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Histórico de atualizações
  • Bom dia. Este liveblog fica por aqui. Pode continuar a acompanhar todas as atualizações sobre o conflito na Ucrânia no link abaixo.

    Rússia “suspende participação no acordo para exportar cereais” ucranianos

  • Ponto de situação. O que aconteceu durante as últimas horas?

    O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que apenas a Rússia pode garantir a integridade e soberania da Ucrânia. As declarações foram feitas durante um discurso no Fórum de Discussão Valdai, onde afirmou que a Rússia “criou a Ucrânia de hoje”.

    Com o aproximar do dia em que se celebra a libertação do território ucraniano dos nazis, o Presidente Volodymyr Zelensky traçou esta quinta-feira uma comparação entre o atual conflito na Ucrânia e a Segunda Guerra Mundial. “O mal, que parecia ter sido finalmente derrotado e queimado em 1945, renasceu das cinzas 80 anos depois”, afirmou.

    • A Rússia voltou a convocar o Conselho de Segurança das Nações Unidas para insistir que a Ucrânia, apoiada pelos Estados Unidos, possuiu laboratórios que desenvolvem armas biológicas.

    • Andrei Yakunin, filho do ex-diretor da Ferrovia Russa, um dos homens fortes do Presidente russo, já foi libertado, avança a agência NEXTA. O russo, que tem também nacionalidade britânica, foi detido na Noruega depois de ter sido detetado a pilotar um drone sobre as ilhas de Svalbard.

    • O Presidente da Ucrânia disse que as tropas russas “não estão prontas” para sair de Kherson e que a alegada preparação de retirada é uma operação de informação.

    • O Presidente russo ainda não decidiu se vai marcar presença na cimeira do G20 na Indonésia, em novembro. Vladimir Putin garantiu que se não estiver no encontro, enviará uma delegação composta por altos funcionários em seu lugar.

    • Os Estados Unidos disseram não ter indicações de que os exercícios anuais “Grom” das forças nucleares russas sejam uma fachada para um lançamento real. “Não vimos nada que nos leve a acreditar, a este ponto, que se trate de algum tipo de atividade de fachada”, afirmou o secretário de Defesa norte-americano, Lloyd Austin.

    • As autoridades polacas demoliram nesta quinta-feira quatro monumentos erguidos durante o regime comunista como parte da “des-Russificação” dos espaços públicos no país, que foi intensificada com o início da guerra na Ucrânia.

    O que aconteceu durante a tarde?

    • O ministro dos Negócios Estrangeiro ucraniano, Dmytro Kuleba, falou esta quinta-feira com a homóloga alemã sobre a entrega de mais armas à Ucrânia. “Trabalhamos juntos para entregar mais armas à Ucrânia, incluindo através de parcerias com países terceiros”, escreveu Kuleba no Twitter.

    • A Rússia ainda não decidiu se vai prolongar o acordo que permitiu retomar as exportações de cereais através do Mar Negro, afirmou a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo.

  • Mal que parecia derrotado em 1945 "renasceu das cinzas", diz Zelensky

    Com o aproximar do dia em que se celebra a libertação do território ucraniano dos nazis, o Presidente Volodymyr Zelensky traçou uma comparação entre o atual conflito na Ucrânia e a Segunda Guerra Mundial.

    “O mal, que parecia ter sido finalmente derrotado e queimado em 1945, renasceu das cinzas 80 anos depois”, afirmou no habitual discurso. O líder ucraniano considera que isto se tornou possível de forma rápida, mas impercetível, num momento em que o mundo não estava atento. “Alguns estão sonolentos, outros a dormir. Alguns não estão a prestar atenção, outros não querem saber. E no geral, todos estão em silêncio e pensam o mesmo: não serei afetado. A guerra é algo distante”.

    Comparando as duas épocas, Zelensky afirma que, apesar de surgir com uma nova forma, o nazismo surge com o mesmo objetivo. “Mais tarde ou mais cedo, as memorias de uma guerra terrível transformam-se numa realidade terrível. O vizinho torna-se o agressor. O agressor torna-se um terrorista. E o nazismo torna-se um exemplo a seguir. Pode surgir com um novo disfarce, novos slogans, mas com o mesmo objetivo. Infelizmente, não é dos livros que sabemos isto”.

    No dia 28 de outubro, na Ucrânia recorda-se a saída das tropas nazis e para o líder ucraniano este ano a data tem um significado diferente. Celebrando-se “não segurando flores, mas armas”, torna-se um “símbolo”. “O resultado da nossa luta torna-se definitivamente a libertação da nossa Ucrânia. O território capturado tronar-se livre. Este sempre foi o caso no passado e será certamente o caso no futuro”, garantiu.

  • Rússia volta a insistir na acusação de armas biológicas apoiadas pelos EUA

    A Rússia voltou a convocar o Conselho de Segurança das Nações Unidas para insistir que a Ucrânia, apoiada pelos Estados Unidos, possuiu laboratórios que desenvolvem armas biológicas, acusação negada pelos países envolvidos.

    O embaixador russo junto à ONU, Vasily Nebenzya, indicou ter provas da participação do Departamento de Defesa norte-americano em laboratórios ucranianos perto da fronteira com a Rússia.

    Já o representante do departamento de Assuntos de Desarmamento da ONU Adedeji Ebo salientou que as Nações Unidas continuam a “não ter conhecimento de qualquer programa de armas biológicas” no país.

  • Polónia remove monumentos soviéticos para "des-Russificar" o país

    As autoridades polacas demoliram nesta quinta-feira quatro monumentos erguidos durante o regime comunista como parte da “des-Russificação” dos espaços públicos no país, que foi intensificada com o início da guerra na Ucrânia.

    Os monumentos foram removidos simultaneamente e, num discurso transmitido na televisão estatal, o diretor do Instituto Polaco de Memória Histórica (IPN), Karol Nawrocki, disse que o objetivo destas ações era “fazer desaparecer todos os monumentos que glorificam o sistema comunista na Polónia” e salientou que “estes monumentos não deveriam ter estado no espaço público polaco tanto tempo”.

    Polónia remove monumentos soviéticos para “des-Russificar” o país

  • Filho de aliado próximo de Putin já foi libertado

    Andrei Yakunin, filho do ex-diretor da Ferrovia Russa, um dos homens fortes do Presidente russo, já foi libertado, avança a agência NEXTA. O russo, que tem também nacionalidade britânica, foi detido na Noruega depois de ter sido detetado a pilotar um drone sobre as ilhas de Svalbard.

    A detenção ocorreu numa altura em que foram identificados vários drones a sobrevoar as zonas dos gasodutos noruegueses.

    Noruega já deteve sete russos que usavam drones para gravar imagens de aeroportos do país. O que está a acontecer?

  • Rússia não está pronta para sair de Kherson, diz Zelensky

    O Presidente da Ucrânia disse que as tropas russas “não estão prontas” para sair de Kherson e que a alegada preparação de retirada é uma operação de informação.

    “Este é um ataque para nos fazer ir até lá, para nos levar a transferir as nossas tropas de outras direções perigosas”, explicou em entrevista ao Corriere della Sera, citado pelo Ukrinform.

    Esta quinta-feira, os serviços de informações ligados à Defesa da Ucrânia já tinham indicado que a Rússia está a reforçar a defesa em Kherson e que não se iria render.

  • Rússia é o "único" país que pode garantir a soberania e integridade da Ucrânia, diz Putin

    O Presidente russo, Vladimir Putin, disse que apenas a Rússia pode garantir a integridade e soberania da Ucrânia. As declarações foram feitas durante um discurso no Fórum de Discussão Valdai, onde afirmou que a Ucrânia foi criada como um “estado artificial”, noticiou a Ukrainska pravda.

    “O único [país] que pode garantir realmente a soberania e integridade da Ucrânia é a Rússia, que criou a Ucrânia de hoje”, afirmou.

  • Não há decisão sobre presença de Putin na cimeira do G20

    O Presidente russo ainda não decidiu se vai marcar presença na cimeira do G20 na Indonésia, em novembro. Vladimir Putin garantiu esta quinta-feira que se não estiver no encontro, enviará uma delegação composta por altos funcionários em seu lugar.

  • EUA sem indicações de que exercícios nucleares sejam fachada para lançamento real

    Os Estados Unidos disseram que não têm indicações de que os exercícios anuais “Grom” das forças nucleares russas sejam uma fachada para um lançamento real.

    “Não vimos nada que nos leve a acreditar, a este ponto, que se trate de algum tipo de atividade de fachada”, afirmou o secretário de Defesa norte-americano, Lloyd Austin, citado pela Reuters.

  • Rússia não está a considerar usar armas nucleares na Ucrânia, diz Putin

    Vladimir Putin disse ainda que a Rússia nunca falou sobre usar armas nucleares e voltou a defender que a Ucrânia tem a tecnologia para criar a detonar uma “bomba suja” no próprio território.

    A acusação não é nova. Nos últimos dias, as autoridades russas disseram várias vezes, sem apresentar provas, que Kiev está a preparar-se para lançar um “bomba suja”, uma arma que utiliza explosivos tradicionais para espalhar material radioativo.

    Segundo o The Guardian, o líder russo disse também que a doutrina militar do país só permite utilizar armas nucleares em caso de defesa e rejeitou as alegações de que a Rússia está a pensar usá-las na Ucrânia.

    Putin também se mostrou disponível para retomar as conversações com os Estados Unidos sobre o controlo de armas nucleares, acrescentando que ainda não recebeu resposta de Washington sobre a “estratégia de estabilização”.

  • Putin diz que Erdogan é um "líder forte" e Xi Jinping um "amigo"

    Durante o discurso no Fórum de Discussão Valdai, o Presidente russo deixou um elogio ao homólogo turco, Recep Tayyip Erdogan, que descreveu como um “líder forte”, que sempre defendeu os interesses do seu país.

    O líder russo disse ainda que, apesar de Erdogan não ser sempre um “parceiro fácil”, a Turquia é um país “de confiança”, refere o The Guardian.

    Com o início da guerra na Ucrânia, a Turquia ofereceu-se para mediar as negociações entre Kiev e Moscovo e contribuiu para o acordo que permitiu retomar a exportações de cereais a partir dos portos ucranianos.

    Putin também falou sobre o Presidente chinês, Xi Jinping, que descreveu como um “amigo”. Quanto à relação entre a Rússia e a China, disse que é “aberta e eficaz”.

  • Ucrânia e Alemanha discutem envio de mais armas

    O ministro dos Negócios Estrangeiro ucraniano, Dmytro Kuleba, falou esta quinta-feira com a homóloga alemã sobre a entrega de mais armas à Ucrânia.

    “Trabalhamos juntos para entregar mais armas à Ucrânia, incluindo através de parcerias com países terceiros”, escreveu Kuleba no Twitter após o telefonema com Annalena Baerbock.

  • Kremlin pode não prolongar acordo de exportação de cereais, diz Ministério dos Negócios Estrangeiros

    A Rússia ainda não decidiu se vai prolongar o acordo que permitiu retomar as exportações de cereais através do Mar Negro, afirmou a porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo.

    Em declarações aos jornalistas, Maria Zakharova disse que a Rússia pode acabar por não prolongar o acordo porque está a enfrentar problemas para exportar fertilizantes e outros produtos alimentares. “[As exportações] estão bloqueadas devido às sanções ocidentais”, afirmou, citada pela CNN.

    A Rússia e Ucrânia assinaram em julho um acordo com a Turquia e ONU para retomar a exportação de cereais a partir dos portos ucranianos. O acordo previa também que Moscovo conseguisse exportar fertilizantes e produtos alimentares.

    As autoridades russas dizem que parte do acordo não está a ser cumprida e já ameaçaram não prolongar o acordo, cujo prazo acaba em novembro.

    “O secretário-geral da ONU disse que estávamos a falar de um acordo sobre a igualdade de duas partes (…). No que diz respeito ao memorando, não estamos a ver nenhum resultado”, disse ainda Zakharova.

  • Putin avisa: "Década será a mais perigosa, imprevisível e crucial desde o final da II Guerra Mundial"

    Vladimir Putin diz que está a ser “desenhada uma nova ordem mundial em frente aos nossos olhos”.

    “Após o colapso da União Soviética e a reestruturação geopolítica, o mundo unipolar está a chegar ao fim”, avisa Vladimir Putin, que adverte que esta década será a “mais perigosa, imprevisível e crucial desde o final da II Guerra Mundial”.

    “O Ocidente é incapaz de governar a Humanidade e tenta desesperadamente fazer isso. Estamos a assistir a algo revolucionário”, afirmou Putin no final do discurso.

  • Parlamento russo autoriza mobilização de ex-presos condenados por crimes graves

    Os deputados russos aprovaram hoje as alterações à lei que autorizam a mobilização de antigos presos que foram condenados por crimes graves, que poderão agora ser enviados para combater na Ucrânia.

    Trata-se de pessoas que foram libertadas da prisão há menos de oito anos (após condenação por terem cometido “crimes graves”) ou há pelo menos dez anos (para os “crimes particularmente graves”).

    Até agora, a lei sobre a mobilização decretada em setembro pelo Presidente russo, Vladimir Putin, proibia o recrutamento deste tipo de ex-presidiários.

    Agora, só aqueles que foram condenados por pedofilia, sequestro com reféns ou atentado, tráfico de materiais radioativos, espionagem ou alta traição não poderão ser mobilizados, de acordo com as alterações hoje aprovadas pela Duma, a câmara baixa do parlamento russo.

  • Rússia "não se quer tornar hegemónica", esclarece Putin

    Vladimir Putin defende que a “Rússia está apenas no seu direito a existir”. “Não queremos que a Rússia se torne hegemónica. Não queremos substituir o mundo unipolar por bipolar ou por tripolar. Não queremos um mundo unipolar.”

    “Todos os Estados têm de escolher o seu caminho original”, afirmou Vladimir Putin. Sistemas devem “justos” e a economia deve tornar-se mais “aberta” e “devem estar fora da jurisdação nacional”.

  • Ponto de situação. O que aconteceu durante as últimas horas?

    O Presidente russo discursou esta quinta-feira no Fórum de Discussão Valdai, acusando o Ocidente, “um conglomerado complexo em que não há unidade”, de promover uma “escalada de guerra na Ucrânia” e fazer parte de um jogo “perigoso, sujo e mortal”.

    Durante a intervenção, Putin disse ainda que o Ocidente está a “impor os seus valores, modelos de consumo” no mundo, acrescentando que a cultura do cancelamento do Ocidente “aniquila tudo o que é vivo e criativo” e “impede o crescimento do pensamento livre.

    • As autoridades pró-Rússia das zonas ocupadas da região de Zaporíjia anunciaram que os telemóveis dos cidadãos serão inspecionados devido a “propaganda”, noticiou a CNN.

    • A Agência Internacional de Energia afirmou que, paradoxalmente, a invasão da Ucrânia pela Rússia pode ter um efeito positivo para o clima, com uma potencial aceleração da transição energética devido ao aumento do investimento em energia sustentável.

    • Fontes do Governo alemão admitiram que os tubos do gasoduto Nord Stream 2 ficaram inutilizáveis após as explosões ocorridas em setembro e recordam que a instalação nunca obteve autorização para funcionar.

    • Satélites comerciais dos Estados Unidos e países aliados podem tornar-se alvos de Moscovo, caso estes se envolvam na guerra na Ucrânia, ameaçou Konstantin Vorontsov, vice-diretor do Departamento para a Não-Proliferação e Controlo de Armamento do ministério dos Negócios Estrangeiros.

    • De acordo com as estimativas das forças armadas ucranianas, até esta quinta-feira, a Rússia já perdeu 69.220 homens, 2.632 tanques, 271 aviões e 249 helicópteros.

    • O primeiro-ministro russo anunciou que o presidente da Câmara de Moscovo, Sergey Sobyanin, vai coordenar o desenvolvimento de medidas de segurança nas regiões russas. A informação foi divulgada no mais recente relatório do Ministério da Defesa britânico.

    • Um ataque das forças ucranianas provocou um incêndio num depósito de petróleo na cidade ocupada de Shakhtarsk (região de Donetsk), revelou o líder administrativo russo. Vitaly Khotsenko disse à agência de notícias Tass que 12 reservatórios foram danificados junto da estação ferroviária da cidade.

    • Pelo menos 1103 civis foram mortos e 2474 ficaram feridos na região de Donetsk desde o início da invasão russa, avançou o governador regional Pavlo Kyrylenko. Os números, diz o Kiev Independent, não incluem as mortes das zonas ocupadas de Mariupol e Volnovakha.

  • Putin compara russofobia ao antissemitismo e diz que Rússia não confia no Ocidente: "Como é que podemos falar com eles?"

    Vladimir Putin diz que o mundo ditado pelo Ocidente está “condenado”. Além disso, destaca que não pode negociar com os países ocidentais porque “não há estabilidade em nada”. “Dizem uma coisa, no dia a seguir o documento rasga-se. Como é que falamos com eles? Como é que podemos confiar neles?”

    Para Vladimir Putin, a intimidação do Ocidente para impor a sua hegemonia vai ter cada vez mais um “preço elevado a pagar”: “Se fosse um político ocidental, pensaria duas vezes”.

    “A Rússia nunca se considerou um inimigo do Ocidente”, ressalvou, dizendo depois que isso não acontece com os países ocidentais, comparando mesmo a russofobia ao antissemitismo.

    Para mais, Putin dias que há “dois Ocidentes”: “Um cristão, com liberdade e patriotismo — e até islâmico” e outro “cosmopolita, agressivo e neoliberal”.

  • Putin afirma que líderes ocidentais tentam "introduzir noções bizarras" no mundo como as "paradas gay"

    Vladimir Putin defendeu os “valores tradicionais” e o “respeito por todos os povos”, algo que é defendido por países africanos, da Eurásia e da América Latina: “Formam a espinha dorsal das civilizações”.

    “O Ocidente tenta introduzir noções bizarras ao mundo como as paradas e o casamento gay”, atira Vladimir Putin, acrescentando que só num “mundo multipolar” se poderá obter “autonomia”.

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