Momentos-chave
Histórico de atualizações
  • Boa noite, chega ao fim a cobertura do Observador da campanha das eleições legislativas.

    Obrigado por nos ter acompanhado.

    Começa o Dia de Reflexão.

  • Rio responde com desabafo a ataque de Pizarro: "Enfim"

    Rui Rio gasta os últimos cartuchos e a dez minutos do início do Dia de Reflexão contra-ataca o líder do PS/Porto, Manuel Pizarro: “Enfim”.

  • Costa: "Esta campanha revigorou-me e deu-me mais energia"

    A palavra final no comício de encerramento é de António Costa que afirmou, no Porto, que “os que achavam que estava cansado devem ter se convencido que em cada dia davam mais energia” Garantiu mesmo: “Esta campanha revigorou-me, deu-me mais energia porque mostrou a reforçada confiança dos portugueses no caminho percorrido”.

    “No domingo vamos vencer e derrotar esta crise política, devolvendo estabilidade aos portugueses”, disse também no apelo ao voto no PS. Voltou a usar a expressão do risco que é “andar de eleição em eleição”.

    Coloca-se, mais uma vez, como quem está em melhores condições “de dialogar com todos de fazer as pontes necessárias” e isto por causa da “centralidade política” do PS, partido que diz ter “solidez nos valore que permite estabelecer pontes mas também dizer não quando chega a altura”.

    O final da intervenção foi dedicado à relação do PSD com a extrema-direita e o “nada, nada, nada, nada” que quer ter com o partido de André Ventura. Sobre o Chega, Costa afirmou que “o perigo não é vir aí uma ditadura ou o Chega ganhar as eleições. O problema é quando esses partidos começam a influenciar a c condicionar” políticas.

    Fechou o comício a apelar ao voto útil, que “não se desperdicem votos”, e a gritar repetidamente “para a frente, para a frente, para a frente, para a frente Portugal”.

  • Assis: "Por significativas que tenham sido as nossas divergências, são muitíssimo maiores as convergências"

    O PS encerra a campanha neste momento no Porto, com Francisco Assis a ser chamado para o momento, ele que esteve contra a solução de governação dos últimos anos, apoiada à esquerda. Mas o socialista sublinhou que “por significativas que tenham sido as divergências” com António Costa, “são muitíssimo maiores as convergências”.

    Campanhas para as eleições legislativas de 2022: Comício de encerramento de campanha do Partido Socialista, António Costa, secretário-geral do PS e candidato a primeiro-ministro. Pavilhão Rosa Mota. As eleições legislativas realizam-se no próximo dia 30 de janeiro de 2022. Intervenção de Francisco Assis. Porto, 28 de janeiro de 2022. JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

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    Com “imensas saudades”, Assis apareceu para fazer a distinção entre as esquerdas.”Não damos lições a ninguém mas não recebemos lições de ninguém sobre a integração no espaço político e ideológico da esquerda”. Francisco Assis fez a separação entre o PS e a restante esquerda ao referir que os socialistas não “estavam condenados a escolher entre a jaula totalitária ou a selva liberal”.

    Assis usou a posição no Parlamento Europeu para afirmar que o país “não deve prescindir de um primeiro-ministro tão prestigiado e credível como António Costa no espaço político europeu”. Um “prestígio único”, sublinhou dizendo mesmo que Costa “é porventura o mais consensual dos líderes europeus”. Criticou o discurso do medo na Europa, mas ao mesmo tempo agitou o receio de a política monetária poder vir a ser alterada e que aí a experiência de Costa será vantajosa.

    Campanhas para as eleições legislativas de 2022: Comício de encerramento de campanha do Partido Socialista, António Costa, secretário-geral do PS e candidato a primeiro-ministro. Pavilhão Rosa Mota. As eleições legislativas realizam-se no próximo dia 30 de janeiro de 2022. Intervenção de Francisco Assis. Porto, 28 de janeiro de 2022. JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

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  • Catarina carrega no apelo ao voto contra o centrão: "Nada está escrito". No BE compara-se Rio a "assombração" e Ventura a "Gasparzinho"

    “A mulher de quem toda a gente fala, o nome que se grita pelas ruas, a fantástica, a maravilhosa, a gigante Catarina Martins”. A speaker apresenta Catarina para a última intervenção desta campanha, num comício na Alfândega do Porto — segue-se uma espécie de balanço da campanha e dos objetivos do Bloco, com um forte apelo ao voto.

    Campanhas para as eleições legislativas de 2022: Ação de campanha de Catarina Martins, candidato pelo Bloco de Esquerda a primeiro-ministro. Comício na Alfândega do Porto com Isabel Pires, José Soeiro e João Teixeira Lopes. Porto, 28 de janeiro de 2022. FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

    FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

    Por um lado, Catarina fala aos “esquecidos” a quem prometeu dedicar esta segunda semana, para frisar que são os mesmos que sofrem com as medidas que o PS recusou ou atrasou: “Pensionistas que não percebem corte duplo, quem não tivesse salário para pagar renda da casa, décadas de contratos precários, é por esta gente que nos apresentamos a eleições. É o vosso voto que desempata”. É a frase chave: o Bloco quer ficar em terceiro lugar nestas eleições para “desempatar” e obrigar o PS a virar à esquerda, recusando um possível bloco central ou uma governação voltada para a direita.

    Acusando a direita de não querer falar do seu programa e de preferir aparecer “de forma mais bonacheirona, a falar dos gatos”, ou “moderninha”, remata: “O plano é sempre o mesmo. A direita mantém o mesmo programa de retirar direitos mais básicos e desmantelar o Estado social. Mostraram o programa porque nós os obrigámos”. Depois, o tiro ao PS: “Começou por dizer que queria maioria absoluta para travar medidas urgentes. Temos ouvido PS com discurso ambíguo, diz mesmo que quererá acordo de cavalheiros com o PSD. E sabemos que centrão só trará problemas e nunca soluções”.

    Campanhas para as eleições legislativas de 2022: Ação de campanha de Catarina Martins, candidato pelo Bloco de Esquerda a primeiro-ministro. Comício na Alfândega do Porto com Isabel Pires, José Soeiro e João Teixeira Lopes. Porto, 28 de janeiro de 2022. FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

    FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

    É por isso que o Bloco diz querer fazer a diferença, nas suas várias formulações: desempatar, virar o jogo, obrigar o PS a negociar na segunda-feira. Depois, o apelo ao voto, mais dramático do que nunca: “Nada está escrito. Apelo a que ninguém deixe de ir votar. O momento que Portugal está a viver não dispensa ninguém. No domingo estamos a escolher como será o dia seguinte. Se vamos trabalhar pelo SNS ou privatizar serviços públicos. A precariedade ou a lei da selva. Este é o momento da escolha”. Nesse apelo, inclui especificamente as pessoas que estão isoladas, garantindo que votar será seguro. E também os jovens, a geração que “nasceu com direitos e não aceita voltar para trás, não aceita vozes obscurantistas que nos querem mandar para o passado”.

    Catarina aproveita ainda para referir “um dos momentos mais emocionantes” que viveu na campanha, no dia em que foi ao bairro da Jamaica e conheceu a família Coxi, que lhe terá dito para “falar, sim” do processo que moveram (e ganharam) contra André Ventura. “É extraordinária a luta desta gente, que vive nas condições mais difíceis, faz omaior combate contra o racismo neste país”.

    As outras intervenções são em grande parte dedicadas em malhar à direita e em Rui Rio, lembrando a memória dos seus tempos como autarca no Porto: João Teixeira Lopes, que em 2017 se candidatou pelo BE à Câmara do Porto, comenta a “impressionante metamorfose de Rio em avô Cantigas”, acusando o líder do PSD de tentar fazer uma campanha a “vender gato por lebre” e a esconder-se sob a capa de uma figura simpática. “Não esquecemos o Rio dos despejos, os idosos postos fora de casa sem dó nem piedade, não esquecemos. O Rio que queria internar em instituições psiquiátricas os arrumadores porque tinha nojo deles”. Quanto a um possível acordo entre PS e PSD: “O eterno acordo de cavalheiros é o eterno problema deste país. O PS é medroso, vacilante, ambíguo, para quem o poder parece ser tudo. PS só decidirá pela esquerda se BE tiver força”.

    Isabel Pires, terceira candidata pelo Porto, também lembra o Rio do Porto, a que chama “a maior das assombrações”, que traz a reboque outra assombração — a IL — e outra que não passa de um Gasparzinho — o Chega. Rio, acusa, quer trazer “insensibilidade e preconceito” e “aplicar ao país a receita que aplicou a esta cidade”. “O Porto sabe quem é Rui Rio e não lhe dará uma oportunidade”.

    Campanhas para as eleições legislativas de 2022: Ação de campanha de Catarina Martins, candidato pelo Bloco de Esquerda a primeiro-ministro. Comício na Alfândega do Porto com Isabel Pires, José Soeiro e João Teixeira Lopes. Porto, 28 de janeiro de 2022. FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

    FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

    José Soeiro, segundo candidato pelo Porto, fala no mesmo sentido, criticando as “velhas ideias” da direita e do “extremismo conservador neoliberal”. “O 25 de Abril construiu-se contra isto, o SNS construiu-se contra isto”. Para terminar, mais um lembrete de que o BE está em disputa com o Chega um pouco por todo o país.

    Campanhas para as eleições legislativas de 2022: Ação de campanha de Catarina Martins, candidato pelo Bloco de Esquerda a primeiro-ministro. Comício na Alfândega do Porto com Isabel Pires, José Soeiro e João Teixeira Lopes. Porto, 28 de janeiro de 2022. FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

    FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

  • Sondagem diária. PS continua à frente, mas PSD aproxima-se. Chega é 3.ª força, CDU e IL empatam e BE cai para sexto

    A sondagem final da Pitagórica mostra o PS com 36,6% e o PSD com 32,9%, sendo considerado empate técnico. Chega fica em terceiro, CDU e IL empatam com 5,2% e BE fica em sexto. Livre supera CDS e PAN.

    Sondagem diária. PS continua à frente, mas PSD aproxima-se. Chega é 3.ª força, CDU e IL empatam e BE cai para sexto

  • André Ventura acredita que um bloco central seria "uma dádiva do céu" para o Chega

    Um bloco central depois das eleições legislativas seria para o Chega uma “dádiva dos céus” porque o partido, caso ficasse como terceira força política, ficaria a liderar a oposição.

    Aos olhos de André Ventura, quando Rui Rio diz não ao Chega “ou é totalmente irresponsável ou, então, nas nossas costas está-se a cozinhar um governo de bloco central”.

    Esse caso não seria um problema para o Chega, até pelo contrário, de acordo com o líder do partido: “O Chega aí será líder da oposição porque será a terceira força política. Isso era… mãe do céu… era uma dádiva dos céus”.

    “Se PS e PSD se entenderem por não conseguirem estar de acordo com as bandeiras do Chega, por nós ótimo, vamos liderar a oposição e o Governo vai ter mesmo oposição, não vai ser como aqui”, argumentou.

    Este cenário seria, exemplifica André Ventura, “o que aconteceu em Espanha, [em que] o Vox está com 20% das sondagens”.

  • Jerónimo fecha campanha: "Voto na CDU é o voto mais seguro para defender valores democráticos"

    Não podia ser mais claro: a CDU quer impedir a direita de crescer. Se os últimos discursos são sempre dedicados a apelar ao voto, esta noite na CDU nem por um momento se esqueceu a sombra da direita e extrema-direita que paira no ar.

    “O voto na CDU é o voto mais seguro para defender os valores democráticos”, disse Jerónimo lembrando que a CDU não está apenas “em tempo de eleições, mas para defender os direitos conquistados e impedir retrocessos”.

    E se o tom do discurso já mostra uma CDU ciente da formação do bloco central, ainda assim Jerónimo deixou um hipotético caderno de encargos para o pós eleições: “A CDU é a força da convergência para a seguir às eleições fazer valer direitos, valorizar salários e pensões, salvar o SNS, defender os direitos das crianças e dos pais, estabilidade na habitação e emprego.”

    E como a CDU fechou a campanha em Braga, Jerónimo lembrou a relação que o PCP sempre teve com as gentes de Braga que se viu consubstanciada na eleição de um mandato pelo círculo, que entretanto se perdeu, mas que o secretário-geral acredita poder recuperar: “Olho para este círculo e tenho otimismo e confiança”.

  • Rodrigues dos Santos põe Chega e IL no mesmo saco e dedica discurso final a distinguir-se do resto da direita. Acabou a campanha do CDS

    O CDS encerrou esta sexta-feira a campanha eleitoral com a maior mobilização humana destas duas semanas: uma arruada pelas ruas da Baixa de Lisboa (cujo arranque ainda se cruzou com os militantes do PSD, que desmobilizavam depois do comício de Rio no Terreiro do Paço) e um comício final em frente à sede do partido, no Largo do Caldas.

    À cabeça do desfile, Francisco Rodrigues dos Santos foi acompanhado por dois ex-presidentes do CDS: José Ribeiro e Castro (número 2 por Lisboa) e Manuel Monteiro. O líder dos centristas aproveitou a presença das duas figuras para reiterar a importância histórica do CDS para a democracia portuguesa e para sustentar os seus argumentos contra o Chega e a Iniciativa Liberal — partidos que disputam grande parte do eleitorado tradicional do CDS e que Francisco Rodrigues dos Santos acusa de serem “cópias” do CDS.

    Foi, aliás, esse o grande mote do discurso de encerramento da campanha, já no Caldas. “Somos indispensáveis a Portugal”, afirmou Rodrigues dos Santos, assegurando que “o CDS de hoje é o mesmo que esteve sob cerco no Palácio de Cristal há 47 anos”. Sublinhando que “sempre foi difícil ser do CDS”, o líder dos centristas não se absteve de classificar os valores do seu partido como “conservadores”.

    “Os valores são antigos, mas são bons”, disse, sublinhando que “se não fossem bons não tinham resistido” ao longo das décadas.

    Rodrigues dos Santos disparou diretamente contra a IL e o Chega, colocando-os no mesmo saco e acusando os liberais de votarem “a favor da esquerda” em assuntos que mexem com “valores dos democratas-cristãos”. Contra o Chega, Rodrigues dos Santos lembrou que o CDS “sempre foi a fronteira” que impediu que em Portugal se cruzassem “linhas azuis” para o “populismo”.

    No segmento mais apoteótico do seu discurso final, Rodrigues dos Santos perguntou aos presentes “quem foi o partido que sempre defendeu” um conjunto de valores, incluindo a defesa do mundo rural, da vida, das touradas, da autoridade das forças de segurança ou da liberdade económica — e recebeu consecutivas respostas no mesmo sentido: “O CDS!”

    “Foi o Chega? Foi a IL? Vota CDS”, rematou Francisco Rodrigues dos Santos. “Aqueles que procuram o CDS fora do CDS estão a comprar gato por lebre.”

    O líder dos centristas repetiu, no discurso final, outro dos argumentos centrais que tem usado ao longo da campanha: além de tentar impedir a fuga de eleitores para o Chega e a IL, o CDS quer também atrair os eleitores do PSD que não querem dar oportunidades a Rui Rio para fazer um “frete” a António Costa. O CDS, reiterou Rodrigues dos Santos, será o único partido a obrigar o PSD a governar à direita sem entendimentos com o PS.

    Antes de Francisco Rodrigues dos Santos falou Ribeiro e Castro, que além de atacar o Chega, sublinhando que o CDS não abdicará de defender os direitos humanos, também se atirou às sondagens, prometeu que o partido seria a surpresa da noite eleitoral e elogiou a “bravura, a coragem e o ânimo” do atual líder do CDS — afirmando, logo a abrir o discurso, que Rodrigues dos Santos deu “um baile” a Ricardo Araújo Pereira no programa da SIC, superando uma das provas “mais difíceis” para um político na televisão portuguesa.

    A arruada com que Francisco Rodrigues dos Santos encerrou a campanha eleitoral partiu da Rua Augusta, na Baixa de Lisboa, e contou com algumas centenas de apoiantes, que rumaram à sede do partido, numa disrupção com a tradição de descer o Chiado. Aliás, Ribeiro e Castro afirmou-o no seu discurso: “Como é que um partido fundado há 48 anos nunca se lembrou de fazer isto? Como é que precisamos de descer o Chiado quando podemos subir a [rua da] Madalena?”

  • Rio admite uma ‘geringonça’ de direita se perder mas nunca com Chega

    Já depois de ter discursado no final da arruada no Chiado, Rui Rio concedeu breves entrevistas aos três canais generalistas onde aproveitou para fazer o balanço da campanha e lançar pistas para o futuro.

    Em entrevista à SIC, Rui Rio admitiu pela primeira vez formar uma geringonça à direita mesmo perdendo as eleições — essa maioria, no entanto, não contaria com o Chega.

    A declaração de Rio foi sendo interpretada como uma abertura à inclusão do Chega numa solução alternativa de poder, algo que Rui Rio foi negando ao longo de toda a campanha, incluindo nesta mesma entrevista à SIC.

    Ao Observador, fonte oficial do PSD esclareceu que não está, nem vai estar nos planos de Rui Rio incluir nessa tal teórica geringonça de direita o Chega — a referência de Rui Rio era apenas sobre IL e CdS.

    Quanto ao resto, vale o que Rio disse: António Costa já provou que a praxe parlamentar mudou e que será a direção nacional a decidir se há ou não condições para oferecer uma alternativa de direita estável.

  • Cotrim fala da "porta que se abriu", o 3º lugar, e ataca BE, PCP e Chega

    Cotrim Figueiredo faz agora um apelo aos jovens no último discurso de campanha: “Estão interessados em decidir o vosso futuro? No domingo não fiquem em casa. Venham votar — em quem quiserem. Mas sobretudo se acreditarem naquilo que estamos a defender e no futuro que estamos a construir para vocês, venham votar na Iniciativa Liberal”.

    Aponta depois à hipótese do partido ficar em terceiro lugar: “Foi uma porta que se abriu e talvez muitos não esperassem. Aqui vos digo: quem quiser acabar com o bipartidarismo que afeta e sufoca Portugal há tanto tempo, vota na IL. Se não quiseres que o Chega fique em 3º lugar — é um partido populista, que põe portugueses contra portugueses e que representa um retrocesso — vota IL”.

    A quem não quer que o terceiro lugar vá para o Bloco de Esquerda, “essa emanação de uma doutrina que nunca existiu, se existisse nunca resultaria e não faz falta nenhuma”, pede o voto na IL. Diz o mesmo a quem não quer em terceiro lugar “o Partido Comunista Português, uma organização estalinista, promotora de ditaduras, opressão e miséria”.

    O candidato liberal deixa ainda um apelo a quem o ouve: “Dirijam-se àqueles que possam estar confinados no domingo. Lembrem-se que é possível ir votar. Esse direito está garantido, não fiquem em casa, não deixem que outros escolham por vós, não tenham medo. Vão votar e quando forem votar ponham a cruzinha à frente de onde diz Iniciativa Liberal”.

    O discurso termina ao som de gritos de um dos slogans do partido nesta campanha, proferidos por Cotrim e pelos apoiantes que o ouvem em coro: “O liberalismo funciona e faz falta a Portugal”. Remata o presidente da IL: “Viva a Iniciativa Liberal! Por um Portugal mais liberal!”

  • Cotrim: "Trouxemos ideias novas, marcámos a agenda. Só por isso já ganhámos"

    Cotrim Figueiredo prossegue o último discurso de campanha: “O nosso objetivo eleitoral é 4,5% e eleger 5 mandatos. Podem subir ou descer sondagens, acontecer o que quiserem, a nossa estratégia clara”.

    Acrescenta: “Nunca contribuiremos para viabilizar um Governo do PS, nunca viabilizaremos uma geringonça 3.0 e nunca participaremos numa solução de Governo que inclua Chega. Dizemos isto há muito. Esta clareza compensa. É uma maneira diferente, clara de fazer política: assumir compromissos e responder por eles”.

    Nota ainda: “Os temas que a IL trouxe marcaram a agenda nesta campanha. Quantos teriam falado na taxa única se não fossemos nós? Ninguém. Na TAP? Ninguém. Na necessidade absoluta de Portugal crescer? Ninguém. Em fazer uma reforma profunda no SNS? Ninguém. Trouxemos ideias novas, marcámos a agenda nesta campanha e só por isso já ganhámos”.

  • "No próximo domingo, Portugal precisa de um voto com utilidade", apela Inês Sousa Real

    Inês Sousa Real fala a esta hora no palanque no jantar de encerramento da campanha, num restaurante em Lisboa.

    Para o PAN, diz, é preciso “garantir uma reforma no país estruturada e não a política costumeira pensada a quatro anos”.

    Inês de Sousa Real defende também que é “fundamental” a recuperação socioeconómica e aponta para os fundos do PRR e da PAC. E acusa ainda “alguns partidos” de “negacionistas” das alterações climáticas.

    A porta-voz do PAN prossegue, visando os partidos “do sistema”. “A receita utilizada até agora pelo PS e PSD, de mãos dadas ao CDS, que admite abrir porta ao próprio Chega, não serve quem deveria servir”, atira.

    Aos socialistas, acusa também o Governo de António Costa de “ser capaz de assinar contratos de exploração do lítio”.

    “Nas eleições do próximo domingo, Portugal precisa de um voto com utilidade”, apela. Sousa Real acusa agora o PS de ter “esquecido a classe média” e o PSD de querer adiar “o alívio fiscal da classe média”, para concretizar uma ideia: “O voto útil que muda a vida das pessoas é no PAN”, afirma.

  • Cotrim Figueiredo visa PSD e CDS sobre a TAP: "Não mudamos de posição de 3 em 3 anos"

    Cotrim Figueiredo, presidente da IL, já discute: “Sabíamos as bandeiras que queríamos erguer bem alto e com as quais queríamos atrair a atenção e o voto dos portugueses. Queremos subir o salário líquido dos portugueses mas não é como o PSD, lá para 2025 ou 2026, é baixando o IRS já”.

    “Queremos acabar com vergonha que são as listas de espera na saúde, mas reformando estruturalmente o sistema e introduzindo concorrência e liberdade de escolha, finalmente”.

    “Precisamos de e queremos emagrecer o Estado, mas não é com tibiezas. É por exemplo privatizado o Estado o quanto antes. Não mudamos de posição sobre a TAP de 3 em 3 anos. Propusemos em janeiro de 2010, PSD e CDS abstiveram-se, todos os outros votaram contra”.

  • Guimarães Pinto visa PS e esquerda: "Só conhecem um caminho de mobilidade social: o do nepotismo"

    Para Guimarães Pinto, os socialistas e estatistas “odeiam o mérito porque só conhecem um caminho de mobilidade social: o caminho partidário, de nepotismo, bajulação e sabujice”. O mérito, diz, é encarado como só podendo “ser resultado da sorte ou da ação do Estado, nada pode ter sucesso fora do Estado”. E quem o tiver é “esmagado por impostos, multas e burocracias até se submeter”.

    Fala depois de Pedro Nuno Santos e da TAP, denunciando o que considera ser uma “obsessão de nacionalismo socialista”.

    “Desviar dinheiro do Estado para empresas falidas? É esta a nossa realidade. Entre os países desenvolvidos, Portugal continua a ser um país pobre. Há discursos que tentam desviar as atenções dos verdadeiros responsáveis pela nossa pobreza: quem dirigiu o país. Não é dos outros, é deles. Não deixem que nenhum político vos diga que a culpa de serem pobre é do vizinho que ganha mais ou de quem ganha apoio social”.

    Critica depois quem tenta colocar “negros contra brancos, brancos contra ciganos, mulheres contra homens, pobres contra ricos”. E recusa “abraços de urso de líderes com tiques autoritários”.

  • Guimarães Pinto antecipa vitória da IL no dia 30: "A grande dúvida é se iremos ter mais ou menos deputados do que BE e PCP"

    À distância por ter sido infetado pelo novo coronavírus, o antigo presidente da Iniciativa Liberal e atual cabeça de lista pelo distrito do Porto, Carlos Guimarães Pinto, já discursou na festa de encerramento da IL em Matosinhos.

    Guimarães Pinto diz que hoje “a grande dúvida é se iremos ter mais ou menos deputados do que o PCP e BE. Quando colocamos isto nesta perspetiva, percebemos que no domingo só nos podemos sentir vencedores. Podemos ganhar mais ou menos, mas iremos ganhar”.

    “Ganhamos porque conseguimos marcar a discussão pública, obrigámos todos, da direita à esquerda, a posicionarem-se sobre as nossas ideias”, diz o ex-líder. E acrescenta: “Só conseguem rebater argumentos que não temos, ideias que não defendemos. No dia que tentassem argumentar contra as consequências das políticas que verdadeiramente defendemos, ficariam sem factos para sustentar”.

    Outro mérito da IL nesta campanha foi “colocar a discussão sobre o mérito na agenda, a importância de premiar o mérito. Fizemos com que caísse a máscara ao socialistas. Odeiam o mérito porque o único mérito que conseguem ter é o de enganar os portugueses ano após ano”.

  • O que defendem e o que fariam se fossem eleitos? As propostas dos partidos sem assento parlamentar

    Aliança, ADN, Ergue-te, JPP, MAS, MPT, NC, PTP, R.I.R e Volt são nove partidos que se candidatam a estas legislativas e procuram obter representação parlamentar. O que defendem o que apoiariam?

    O que defendem e o que fariam se fossem eleitos? As propostas dos partidos sem assento parlamentar

  • Francisco Louçã processa o vice-presidente do Chega

    O ex-coordenador nacional do BE, Francisco Louçã, vai processar o vice-presidente do Chega, Pedro Frazão, após este ter escrito um tweet em que dava conta que o antigo líder bloquista tinha recebido uma avença do BES, na altura liderado por Ricardo Salgado.

    “É preciso parar com esta contaminação do espaço público pela mentira”, vincou Francisco Louçã à CNN Portugal, explicando que a ação que deu entrada no tribunal é um “processo especial de tutela da personalidade por ofensas diretas e ilícitas cometidas contra o direito à honra”, por terem sido publicadas informações que considera “falsas”.

    Ao mesmo canal de televisão, Pedro Frazão revelou ainda não ter sido notificado, referindo que retira a publicação, mas só se Francisco Louçã “provar que não recebeu nada do BES”.

  • Fotografias. PS e PSD cumpriram tradição e fizeram a tradicional descida do Chiado

    A descida do Chiado do Partido Socialista começou pouco depois das 15h. António Costa contou com a presença de vários ministros do seu Governo como Siza Vieira, Mariana Vieira da Silva ou João Gomes Cravinho e também o antigo presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina. Também Edite Estrela esteve ao lado do candidato socialista.

    Campanhas para as eleições legislativas de 2022: Descida do Chiado, em Lisboa, do Partido Socialista, António Costa, secretário-geral do PS e candidato a primeiro-ministro. As eleições legislativas realizam-se no próximo dia 30 de janeiro de 2022. Lisboa, 28 de janeiro de 2022. JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

    JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

    Do PSD a tradicional descida do Chiado, que contou com a presença de Santana Lopes, começou pouco depois da hora marcada, 16h00, logo depois do PS. Também Carlos Moedas, presidente da câmara municipal de Lisboa, esteve presente ao lado de Rio.

    TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

  • Jerónimo diz que PS não pode dizer que quer governar se admite "governar lei a lei com PSD"

    A caravana da CDU ainda não tinha ultrapassado Santa Maria da Feira em direção a norte. No último dia de campanha, antes do comício de encerramento em Braga, a CDU veio até Santa Catarina numa arruada em passo rápido para atirar críticas aos socialistas.

    E se a arruada foi menos participada que a de ontem no Chiado, já a receção e o entusiasmo pela presença de Jerónimo foi bastante maior.

    Campanhas para as eleições legislativas de 2022: Ação de campanha de Jerónimo de Sousa, candidato pela CDU a primeiro-ministro. Arruada na Rua de Santa Catarina. Porto, 28 de janeiro de 2022. FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

    FILIPE AMORIM/OBSERVADOR

    “O PS bem pode dizer que quer governar, mas já veio dizer que quer governar lei a lei”, apontou Jerónimo por entre risos irónicos quando falou do “acordo de cavalheiros” que Augusto Santos Silva admitiu entre PS e PSD.

    Com o habitual palanque montado em Santa Catarina, Jerónimo de Sousa ainda puxou do “PSD vestido em pele de cordeiro” que tenta durante a campanha eleitoral “dissimular as verdadeiras propostas”.

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