuel Castro defende mesmo que, apesar de ser “um homem de direita”, não se inibe de “patrocinar seja quem for”. “Mesmo que eu tivesse ligações ao Chega, não teria rigorosamente nada a ver, eu nem votei no Ventura! Eu até sou monárquico, a minha filiação política é a Real Associação de Lisboa”, afirma.
O advogado defende os clientes: diz que estes médicos estão a ser vítimas “de bullying” e que decidiram pôr um ponto final no Movimento para “cortar com estas perseguições”. Perseguições que, algumas, assumem a forma de processos disciplinares. No casos de Maria Margarida de Oliveira, recusa que o processo que determinou uma pena de seis meses de suspensão tenha já uma decisão. Garante que, para já, é uma acusação que ainda irá contestar até à decisão final — sobre a qual pode depois recorrer.
Todos os médicos processados continuam ao serviço. Maria Margarida Oliveira diz mesmo que vai continuar a andar pelas redes sociais sem se inibir de tecer comentários e defender as suas opiniões. Há até publicações na rede social Facebook em sua defesa. Garante, porém, que ainda não tem planos para um futuro movimento.