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António Félix da Costa espera ter uma decisão sobre o futuro tomada no próximo mês mas prioridade continua a ser Fórmula E se possível conjugando com WEC
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António Félix da Costa espera ter uma decisão sobre o futuro tomada no próximo mês mas prioridade continua a ser Fórmula E se possível conjugando com WEC

Xavier Bonilla

António Félix da Costa espera ter uma decisão sobre o futuro tomada no próximo mês mas prioridade continua a ser Fórmula E se possível conjugando com WEC

Xavier Bonilla

"Recebi propostas de 90% das equipas da Fórmula E e já fui visitar equipas da F1 para terceiro piloto e piloto de desenvolvimento"

A emoção após a vitória nas 24 Horas de Le Mans, o sonho de Daytona, o título na Fórmula E, os pormenores que falham em 2022, a relação com a Fórmula 1, o futuro: entrevista a António Félix da Costa.

Parecia estar tudo feito. Estava tudo feito. Após ganhar o Grande Prémio de Macau, até Helmut Marko, um dos nomes mais sonantes da Fórmula 1 da última década, enviou uma mensagem a carimbar o que estava mesmo feito. Fez o banco do carro, tirou as medidas do fato, tinha as viagens marcadas para treinos livres que se iam realizar, esteve duas ou três vezes na fábrica. No final, Marko, o mesmo Marko, ligou que afinal a vaga não estava disponível. “Entrei no quarto e comecei a chorar baba e ranho. Trabalhei muito, acreditei e percorri o meu sonho de chegar à Fórmula 1 durante 15 anos de carreira, vi o sonho ali tão perto a fugir numa chamada”, admitiu mais tarde António Félix da Costa sobre a desilusão que teve há dez anos.

[Ouça aqui a entrevista de António Félix da Costa no “Nem tudo o que vai à rede é bola]

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Pouco depois, em 2014, ainda houve a hipótese de poder substituir Lewis Hamilton na Mercedes depois de o britânico ter uma intoxicação alimentar na China onde a marca não tinha piloto reserva (entretanto recuperou e fez a prova). E teve de recusar uma proposta da Ferrari para voltar a trabalhar com Vettel porque a Red Bull não o deixou sair. No entanto, esse episódio em que teve mais do que mão e meia num volante de um Toro Rosso até os rublos de Daniil Kvyat fazerem a diferença foi o mais marcante. Nem por isso deixou de fazer o seu percurso, ainda que em campeonatos distintos. Voltou a ganhar em Macau, foi campeão mundial de Fórmula E, brilhou o Mundial de Endurance. Hoje não pensa num dos lugares entre os pilotos oficiais da Fórmula 1 mas a Fórmula 1 não esquece aquilo que consegue fazer.

Após conquistar as 24 Horas de Le Mans na categoria LPM2 com o mexicano Roberto González e o inglês Will Stevens, António Félix da Costa passou pelo programa “Nem tudo o que vai à rede é bola” da Rádio Observador, onde falou não só da conquista de uma das provas de fundo mais conhecidas do calendário mundial mas também da época que está a fazer na Fórmula E e também do futuro que deverá ficar fechado no próximo mês de forma oficial entre os muitos convites e opções que tem em cima da mesa. 

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No final das 24 Horas de Le Mans apareceu em lágrimas a comemorar a vitória. Qual foi a importância deste feito, porque é que era tão relevante ganhar ali?
Eu sou um bocado mariquinhas… [risos] Falando a sério, é complicado colocar por palavras e explicar o quão difícil é ganhar uma corrida destas. Por várias razões. Logo a começar, a duração da corrida: são 24 horas e na categoria em que nós estávamos a fazer é sempre a fundo, os carros são muito fiáveis, não dão problemas e é mesmo a fundo. Depois, estávamos numa situação muito boa mas ao mesmo tempo complicada. A partir dos 40 minutos de corrida passámos para a liderança e nunca mais de lá saímos. Era muito fácil entrar num pensamento de que a corrida era nossa, até porque tínhamos um carro rápido, a equipa a funcionar bem e o pilotos a guiarem bem, e com uma pequena distração perder a corrida. Tivemos de aumentar ainda mais o nosso nível de foco para garantir que não entregávamos a corrida a ninguém. E por fim, é uma corrida com tanta história, com filmes, documentários e séries, já lá ia há cinco anos a tentar ganhar, já tínhamos ficado em segundo há três anos e só existe uma vez por ano… Quando ficámos em segundo era bom mas faltavam 365 dias para voltar a tentar. No ano passado íamos à frente com um minuto de avanço mas tivemos um problema. Estávamos a bater à porta há muito tempo e agora alinhou-se tudo, no final foi uma descarga de emoção e alegria.

Nesta edição das 24 Horas de Le Mans fez turnos durante a noite, teve pouco tempo de descanso de madrugada. Foi uma edição mais desgastante também por isso?
Foi e por outra razão até, no ano passado eu acabei por guiar 11 horas e meia no meu carro, que foi muito, e este ano fiz um bocadinho menos mas com horários piores. Fiz cerca de dez horas, com horários piores. E há aqui uma variável que foi vir diretamente de Jacarta, da prova de Fórmula E, que é uma diferença horária de sete horas mas na direção errada porque na Indonésia estava a ser obrigado a deitar e acordar cedo quando eu queria ir dormir e acordar tarde porque sabia que teria de guiar muito durante a noite. Houve muito trabalho durante a semana para tentar alinhar com horários. Vinha com um jet lag de sete horas mas tive de criar um jet lag de quase 12 horas, tive de tentar…

António Félix da Costa conduziu cerca de dez horas na vitória nas 24 Horas de Le Mans com piores horários do que tinha acontecido noutras edições

Como?
Foi uma corrida muito cansativa até começar e depois à noite guiei das 22h30 à uma e pouco da manhã, depois parei duas horas e voltei a fazer das 3h às quase 6h da manhã e com o problema de, quando se é o próximo piloto a entrar, a equipa obrigar a ficar em stand by na box. Não pude ir para a minha caravana descansar ou seja o que for. Estamos ali em modo de gastar pouca energia, a fechar os olhos quando se pode mas há o barulho dos carros, o rádio na cabeça com o piloto e engenheiro a falarem de trás para a frente, por isso é impossível descansar mesmo. Foi duro mas fui muito bem acompanhado pelos meus treinadores, o Emiliano Ventura que trabalha comigo há muito tempo com a sua equipa a nível de alimentação, garantir que o níveis de energia estavam sempre presentes quando tinha de estar no carro. Por exemplo, cortámos com açúcares e cafeína quarta-feira antes na semana da corrida para voltarmos a carregar com essas substâncias a essas horas da noite. Já há alguns truques que vamos criando ao longo dos anos e acabou por correr tudo bem.

"Cortámos com açúcares e cafeína quarta-feira antes na semana da corrida para voltarmos a carregar com essas substâncias a essas horas da noite. Já há alguns truques que vamos criando ao longo dos anos e acabou por correr tudo bem."

Em Jacarta o António tinha igualado o melhor resultado do ano na Fórmula E, ganha agora as 24 Horas de Le Mans, já foi campeão da Fórmula E. Qual é o grande objetivo que gostava agora de cumprir daqui para a frente?
O meu objetivo sempre que começa um ano, e os últimos quatro foram com Fórmula E e o Campeonato de Endurance ao mesmo tempo, era ser campeão no mesmo ano dos dois campeonatos. No ano em que fui campeão da Fórmula E fiquei em segundo no WEC (Campeonato Mundial de Endurance) e falhámos por pouco, agora estamos à frente do WEC mas arrancámos muito mais a Fórmula E e agora estamos a tentar recuperar algum terreno perdido sabendo que vais ser muito complicado ser campeão este ano. Não acredito que a dobradinha vá acontecer em 2022 mas as coisas estão a montar-se na Fórmula E para pelo menos termos um bom momento no final da época e ajudar o meu colega [Jean-Éric Vergne] a ser campeão porque ele sim está na luta ocupando o segundo lugar do Campeonato. Isso também me compromete. Vou ter de jogar um bocado para ele mas é algo que entendo. Novos objetivos, Daytona é a 100% um grande sonho, já lá fui uma vez e ficámos em quinto na primeira prova de 24 Horas que fiz e era muito verdinho na altura. Se lá voltar agora tenho mais experiência para fazer um melhor resultado. Com Le Mans no currículo e Mónaco também, era fazer o Triple Crown com as 500 milhas de Indianapolis. Era um grande sonho mas vejo a coisa mais complicada para encontrar um bom carro sem ser impossível…

E uma experiência no Dakar, nada?
Também tenho esse sonho, sim… Eu tenho um buggy de terra, ando muito e esses competem no Dakar, tenho o meu próprio carro mas tudo o que faço por diversão e por treino. Adorava lá ir mas o problema é que nos últimos sete anos o Dakar coincide sempre com a Fórmula E, nas duas primeiras semanas de janeiro estou sempre em corridas. Para já não tenho datas mas ainda tenho tempo, daqui a cinco, seis ou dez anos. Mas gostava de lá ir.

O piloto de automóveis António Félix da Costa, à partida para um desfile na Lisboa Road Show, iniciativa promovida pela DS Automobiles e que celebra a conquista do Campeonato FIA de Fórmula E com o DS E-Tense FE 20, monolugar 100% elétrico, em Lisboa, 17 de outubro de 2020. ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA

António Félix da Costa ganhou o Mundial em 2020, teve uma vitória e três pódios em 2021, está em crescendo este ano e vê o futuro próximo na Fórmula E

ANTÓNIO PEDRO SANTOS/LUSA

Olhando agora para a Fórmula E, foi campeão em 2020, conseguiu uma vitória e três pódios no ano passado mas este ano entre seis corridas no top 8 ainda não foi ao pódio. Que pormenores é que estão a falhar?
Tem sido uma época frustrante para o meu lado porque temos conseguido ser rápidos, principalmente nas últimas cinco corridas. Nas qualificações estamos rápidos, estamos a qualificar quase sempre no top 5, já fizemos algumas primeiras filas, várias vezes terceiro, mas não estamos a fazer boas corridas. A maioria dos meus engenheiros com quem tenho trabalhado dentro da equipa foram realocados para o desenvolvimento do carro para o ano que vem, o que me deixa a trabalhar com muita gente nova. São bons mas ainda são muito verdes e infelizmente temos feitos muitos erros pequeninos, uns atrás dos outros, o que se paga caro pelo nível a que está a Fórmula E. Na última corrida por exemplo, falhámos na estimativa da quantidade de derrapagem que queríamos para o eixo traseiro, ou seja, acelerava e o carro não andava porque não me queria dar potência, estava a ser lento e a gastar pneus ao mesmo tempo. A este nível paga-se um preço altíssimo, íamos na frente mas nas últimas 15 voltas acabámos por cair. Mas já sabia que ia acontecer, reparei logo que estava mal mas não havia nada dentro do carro que pudesse fazer. Tem sido assim, coisas pequenas que nos têm custado um bocadinho de performance mas ao mesmo tempo faz parte e torna-nos atletas mais fortes quando lidamos com mais calma com estas situações.

Histórico: António Félix da Costa assegura vitória no Mundial de Fórmula E após segundo lugar em Tempelhof

Surgiram algumas dúvidas em relação ao futuro da Fórmula E depois do anúncio da saída da Mercedes mas a McLaren comprou essa vaga e isso ficou diluído. É sinal de que a Fórmula E tem futuro e que a tendência é de haver mais marcas e competitividade, com seis pole positions e cinco vencedores de corridas diferentes em nove provas?
A Fórmula E continua a crescer, em dúvida. Não deixa de ser quase uma start up que foi atrasada pela pandemia, estávamos a perfurar o mundo dos motores com um crescimento incrível. Afetou e afetou mais uma categoria mais jovem do que uma Fórmula 1. Por outro lado, a Fórmula 1 até catapultou para cima, o que foi muito bom para toda a gente do meio. Há construtores que vão, há outros que vêm e a entrada da McLaren é uma notícia incrível, a Maserati também a competir… Temos McLaren, Porsche, Maserati, Jaguar, tudo a competir num campeonato com carros 100% elétricos, isto para mim demonstra que estamos mesmo no caminho certo, que é inevitável dar a volta, o caminho da sustentabilidade. A curto e médio prazo, os carros elétricos serão o nosso futuro, talvez um dia se passe para o hidrogénio, mas o diesel e a gasolina não serão a solução a longo prazo e as marcas sabem isso, as marcas usam a Fórmula E para promover e para desenvolver toda a sua tecnologia que um dia querem trazer para os carros de estrada.

"A curto e médio prazo, os carros elétricos serão o nosso futuro. O diesel e a gasolina não serão a solução a longo prazo. As marcas sabem isso e usam a Fórmula E para promover e para desenvolver toda a sua tecnologia que um dia querem trazer para os carros de estrada."

Tem-se falado muito do futuro do António Félix da Costa, de uma saída da DS Techeetat e de uma possível ida para a Porsche que também faz mais do que um campeonato. Já há alguma coisa, há alguma novidade?
Não posso revelar muito sobre isso neste momento, é verdade que estamos em conversas com várias equipas, acho que recebi propostas de 90% das equipas da Fórmula E. Deixa-me muito orgulhoso, claro. Fui visitar também algumas equipas da Fórmula 1 que tinham interesse que eu voltasse a entrar somente a nível de terceiro piloto e piloto de desenvolvimento, que já não tenho idade para entrar na Fórmula 1. Temos tido várias propostas, tenho várias coisas em cima da mesa e acredito que daqui a três semanas ou um mês e pouco possa revelar a nossa decisão final.

Estás numa fase como o Miguel Oliveira, que diz que MotoGP está certo mas o resto logo se verá?
Exatamente, Fórmula E a 100%, um dos fatores que queria era conjugar a Fórmula E com o Campeonato do Mundo de Endurance e estamos a trabalhar para que aconteça e que seja nas melhores condições possíveis.

O António comentou no último fim de semana o Grande Prémio de Fórmula 1 do Canadá e percebeu-se bem que consegue saber os momentos da prova e os momentos das equipas também por essa experiência adquirida na Red Bull. Ainda existe algum saudosismo desses tempos que por duas vezes quase o colocaram na Fórmula 1?
Mais ou menos… Aprendi muito quando lá estava, tive a sorte de estar ao lado de um Sebastian Vettel quando estava no auge da carreira dele e da própria equipa, numa fase parecida à que levam agora, a dominar. Aprende-se muito, muito mesmo. Era bastante jovem, tinha os ouvidos bem abertos e tudo o que ouvia era informação importante que entrava e que guardava. Sinto que ainda hoje a Fórmula 1 é muito do que era naquela altura, consigo ler bem o que se pode passar e isso torna divertido ver uma corrida. Entretanto a Fórmula 1 nunca poderá ser um primeiro plano para mim porque todas as propostas que recebo são para ser piloto de testes, desenvolvimento, simulador etc., que é um papel importante para as equipas mas que ‘roubam’ tanto tempo e tanta energia que depois acabo por tirar o foco do António Félix da Costa para pôr na equipa para depois ver os pilotos principais a subirem ao pódio e a levantarem as taças. É uma decisão complicada, estar ligado à Fórmula 1 é uma coisa boa mas também acredito que tenhamos aí alguma coisa na manga para poder entrar no mundo da Fórmula 1 de alguma forma. Posso garantir que não é a correr, já não vou para a Fórmula 1 ou pelo menos já não acordo e adormeço com isso na cabeça, mas gostava de voltar a estar envolvido porque acredito que tecnicamente também se aprende muito.

“Estive tão perto de desistir tantas vezes mas não o fiz”. A festa de Félix da Costa, produto de um “país pequeno mas cheio de talento”

É mais complicado entrar hoje na Fórmula 1 do que era há dez anos?
Não diria que será mais complicado, continua a ser igualmente difícil. O problema aqui é que os lugares em que entras somente por talento há poucos, muito poucos. Estamos a ver agora o Oscar Piastri, um piloto australiano muito, muito bom que ganhou tudo onde passou, ganhou a Fórmula 2 e neste momento não tem lugar na Fórmula 1…

"Não diria que será mais complicado chegar hoje à Fórmula 1 do que era há dez anos, continua a ser igualmente difícil. O problema aqui é que os lugares em que entras somente por talento há poucos, muito poucos."

Mas é um nome que pelo menos já está a assustar muita gente…
Está e sei que ele já assinou, para o ano vai estar na grelha da Fórmula 1. São boas notícias mas de qualquer maneira não pode haver um piloto do nível do Oscar Piastri sem lugar direto na Fórmula 1. Há pilotos que trazem bagagens grandes de dinheiro, com patrocínios grandes, e a Fórmula 1 não deixa de ser também um negócio para as equipas, têm de ganhar dinheiro, apresentar balanços positivos aos seus boards e há um equilíbrio entre patrocinadores e talento. Fui um bocadinho vítima disso mas hoje em dia, mais velho, mais maduro, consigo entender tudo e respeito.

Para adormecer um pouco durante as 24 Horas de Le Mans via alguns episódios da série How I met yout mother. Se a carreira do António fosse uma série, como se chamaria e qual seria o próximo capítulo?
É uma pergunta muito boa mas estão a colocar-me numa situação complicada, tinha de pensar… Se calhar um How I found my helmet talvez. Próximo capítulo sim, a Fórmula E. Diria que é o melhor palco para poder mostrar o meu talento nos próximos anos, sem dúvida… As séries são um bom truque para adormecer porque passo tanto tempo sozinho, nas viagens ou nos hotéis, que são as séries que me fazem companhia e acabaram por tornar-se quase um truque para conseguir adormecer mais rápido….

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