Antes do debate ser fechado, o Governo pede a palavra para a ministra dos Assuntos Parlamentares explicar a ausência do ministro das Infraestruturas, contestada pelo Chega.

“O ministro das Infraestruturas não podia estar porque já tinha um evento marcado” com o primeiro-ministro de manhã no Porto.

Ventura não fica satisfeito e contrapõe com o tempo que demora uma viagem entre Lisboa e Porto, dizendo que o ministro terminou a sua intervenção no Porto “às 11h56. O caminho do Porto a Lisboa é de 2h34 minutos”, apontou motivando protestos na sala.

André Ventura encerra o debate de urgência, dizendo que “Pedro Nuno Santos já não é ministro de nada”. E diz que o secretário de Estado Hugo Mendes “foi posto numa posição ingrata hoje mas podia pedir desculpa pelo dinheiro que estamos a gastar há 50 sobre aeroporto sem que PS e PSD se consigam pôr de acordo”.

Fala também das entidades que compõem a comissão técnica e as nomeações de coordenador: “Se isto não é gozar com quem trabalha… parece uma brincadeira”. E acaba o debate a gritar: “Vergonha, vergonha e vergonha”.

Paulo Rios de Oliveira, PSD, fala nas exigências que fez ao Governo neste acordo, nomeadamente a existência de uma avaliação ambiental estratégia, uma avaliação técnica que apoie a decisão política.

“Não ajuda ter um primeiro-ministro que diz que há estudos para todos os gostos”, diz ainda o PSD que recupera os últimos episódio do processo antes do acordo. O PSD tem em relação a este assunto enorme responsabilidade. É um partido de poder e não de protesto. Mas não contaremos com o Governo”, diz especificando que a “última decisão será sempre e só do próprio Governo”.

Só depois do Governo é que fala o PS, com o deputado Carlos Pereira a atirar aos deputados do Chega um provérbio: “Palavras poucas orelhas moucas”.

Depois pede o “acto de contrição” de todos sobre o novo aeroporto admitindo que “não fizemos tudo bem mas estamos empenhados, junto com o maior partido da oposição, para permitir um acordo” e “uma solução sólida para o país.”

Fala agora, no plenário, Hugo Mendes diz que a “decisão deve ter consenso político o mais alargado possível” porque vai atravessar vários governo.

E repete agora o que o primeiro-ministro já apresentou sobre a avaliação ambiental estratégica.

Na sua intervenção, Rui Tavares, do Livre, pede um “debate aberto” e que não se fique pelos dois maiores partido.

Filipe Melo, do Chega, diz que Pedro Nuno Santos não veio porque “teve receio” que o Chega lhe indicasse a porta da rua, tendo em conta que esta manhã já foi pedida a demissão da ministra da Coesão, na sequência de uma notícia do Observador.

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O deputado continua, dizendo que a “discussão é grande de mais para ficar cingida ao Governo e a um partido da oposição”. O Chega queixa-se de ter ficado fora da discussão que foi tida entre o Governo e o PSD e diz que a construção do aeroporto em Santarém “serve os interesses do grupo Barraqueiro”.

Agora fala Joana Mortágua., do BE, que questiona a avaliação ambiental estratégia e os estudos que já foram feitos. tirando conclusões como “a Portela não podia ser expandida”, que Montijo não funcionava e que Alcochete era a melhor solução, segundo descreve a deputada.

Depois passa para o “decreto mais fugaz”, referindo-se ao decreto das Infraestruturas que teve de ser revogado e que avançava com Alcochete. A deputada acaba a acusar o Governo de conduzir com “enorme irresponsabilidade os destino do país”:

Agora a Iniciativa Liberal, com João Cotrim Figueiredo a criiticar a multiplicação de estudos para a localização.

E pergunta pelo que não se sabe deste processo. “Não sabemos qual a dimensão do novo aeroporto”, atira o deputado como exemplo. “Corremos o risco de passar de aeroporto a menos para aeroporto a mais”.

Isto além do “impacto financeiro que também não se conhece, nem o impacto jurídico da concessão atual”. “Nada disto se sabe ao fim de 50 anos de decisão”, atira. E chama “argumento infantil” ao usado por António Costa ontem que disse que “quem esperou 50 anos pode esperar mais um”.

Pergunta ao Governo se vai ter coragem de tomar as decisões desta vez.

Intervém agora o PAN, com Inês Sousa Real a dizer que “é com espanto” que se deixem de parte as preocupações ambientais neste debate. A deputada pergunta o que está em cima da mesa com a alteração das competências das autarquias, que o Governo quer impedir que tenham poder de veto sobre a construção de um novo aeroporto.

Também pergunta se o Governo está a ponderar a localização em Beja.

Agora falar a líder parlamentar do PCP, Paula Santos, que recupera a “decisão consensualizada no país” de construir o aeroporto em Alcochete.

A deputada comunista diz que “mais uma vez, para não enfrentar os interesses da Vinci não se avança com a solução necessária para o país, o desenvolvimento e as populações”. “É a única entidade que sai beneficiada desta decisão” sobre o novo aeroporto”, atira a deputada que desafia o Governo a dizer se vai assumir a sua responsabilidade ou “vai ceder aos interesses da Vinci”.

O PCP defende a construção faseada do aeroporto no campo de tiro de Alcochete e sublinha que “não há nada que impeça Governo de avançar com esta decisão”.

Este, diz agora Ventura, “não devia ser um debate de urgência mas de tragédia à portuguesa com a tremenda incapacidade e cobardia de Pedro Nuno Santos que não existe politicamente”.

“Este devia ser o debate da tragédia portuguesa e da cobardia de Pedro Nuno Santo não estar aqui hoje”, insiste o líder do Chega.

“Temos um ministro tão incapaz que foi incapaz de vir hoje ao Parlamento”, diz ainda sobre a ausência do ministro Pedro Nuno Santos. Diz mesmo que o ministro “se escondeu no seu gabinete”.

Ventura acusa agora o Governo de não conseguir “fazer obra” e de existirem “dois partidos em conluio absoluto e um primeiro-ministro completamente irresponsável e um ministro das infraestruturas incapaz e escondido”.

O primeiro a falar no debate é o líder do Chega André Ventura que começa a intervenção por dizer que “o primeiro-ministro decidiu esconder o debate sobre o novo aeroporto entre paredes”.

O ministro das Infraestrturas não está neste debate onde o Governoe stá represnetado pela ministra dos Assuntos Parlamentares, Ana Catarina Mendes, e o Secretário de Estado das Infraestruturas, Hugo Mendes.

Este foi o governante que assinou o polémico despacho que avançava com uma solução para o aeroporto sem o aval do primeiro-ministro. A questão foi polémica e o cargo de Pedro Nuno Santos no Governo chegou a estar em causa depois de ter sido desautorizado publicamente pelo primeiro-ministro.

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