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    Putin vai discursar num comício em Moscovo. Joe Biden encontra-se com o secretário-geral da NATO

  • EUA acreditam que Rússia realizou teste falhado com míssil balístico intercontinental durante visita de Biden à Ucrânia

    A Rússia terá realizado um teste falhado com um míssil balístico intercontinental durante a visita de Joe Biden à Ucrânia, noticia a CNN internacional, com base em duas fontes militares.

    De acordo com a CNN, os Estados Unidos da América terão sido notificados do lançamento desta segunda-feira através dos canais próprios.

    Uma das fontes adiantou que o exercício não causou qualquer perigo para os Estados Unidos, considerando que este não se tratou de uma escalada no clima de tensão entre os dois países ou de um incidente anómalo.

  • Polónia vai entregar 14 tanques Leopard 2 à Ucrânia

    A Polónia vai entregar 14 tanques Leopard 2 à Ucrânia nas próximas “duas a três semanas”, assim que o treino das tropas estiver terminado, informou o Ministério dos Negócios Estrangeiros polaco.

    Łukasz Jasina, porta-voz do Ministério, disse que o país não se opõem também ao envio de caças, mas que a decisão tem de ser tomada em conjunto com os parceiros da NATO.

    “Somos membros da NATO e queremos chegar a um acordo em todos os assuntos do género para participarmos em conjunto, porque a aliança é mais forte quando estamos unidos”, afirmou a porta-voz, de acordo com a CNN internacional.

  • UE lamenta decisão russa de suspender tratado de armamento nuclear

    A União Europeia lamentou esta terça-feira o anúncio do Presidente russo, Vladimir Putin, de que pretende suspender o Tratado Estratégico de Redução de Armas (New START), assinado entre a Rússia e EUA para a redução e controlo das armas nucleares.

    “A suspensão do tratado ou a sua expiração sem um acordo de seguimento adequado prejudicará a arquitetura de segurança europeia e atrasará substancialmente os esforços de controlo de armas, o que não é do interesse de nenhum dos Estados partes no New START ou de qualquer outro país”, disse o alto representante da União Europeia (UE) para a Política Externa, Josep Borrell, numa declaração.

    O responsável da diplomacia europeia disse que o pacto “reforça a estabilidade estratégica”, “previsibilidade” e “confiança mútua” entre “os dois maiores Estados detentores de armas nucleares”.

    “A UE atribui a maior importância ao tratado New START e considera-o um contributo crucial para a segurança internacional e europeia”, acrescentou ele.

    A este respeito, reiterou nesta declaração que o New START “contribui para a implementação do Artigo VI do Tratado de Proliferação Nuclear através da redução global do arsenal global de armas nucleares utilizadas”.

    “A UE exorta a Rússia a cumprir as suas obrigações nos termos do Tratado, facilitando as inspeções do New START em território russo e participando no órgão de implementação do Tratado, a Comissão Consultiva Bilateral, dentro do prazo estabelecido pelo Tratado”, afirmou.

    Ao fazer o anúncio, o líder russo salientou que não se tratava de um “abandono” do acordo e argumentou que o país “deve estar preparado para realizar testes nucleares se os Estados Unidos os realizarem primeiro”.

    A decisão de Moscovo suscitou rapidamente críticas internacionais, incluindo das autoridades ucranianas, que instaram a comunidade internacional a tomar “medidas conjuntas urgentes para prevenir e combater qualquer forma de chantagem nuclear por parte do Estado terrorista”.

  • EUA negam envolvimento com ataques a Nord Stream e acusam Rússia de tentar desviar atenções

    Os Estados Unidos da América (EUA) negaram esta terça-feira, nas Nações Unidas, qualquer envolvimento com os ataques aos gasodutos Nord Stream e acusaram a Rússia de tentar desviar as atenções dos eventos que assinalam um ano da invasão da Ucrânia.

    A Rússia convocou esta terça-feira uma reunião no Conselho de Segurança da ONU para abordar as explosões que ocorreram em setembro do ano passado nos gasodutos Nord Stream 1 e 2, depois de fazer circular uma resolução que pedia uma investigação das Nações Unidas à sabotagem. Contudo, a resolução não foi levada a votação na reunião.

    Várias delegações ocidentais questionaram o ‘timing’ desta reunião, agendada cerca de cinco meses após as explosões e precisamente para a semana em que a ONU tem uma ampla agenda dedicada a assinalar um ano da guerra na Ucrânia, incluindo a votação de uma resolução em Assembleia-Geral que condena a invasão russa e pede a retirada das tropas.

    “Os EUA estão profundamente preocupados com a sabotagem ocorrida no Nord Stream 1 e 2 em setembro passado. (…) Mas a reunião de hoje é uma tentativa flagrante de desviar a atenção, já que o mundo se une esta semana para pedir uma paz justa e segura na Ucrânia. A Rússia quer desesperadamente mudar de assunto”, acusou a missão norte-americana.

    “No entanto, deixem-me afirmar claramente que as acusações de que os EUA estão envolvidos neste ato de sabotagem são completamente falsas. Os EUA não estão envolvidos de forma nenhuma. As autoridades competentes na Dinamarca, Alemanha e Suécia estão a investigar esses incidentes de maneira abrangente, transparente e imparcial. Os recursos para as investigações da ONU devem ser preservados para os casos em que os Estados não desejam ou não podem investigar genuinamente”, acrescentou.

    De acordo com a missão norte-americana na ONU, Moscovo não procura uma investigação imparcial, mas sim “prejudicar as investigações que estão em andamento em direção a uma conclusão predeterminada de sua escolha”.

    Antes da reunião, os embaixadores da Dinamarca, Suécia e Alemanha – países que já se encontram a investigar as explosões – enviaram uma carta aos membros do Conselho de Segurança indicando que as suas investigações — ainda a decorrer – estabeleceram que os gasodutos foram amplamente danificados “por poderosas explosões devido a sabotagem”.

    Ao convocar esta reunião, a Rússia levou até ao Conselho de Segurança o professor universitário na Universidade de Columbia Jeffrey Sachs e o ex-analista da CIA e ativista político Raymond McGovern, que sugeriram que a Casa Branca estaria por trás desta sabotagem, com base numa investigação do jornalista norte-americano vencedor do Prémio Pulitzer Seymour Hersh, que acusou mergulhadores da Marinha dos EUA de terem plantado explosivos nos gasodutos, e a Noruega de os ter ativado posteriormente.

    Entre os diplomatas que criticaram a referência à reportagem de Seymour Hersh está Thomas Phipps, do Reino Unido, que indicou que foi escrita com base “numa única fonte secreta” e que os “detalhes já foram amplamente desmascarados por outros jornalistas”.

    “É, portanto, nossa opinião que a verdadeira razão para a urgência da Rússia hoje é um desejo desesperado de desviar a atenção um ano depois do início da sua invasão em grande escala da Ucrânia, das baixas maciças sofridas pelos militares russos e da devastação que a guerra causou”, disse Phipps.

    Já o representante permanente da Rússia na ONU, Vasily Nebenzya, acusou a Alemanha, Dinamarca e Suécia de ignorarem as petições de Moscovo para participar nas investigações, classificando-as de “não transparentes” e de tentarem “encobrir pistas” para “proteger o irmão”, em referência aos Estados Unidos.

    Apesar de o embaixador russo dizer que apenas confia numa investigação da ONU, a secretária-geral adjunta para os Assuntos Políticos e Consolidação da Paz da ONU, Rosemary DiCarlo, afirmou que as Nações Unidas “não estão em posição de verificar ou confirmar nenhuma das denúncias relacionadas a esses incidentes”, acrescentando que aguarda as conclusões das investigações que já estão em andamento.

    “Dada a sensibilidade do assunto, pedimos a todos os envolvidos que mostrem moderação e evitem qualquer especulação”, apelou ainda DiCarlo.

  • Zelensky condena intenção da Rússia de suspender acordo nuclear com EUA

    O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, criticou esta terça-feira o anúncio do seu homólogo russo de suspender o tratado com os Estados Unidos sobre armamento nuclear, aproveitando para recriminar o estilo “terrorista” com que a Rússia comunica.

    “Infelizmente, eles [Rússia] comunicam como terroristas, mas a única diferença é que os terroristas usam máscara e eles nem sequer escondem os rostos”, afirmou Zelensky, em Kiev, numa conferência de imprensa conjunta com a primeira-ministra de Itália, Giorgia Meloni.

    O Presidente russo, Vladimir Putin, anunciou hoje a suspensão do Novo Tratado de Redução de Armas Estratégicas (START) assinado com os Estados Unidos, referindo que não se trata de um “abandono” do acordo e alegando que o país “deve estar preparado para realizar ensaios nucleares, se os Estados Unidos o fizerem primeiro”.

    Zelensky admitiu não ter acompanhado em direto o discurso de Putin, hoje de manhã, visto que nesse momento estava concentrado no que acontecia em Kherson, onde pelo menos seis pessoas morreram e 21 ficaram feridas num novo ataque russo.

    O Presidente ucraniano assegurou ainda não ter visto “nenhum documento oficial” sobre o plano de paz anunciado pelo chefe da diplomacia da China, embora tenha tido conhecimento que houve uma “comunicação informal” a esse respeito.

    Durante um discurso na Conferência de Segurança de Munique, o diretor do Gabinete para as Relações Externas do Partido Comunista da China (PCC), Wang Yi, reiterou que a China vai continuar a fazer “esforços” em prol da paz na Ucrânia e que o seu país sugeriu que Kiev e Moscovo “se sentem juntos”, para negociar uma “solução política” para o conflito.

  • Zelensky diz que relatório sobre situação energética na Ucrânia traz "boas notícias": “Estamos a responder às necessidades energéticas"

    Também na mensagem desta terça-feira, Zelensky revelou que o primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmyhal, apresentou durante o encontro das Forças Armadas um relatório sobre a situação energética e o processo de recuperação do sistema de energia após os ataques russos, que o Presidente disse conter “boas notícias e “bons resultados”.

    “Estamos a responder às necessidades energéticas de pessoas e negócios na maior parte da Ucrânia”, declarou o Presidente. Os “bons resultados” são o resultado do trabalho realizado por vários profissionais e pelas autoridades central e local, “que têm feito as tarefas relevantes”.

    Referindo-se aos diferentes encontros diplomáticos desta terça-feira, e à visita de Joe Biden a Kiev no dia anterior, Zelensky agradeceu o apoio prestado por diferentes países, destacando a cooperação com os Estados Unidos da América, “que não para por um dia ou minuto”. “Juntos estamos a fortalecer a segurança global”, disse.

    O Presidente da Ucrânia falou ainda sobre o ataque a Kherson, que resultou na morte de várias pessoas. “Este ataque russo não tive e não podia ter tido qualquer propósito militar. Como noutros ataques semelhantes, que são uma mensagem da Rússia para o mundo. O estado terrorista está a tentar dizer ao mundo que disparar mísseis contra ruas de cidades, prédios residenciais, escolas, farmácias e hospitais, igrejas (…), é algo que deve ser reconhecido…”

    Zelesnky mostrou-se confiante que a Rússia será vencida.

  • Zelensky diz que, “apesar da pressão, a frente de batalha não mudou”

    Volodymyr Zelensky fez um curto resumo dos relatórios apresentados esta terça-feira na reunião do alto-comando das Forças Armadas ucranianas, descrevendo como preocupante a situação em Donetsk e Luhansk, onde “tudo” está a ser feito “para conter os ataques inimigos”, e em Bakhmut e Lyman, onde decorrem “batalhas ferozes”.

    Sobre estas duas últimas regiões, o líder ucraniano revelou, na mensagem desta terça-feira, que a Rússia está a usar “todo o tipo de armas”, incluindo gás lacrimogéneo.

    Mas, “apesar da pressão exercida sobre as nossas forças, a frente de batalha não mudou”, garantiu Zelensky. “Por essa razão, agradeço a todos os nossos combatentes, a todos os soldados e sargentos, oficiais e generais, que defendem as respetivas frentes de batalha”, afirmou o Presidente ucraniano.

  • EUA dizem que sanções estão a afetar eficácia militar da Rússia na Ucrânia

    As sanções dos EUA e aliados e o controlo das exportações estão a dificultar a eficácia militar da Rússia na Ucrânia, assegurou esta terça-feira um alto responsável do Ministério das Finanças norte-americano, acrescentando que vão ser impostas novas sanções em breve.

    O vice-ministro das Finanças (Tesouro), Wally Adeyemo, disse no Conselho de Relações Exteriores em Washington que as sanções dos EUA estão a resultar em perdas militares para a Rússia ao afetar a sua máquina militar, e quando se assinala um ano da invasão militar russa em larga escala ao seu vizinho.

    A Rússia é o segundo maior produtor mundial de armamento após os Estados Unidos, mas Adeyemo assinalou que “hoje, a Rússia não consegue produzir armamento para assegurar as suas necessidades básicas e ser um fornecedor para os países que dependem dele”.

    Mais de 30 países, incluindo os EUA, países da União Europeia, Reino Unido, Canadá, Austrália, Japão e outros — que representam cerca de metade da produção económica mundial — impuseram um limite de preço ao petróleo russo e derivados, instituíram um controlo às exportações, congelaram fundos do Banco Central russo e restringiram o acesso ao SWIFT, o principal sistema para as transações financeiras globais.

    Adeyemo também disse que os EUA planeiam anunciar esta semana sanções adicionais dirigidas à indústria de produção de armamento. O Presidente norte-americano, Joe Bidenm reiterou a necessidade de sanções adicionais no discurso que hoje realizou na Polónia.

    Responsáveis oficiais também referem que Moscovo está a recorrer à Coreia do Norte e Irão para abastecer a sua máquina militar com drones e mísseis terra-terra.

  • Giorgia Meloni descarta hipótese de Itália enviar aviões de combate

    A primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni, descartou esta terça-feira a hipótese de Itália enviar aviões de combate para a Ucrânia, depois de os ‘media’ italianos terem sugerido nos últimos dias essa possibilidade.

    “É preciso dizer as coisas como elas são: atualmente o fornecimento de aeronaves não está sobre a mesa”, afirmou Giorgia Meloni, em Kiev, respondendo a uma jornalista ucraniana, durante uma conferência de imprensa conjunta com o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.

    A governante acrescentou que a decisão final “será tomada com os parceiros internacionais”, e reafirmou que o seu Governo e outros aliados estão “a concentrar-se nesta fase na questão dos sistemas de defesa antiaérea”.

    A primeira-ministra recordou que Itália acabou de aprovar o sexto pacote de apoio militar à Ucrânia, que inclui sistemas antiaéreos para ajudar a Ucrânia a proteger infraestruturas críticas, como a rede elétrica, dos bombardeamentos russos.

  • Comunidade internacional pode enviar militares para apoio humanitário, diz antigo ministro britânico

    O antigo ministro da Defesa britânico Malcolm Rifkind sugeriu esta terça-feira o envio de militares internacionais para a Ucrânia para providenciar apoio humanitário, à semelhança do que aconteceu com os ‘capacetes azuis’ da ONU na Bósnia-Herzegovina.

    “Não estou certo de que haja apoio humanitário suficiente a ser dado” à Ucrânia, lamentou hoje, durante o debate “A Ucrânia e a Crise Humanitária: Um Ano em Guerra”, organizado pelo centro de estudos britânico Henry Jackson Society.

    O político conservador fazia parte do Governo de John Major quando a ONU aprovou em 1992 o envio de unidades militares para escoltar comboios humanitários naquele território durante o conflito com a Sérvia, no âmbito da Força de Proteção das Nações Unidas.

    Os ‘capacetes azuis’, recordou, facilitaram o fornecimento de “alimentos vitais, material médico e outra assistência às comunidades civis” e referiu estimativas de que cerca de 100.000 vidas bósnias terão sido salvas graças àquela operação.

    Desta vez “não pode ser uma iniciativa organizada pela ONU porque a Rússia vetaria [no Conselho de Segurança]”, admitiu.

    Todavia, aquela iniciativa, sublinhou, é “um exemplo onde a imaginação pode encontrar outras formas de assegurar que a ajuda civil, a ajuda humanitária, as provisões médicas sejam fornecidas, e não apenas armas”.

    Rifkind, que mais tarde foi ministro dos Negócios Estrangeiros, também declarou ser “insensato” acusar formalmente o Presidente russo, Vladimir Putin, de crimes de guerra devido ao risco de prejudicar potenciais negociações de paz.

    “É quase certo que foram e estão a ser cometidos crimes de guerra e, por vezes, na escala mais grotesca”, reconheceu, e aceitou que “os argumentos éticos, os argumentos morais, são esmagadoramente a favor” de uma acusação.

    Porém, Rifkind disse que porque “do ponto de vista russo, o facto de a atual liderança poder enfrentar acusações de crimes de guerra em Haia, poderá ser uma barreira adicional a ultrapassar se alguma vez houver a perspectiva de uma solução negociada”.

    “Sim, devemos levantar as questões dos crimes de guerra. Mas seria insensato, nesta fase, iniciar acusações formais contra a liderança russa”, concluiu.

  • Putin apresenta amanhã rascunho de decreto-lei sobre saída da Rússia de tratado nuclear

    Vladimir Putin vai apresentar amanhã, quarta-feira, perante os deputados da Duma, um rascunho do decreto-lei que oficializa a suspensão do Novo Tratado de Redução de Armas Estratégicas (New START), anunciado hoje pelo Presidente russo.

    Segundo a Sky News, o parlamento russo tomará amanhã uma decisão sobre o documento.

  • Zelensky agradece a Biden por liderar apoio à Ucrânia: "Juntos caminhamos em direção a uma vitória comum"

    Volodymyr Zelensky agradeceu a Joe Biden e “a toda a América” por liderar o apoio prestado à Ucrânia e à sua luta pela liberdade, descrevendo a visita do Presidente dos Estados Unidos a Varsóvia como “histórica”.

    “Juntos caminhamos em direção a uma vitória comum, e consegui-la já este ano!”, declarou Zelensky esta terça-feira na rede social Twitter. “Permanecemos unidos e corajosos.”

  • PM ucraniano diz que país precisa de 16 mil milhões de euros para reconstrução

    O primeiro-ministro ucraniano, Denys Shmygal, declarou esta terça-feira que o país precisa de cerca de 16 mil milhões de euros para a reconstrução “rápida” da habitação e das infraestruturas energéticas e impulsionar a economia.

    “A Ucrânia precisa de mais 17 mil milhões de dólares [aproximadamente 16 mil milhões de euros] para se recompor este ano. Estamos a falar da reconstrução do setor energético e da construção de casas, desminagem e recuperação económica”, indicou Shmygal numa declaração governamental, citada pela agência Europa Press.

    O primeiro-ministro ucraniano lembrou que o Japão já anunciou um pacote de ajuda financeira de 5,5 mil milhões de dólares (cerca de 5,1 mil milhões de euros) à Ucrânia para a reconstrução de infraestruturas.

    A Noruega também anunciou assistência à Ucrânia para a reconstrução do país.

    “Este tipo de solidariedade mostra uma nova estratégia de apoio à Ucrânia. Todo este apoio estrangeiro ajudará a construir uma Ucrânia mais forte e mais estável”, salientou Shmygal, um dia após se ter reunido com a diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, e a sua equipa.

    Kristalina Georgieva visitou no sábado Kiev num gesto para mostrar o envolvimento do FMI na recuperação da Ucrânia, de acordo com as agências ucranianas.

  • Novas sanções dos EUA terão como alvo 200 cidadãos e entidades russos

    As novas sanções norte-americanas contra a Rússia, que Joe Biden deverá anunciar ainda esta semana, terão como alvo cerca de 200 cidadãos e entidades russos, noticia o The Wall Street Journal, que cita fonte próxima.

    O Presidente norte-americano revelou esta terça-feira em Varsóvia, na Polónia, que os Estados Unidos vão anunciar novas sanções esta semana, sem porém adiantar o teor das novas medidas.

    “A defesa da liberdade é sempre difícil, mas é sempre importante. A Ucrânia vai continuar a defender-se. A Ucrânia ainda está a lutar. E os Estados Unidos com os aliados vão continuar a apoiar a Ucrânia nessa defesa”, disse Biden.

  • Zelensky designa nova embaixadora da Ucrânia em Portugal

    Maryna Yuriivna Mykhaylenko foi designada como “embaixadora extraordinária e plenipotenciária” da Ucrânia em Portugal. Zelensky assinou o decreto esta terça-feira.

    Zelensky designa nova embaixadora da Ucrânia em Portugal

  • G7 diz que jamais reconhecerá anexações russas e condena violação da soberania

    O grupo dos sete países mais industrializados (G7) anunciou esta terça-feira que jamais reconhecerá as anexações russas do território ucraniano e condenou novamente as “inaceitáveis violações” de Moscovo contra a “soberania, integridade territorial e independência da Ucrânia”.

    Segundo uma declaração do Departamento de Estado norte-americano, citada pela agência EFE, os ministros dos Negócios Estrangeiros do G7 afirmaram que os esforços do Presidente russo, Vladimir Putin, para incorporar as regiões de Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporiyia são mais um exemplo do “desrespeito flagrante pelo direito internacional” por parte da Rússia.

    “Nunca reconheceremos estas chamadas anexações, nem os falsos ‘referendos’ realizados à mão armada”, declararam os ministros do G7 (Estados Unidos da América, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão e Reino Unido), bem como a representação da União Europeia neste organismo.

    O grupo de países advertiu ainda que irá impor mais sanções económicas à Rússia e às pessoas e entidades que prestam apoio político ou financeiro a estas “violações do direito internacional”.

    Além disso, os Estados condenaram, mais uma vez, a “retórica nuclear irresponsável” da Rússia e exigiram a Moscovo que “ponha um fim imediato” à guerra e retire todas as suas tropas e equipamento militar da Ucrânia.

  • Reino Unido apela a Putin que reconsidere suspensão de tratado

    O governo britânico apelou a Vladimir Putin que reconsidere a suspensão do Novo Tratado de Redução de Armas Estratégicas (New START), descrita por Dimitri Medvedev como uma “resposta merecida” aos Estados Unidos da América.

    “Esperamos que Putin reconsidere a decisão precipitada de suspender a participação da Rússia no New START. O controlo de armas é vital para a segurança do nosso planeta e isto é outro exemplo de como Putin está a comprometer a segurança global para alcançar ganhos políticos”, disse o porta-voz do primeiro-ministro britânico, citado pela Sky News.

  • Suspensão do tratado responde à “estúpida política” dos EUA, diz Medvedev

    O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia, Dimitri Medvedev, considerou esta terça-feira que a suspensão do Novo Tratado de Redução de Armas Estratégicas (New START) é uma “resposta merecida” à “estúpida política antirrussa” dos Estados Unidos.

    “A América está a ter o que merece pela sua estúpida política antirrussa: a suspensão do New START. Não se pode lutar contra a Rússia e fingir que os problemas de estabilidade estratégica continuam na mesma. Ficam a saber!”, afirmou o também ex-Presidente russo numa mensagem publicada na rede social Twitter.

    Este tratado entre os Estados Unidos e a Rússia visa limitar o desenvolvimento, pelas duas potências, de armas nucleares intercontinentais, permitindo verificações mútuas frequentes dos programas de cada país.

    O acordo permite a Washington e Moscovo terem até 700 mísseis balísticos intercontinentais e 1.550 ogivas nucleares.

    Se o tratado for rescindido ou expirar sem renovação, os arsenais nucleares das duas maiores potências nucleares do mundo podem passar a ser ilimitados pela primeira vez desde a década de 1970, no auge da Guerra Fria, e nenhum dos lados será capaz de controlar o arsenal contrário.

    O Presidente russo declarou esta terça-feira que Moscovo vai suspender a sua participação no tratado New START, o último pacto de controlo de armas nucleares que restava com os Estados Unidos, aumentando a tensão com Washington sobre a invasão da Ucrânia.

  • Diretora-geral do FMI elogia economia funcional da Ucrânia apesar da guerra

    A diretora-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, elogiou hoje a gestão da economia da Ucrânia, com um sistema bancário “plenamente operacional” apesar da guerra, e prometeu o apoio contínuo a Kiev.

    “Vi uma economia a funcionar apesar dos tremendos desafios. As lojas estão abertas, os serviços estão a ser prestados e as pessoas vão trabalhar. Este é um legado notável para o espírito do povo ucraniano”, disse Georgieva num comunicado emitido pelo FMI, após visitar a Ucrânia, de onde partiu para Varsóvia, na Polónia.

    A diretora-geral sublinhou que “as agências governamentais e as instituições económicas estão a funcionar muito bem”, cobrando impostos e pagando salários e pensões, apesar dos ataques a infraestruturas relevantes.

    A economia ucraniana, acrescentou, “está a adaptar-se e espera-se uma recuperação económica gradual no decurso deste ano”.

    “Nas minhas reuniões reiterei o empenho inabalável do FMI em continuar a apoiar a Ucrânia”, declarou Georgieva, referindo que, além do financiamento de emergência do ano passado, o FMI assumiu um compromisso com as autoridades ucranianas através do programa de monitorização PMB.

    Segundo a representante, o programa “proporciona uma forte âncora para as políticas macroeconómicas e ajuda a catalisar um maior apoio dos doadores”.

    “O resultado do PMB tem sido forte e prepara o caminho para discussões sobre um programa de financiamento completo do FMI”, acrescentou.

    A diretora-geral do FMI visitou a Ucrânia na segunda-feira, ao mesmo tempo que o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e encontrou-se com o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, o primeiro-ministro, Denys Shmyhal, o ministro das Finanças, Sergii Marchenko, e o presidente do Banco Central da Ucrânia, Andriy Pyshnyy.

    Kristalina Georgieva elogiou Zelensky e Shmyhal pela “sua forte liderança” e elogiou as autoridades ucranianas “pela sua impressionante gestão económica no meio de circunstâncias excecionalmente duras, adaptando as suas políticas para gerir choques grandes e complexos”.

    “A sua intenção é passar de um período de recuperação para um período de transformação e reconstrução e de adesão à União Europeia”, disse Georgieva, que prestou homenagem ao povo da Ucrânia “pela sua força de espírito e resiliência face a uma guerra devastadora que ceifou demasiadas vidas e causou destruição generalizada e imenso sofrimento”.

    “Partiu-me o coração ver com os meus próprios olhos a angústia dos cidadãos comuns e o custo que a invasão russa está a causar na Ucrânia”, acrescentou.

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