• Israel concordou em adiar ofensiva terrestre em Gaza a pedido dos EUA – objetivo é Pentágono instalar sistemas de defesa aérea.
• Netanyahu falou ao país para dizer que Israel está “a preparar-se” para uma invasão terrestre a Gaza e já matou “milhares de terroristas”.
• Joe Biden voltou a dizer que Israel tem a responsabilidade de responder ao massacre do seu povo”. Além disso, garantiu Biden não ter exigido que Netanyahu adiasse ofensiva terrestre e confessou que não “tem confiança” nos balanços de mortos feitos por palestinianos. Nas suas declarações, também avisou Irão que os EUA vão responder se continuarem os ataques às suas bases no Médio Oriente. E apelou ao Congresso para aprovar pacote de ajuda a Israel.
• Marcelo Rebelo de Sousa defendeu que declarações de Guterres “salvaguardam os valores e princípios da Carta das Nações Unidas”. PS e BE também apoiaram. PSD considerou que declarações podem ser mal interpretadas. Chega e IL criticaram antigo PM.
• ONU anunciou estar “a dialogar” com Telavive sobre vistos bloqueados a funcionários, incluindo o do chefe humanitário da organização, Martin Griffiths.
• Vladimir Putin alertou, esta quarta-feira que o conflito de Israel com o Hamas pode “espalhar-se muito para além das fronteiras do Médio Oriente”. Citado pela Reuters, o presidente russo disse ser “errado” que mulheres, crianças e idosos inocentes estejam a ser punidas pelos crimes de outros.
• O secretário de Estado norte-americano, Tony Blinken, terá dito a um grupo de líderes da comunidade judaica norte-americana que pediu ao primeiro-ministro do Qatar para moderar a “retórica” da Al Jazeera sobre a guerra em Gaza.
• Ataque israelita matou pelo menos 100 pessoas no sul de Gaza, para onde Israel pediu que os palestinianos se deslocassem. Al Jazeera revelou que família do seu correspondente em Gaza foi morta por ataque israelita
• Mais de metade dos reféns do Hamas têm nacionalidade estrangeira e entre as 1400 mortes do ataque também há muitos estrangeiros. OMS instou Hamas a libertar reféns por razões “humanitárias e de saúde”.
• Polícia israelita prendeu homem que pendurou uma bandeira da Palestina na varanda. No X (antigo Twitter9, autoridades revelam que detiveram 110 pessoas por alegado incitamento ao Hamas.

O presidente norte-americano Joe Biden avisou, esta quarta-feira, o ayatollah iraniano Ali Khamenei de que os EUA vão responder se continuarem os ataques às bases norte-americanas no Médio Oriente.

“Aviso o ayatollah de que, se continuarem mover-se contra as nossas tropas, responderemos. E ele deve estar preparado”, disse Biden numa conferência de imprensa na Casa Branca.

O Pentágono diz que as forças dos EUA foram atacadas pelo menos dez vezes no Iraque e pelo menos três vezes na Síria por drones e rockets lançados por forças pró-iranianas.

O Presidente dos EUA apelou a que o Congresso norte-americano aprove os mais de 14 mil milhões de dólares que propôs em ajuda militar a Israel.

“Propus um pacote histórico de financiamento suplementar que promove os nossos interesses bipartidários de segurança nacional em Israel e na Ucrânia, protege a nossa fronteira e investe no povo americano”, escreveu Joe Biden uma publicação na rede social X.

While House Republicans spent the last 22 days determining who would lead their conference, I proposed a historic supplemental funding package that advances our bipartisan national security interests in Israel and Ukraine, secures our border, and invests in the American people.…

— Joe Biden (@JoeBiden) October 25, 2023

Correspondente da Al Jazeera avançou que um ataque aéreo israelita provocou um “grande incêndio” no centro de Gaza. Chamas e enormes nuvens de fumo estão a espalhar-se pelo céu.

Quando ficarem sem combustível, o hospital Kamal Adwan, no norte de Gaza, vai rapidamente tornar-se numa “vala comum”, alertou o médico pediatra Hussam Abu Safiya, citado na Al Jazeera.

“Hoje foi um dos dias mais sangrentos para o Hospital Kamal Adwan, e estamos sobrecarregados com dezenas de feridos, crianças a morrer e mortas a chegar”, disse.

“O ritmo dos ataques está a aumentar e as nossas reservas estão quase esgotadas. Quando o combustível acabar amanhã, este hospital tornar-se-á rapidamente numa vala comum”.

Vladimir Putin alertou, esta quarta-feira que o conflito de Israel com o Hamas pode “espalhar-se muito para além das fronteiras do Médio Oriente”. Citado pela Reuters, o presidente russo disse ser “errado” que mulheres, crianças e idosos inocentes estejam a ser punidas pelos crimes de outros.

Putin, que falava no Kremlin depois de um encontro com líderes religiosos, disse que o derramamento de sangue na região tem de parar.

“Caso contrário, uma maior escalada da crise pode ter consequências graves e extremamente perigosas e destrutivas. E não apenas para a região do Oriente Médio. Pode transbordar muito além das fronteiras do Oriente Médio”, alertou o líder russo.

Putin disse que determinadas forças, que não especificou, estão a procurar provocar uma maior escalada e atrair o maior número possível de outros países e povos para o conflito.

Pelo menos 24 jornalistas já morreram no decurso da cobertura do conflito entre Israel e o Hamas, segundo o Comité para a Proteção dos Jornalistas.

De entre os profissionais mortos, 20 são palestianianos, três são israelitas e um outro tinha nacionalidade libanesa. Há ainda registo de oito jornalistas feridos desde o dia 7 de outubro, quando o Hamas lançou um ataque em várias frentes contra Israel.

O neto recém-nascido do correspondente da Al Jazeera, Wael Dahdouh, está entre as vitimas mortais do ataque à casa onde a família do jornalista se refugiava, no centro da Faixa de Gaza, avançou o canal televisivo.

Wael Dahdouh foi informado da morte da mulher e dos dois filhos enquanto fazia a cobertura dos “os ataques ininterruptos” a Gaza.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Autoridade Palestiniana, Riyad al-Maliki, reuniu-se hoje com funcionários do Tribunal Penal Internacional (TPI) em Haia, em pleno conflito entre Israel e o movimento islamista palestiniano Hamas.

“Hoje, o Dr. Riyad al-Maliki (…) visitou o TPI e reuniu-se com o Presidente, o Procurador-Geral e o Escrivão do Tribunal”, declarou o TPI em comunicado.

No dia anterior, Riyad al-Maliki tinha lamentado a inação do Conselho de Segurança das Nações Unidas em face aos “massacres” (…) perpetrados por Israel”, que respondeu ao ataque perpetrado pelo Hamas em Israel no passado dia 07 de outubro com incessantes ataques a Gaza, governada pelo movimento extremista islâmico.

A visita do diplomata palestiniano não tinha sido anunciada, mas um vídeo divulgado pelo TPI mostra-o a apertar a mão ao Presidente do Tribunal, Piotr Hofmanski, ao Procurador-Geral, Karim Khan, e ao Escrivão, Osvaldo Zavala Giler, antes de se sentarem para conversar.

O TPI recusou-se a fornecer pormenores sobre a visita de Maliki, que deverá dar uma conferência de imprensa em Haia esta quinta-feira de manhã.

Rússia e Estados Unidos vetaram hoje os respetivos projetos de resolução do Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) sobre o conflito e a situação humanitária na Faixa de Gaza.

Depois de uma primeira votação ter resultado no veto a um projeto de resolução norte-americano, o Conselho de Segurança das Nações Unidas (ONU) rejeitou noutra votação uma resolução da autoria da Rússia sobre a deterioração da situação humanitária na Faixa de Gaza, com veto dos Estados Unidos e do Reino Unido.

O projeto russo, o segundo apresentado por Moscovo desde o início do conflito entre Israel e o grupo islamita Hamas, pedia “um cessar-fogo humanitário imediato, duradouro e totalmente respeitado”.

O texto recebeu quatro votos a favor, nove abstenções e dois vetos de membros permanentes do Conselho de Segurança.

A polícia israelita prendeu um homem que tinha colocado uma bandeira da Palestina e um cartaz na sua varanda, na cidade de Jerusalém.

Segundo o jornal Haaretz, o cartaz tinha a inscrição “Nenhuma Santidade numa Cidade Ocupada”. Segundo o advogado do jovem, a polícia foi ao local depois de ter sido alertada pela população, que, de resto, se juntou em torno do apartamento — em protesto contra a exibição do cartaz e da bandeira palestiniana.

Um das pessoas que se encontrava dentro da casa garantiu que a polícia entrou no apartamento sem um mandado. Os polícias acabaram por confiscar o telemóvel do homem e depois prenderam-no. Segundo o advogado do homem, “pendurar uma bandeira palestiniana dentro de casa não é um crime nem justifica prisão”.

Já a polícia israelita classifica a ação como preventiva, de modo “a evitar qualquer forma de violência.”

A polícia de Israel deteve 110 pessoas por alegadamente incitarem a violência ou elogiarem o grupo islamita Hamas após os ataques de 07 de outubro, que provocaram cerca de 1.400 mortos em território israelita.

Desde o início das hostilidades, a polícia israelita já deteve 110 suspeitos e acusou formalmente 17 pessoas, referem as autoridades numa mensagem divulgada na rede social X (antigo Twitter), acrescentando que foram abordadas mais de 270 publicações por “incitamento à violência, apoio ou elogio a organizações terroristas”, o que resultou na abertura de 126 processos.

“A equipa da Divisão de Investigação e Inteligência [da polícia de Israel] tem operado num formato reforçado desde o início da guerra para tratar de todos os assuntos relacionados com suspeitos que incentivam a violência e se identificam ou apoiam a organização terrorista Hamas”, refere a mesma mensagem.

Por isso, sublinha a instituição, “a polícia de Israel continuará o seu trabalho para localizar e confrontar os instigadores da violência e dos atos de terrorismo, bem como qualquer pessoa que aplaude estes atos nas redes sociais, onde quer que estejam”.

A declaração foi publicada um dia depois da detenção da conhecida atriz árabe-israelita Maisa Abd Elhadi, na sequência de mensagens publicadas nas redes sociais sobre os ataques do Hamas.

A polícia indicou ainda que a mulher, natural de Nazareth, publicou uma fotografia de uma escavadora depois de romper a cerca de separação de Gaza, acompanhada da “Vamos ao estilo Berlim”.

Abd Elhadi atuou em 38 filmes e séries de televisão, incluindo “3000 Noites”, “Gaza Mon Amour” e ‘a Traição de Huda” – todos dirigidos por diretores palestinianos — assim como na série britânica “Bagdad Central”.

Um homem invadiu a casa de uma família judia na cidade norte-americana de Los Angeles e ameaçou matar todos os que encontravam no interior. De acordo com a Fox 11, o homem terá ameaçado os membros desta família apenas pelo facto de serem israelitas.

As seis pessoas (um casal e os quatro filhos) não sofreram ferimentos. As autoridades locais acreditam que o suspeito poderia estar sob a influência de drogas. Quando foi detido pela polícia de Los Angeles, o suspeito gritou “Free Palestine”.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) instou hoje o movimento islamita palestiniano Hamas a fornecer provas de vida dos reféns que mantém e a libertá-los “por razões humanitárias e de saúde”.

“É urgente que aqueles que capturaram reféns provem que eles estão vivos e a receber cuidados, e que libertem todos por razões humanitárias e de saúde”, afirmou em comunicado o diretor-geral da OMS, Tedros Ghebreyesus.

O ataque surpresa do Hamas a Israel de 07 de outubro saldou-se na morte de mais de 1.400 pessoas, na maioria civis, e na captura de 220 reféns, desencadeando um novo conflito no Médio Oriente, que cumpre hoje o 19.º dia.

Também prosseguem os bombardeamentos israelitas sobre a Faixa de Gaza, que mataram já mais de 6.500 pessoas, dos quais quase metade crianças, e causaram mais de 17.000 feridos, de acordo com o Ministério da Saúde local.

Israel também impôs um cerco total ao território palestiniano com corte de abastecimento de água, combustível e eletricidade, resultando numa situação humanitária crítica.

Uma operação terrestre maciça do exército israelita na Faixa de Gaza seria “um erro”, disse hoje no Cairo o Presidente francês, Emmanuel Macron, argumentando que colocaria em risco a vida de populações civis sem proteger Israel.

Intervir em terra para atingir grupos terroristas “de forma completamente identificada é uma escolha” que pertence a Israel e que corresponde à definição do direito internacional, disse Macron, aos jornalistas, reiterando o direito de Telavive se defender, “num quadro de respeito pelas populações civis”.

“Se for uma intervenção maciça que põe em perigo a vida das populações civis, então penso que é um erro e é um erro também para Israel, porque não é provável que proteja Israel a longo prazo e porque não é compatível com o respeito pelas populações civis, pelo direito humanitário internacional e até pelas regras da guerra”, disse o líder francês antes de partir do Cairo, onde se encontrou com o seu homólogo egípcio, Abdel Fattah al-Sisi.

Desde 7 de outubro, 24 jornalistas morreram no conflito israelo-palestiniano. A maioria, 19, estavam na Faixa de Gaza.

“Este é o período mais mortífero desde que há registo”, disse Sherif Mansour, porta-voz do Comité para a Proteção dos Jornalistas (CPJ), citada pela Al Jazeera.

“Os jornalistas estão a pagar [sacrifícios] na cobertura da guerra, mas para Gaza especificamente, é um risco exponencial fazê-lo sem ter acesso ao mundo exterior, acesso a recursos e nenhum lugar seguro para ir”, afirmou a porta-voz do CPJ.

“Ao longo de mais de 20 anos, registámos a morte de 20 jornalistas, na sua maioria palestinianos, 18 dos quais morreram na cobertura das guerras anteriores em Gaza. Treze deles morreram em Gaza. Mas já vimos quase o dobro apenas nas últimas duas semanas. Comparativamente, na Ucrânia, contámos desde o início da guerra cerca de 15 mortos até agora”.