Vivemos um tempo particularmente relevante para a definição do futuro. Perante as diferentes Propostas Eleitorais colocamos questões e antevemos com alguma previsibilidade, o que nos é prometido.

É inegável que Portugal tem sobre as Famílias e Empresas com rendimentos, uma carga fiscal que é das mais elevadas da Europa, que impede a criação de riqueza, o progresso, o crescimento económico e que … até convida ao ócio

Mas, também é verdade, que perante as funções sociais do Estado (subsídios, prestações sociais, educação, saúde e assistência, etc.) aquele dinheiro dos impostos é sempre insuficiente para tantas necessidades.

Não admitimos sequer o corte cego desses custos/apoios (que devem ser bem geridos) porque falamos de vidas humanas, de Educação, Saúde e de famílias carenciadas que se veem em situação de pobreza ou de desorientação, o que impõe uma intervenção social. Como modificar esta situação para que possa ser a Sociedade, por si, a providenciar pela sua subsistência e bem-estar (dar o peixe, ou dar a cana de pescar …)?

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Hoje impera o livre-arbítrio, o individualismo, o prazer imediato e a satisfação de exigências nem sempre estruturadas. Este tempo não nasceu do NADA. É fruto de políticas, legislações e ideologiasque ao longo dos últimos 40 anos se têm implantado na Sociedade sem que se avalie o seu impacto.

Uma Sociedade tem tantos mais custos sociais, quanto mais desestruturada está. Alguns exemplos:

  1. O “desprezo legislativo” pela instituição “Casamento” gera família estáveis e disponíveis para ter filhos?
  2. A “irresponsabilidade” promovida pela legislação do divórcio, ajuda na avaliação pessoal dos actos que levam àquele?
  3. Os longos processos judiciais de menores (em risco, ou não …) quanto custam ao Estado? Têm efetivamente sucesso?
  4. Quantos técnicos são hoje necessários junto de tribunais, CPCJ, Segurança Social, etc. para acompanhar crianças e jovens vítimas de casamentos descartados, ou filhos de (pobres) pais cujo dia de trabalho dura 14 horas?
  5. Perante uma gravidez não planeada, o que oferece o Estado à mulher grávida?
  6. As consequências das práticas de aborto em termos de saúde física e psíquica das mulheres, têm sido avaliadas?
  7. Promovem-se processos judiciais por falsas violências domésticas?
  8. A escola baseada num qualquer modelo ideológico que omite a preparação científica, sem regra de vida, e que empurra para uma existência anémica … é capaz de gerar cidadãos mais aptos?
  9. Os baixos salários da chamada classe média, e os longos períodos de subsídios de desemprego, promovem a produtividade?
  10. Quais os incentivos dados ao trabalho a meio-tempo?
  11. A Ideologia de Género, altamente financiada, por entidades públicas, promove a Natalidade?
  12. As práticas de Procriação Artificial que fazem nascer crianças, deliberadamente sem pai, ou com 3, 4 ou 5 progenitores, geram novos conflitos e inconformidades?
  13. Que preocupação existe na arquitetura e no urbanismo para que as casas sirvam uma família com 2 ou 3 filhos, e não sejam apenas uma “gaveta” onde pessoas dormem?

Sob a bandeira do livre-arbítrio, da autodeterminação, tem-se legislado em matéria cujos efeitos na Sociedade têm custos muito elevados. Enquanto não houver a coragem de rever tais políticas, dificilmente seremos capazes de cortar custos sociais e baixar impostos.

É necessária uma reorganização da Sociedade, uma educação para a responsabilidade na 1.ª pessoa, o incentivo sério ao mérito e ao valor do esforço pessoal em todas as dimensões. É necessário valorizar a Família, a Escola e a Sociedade como agentes de regulação.

Prometer a redução da carga fiscal, na expectativa de que haja mais trabalho e este seja mais rentável, sem que se cuide do “capital humano” é uma falácia. É iludir em campanha eleitoral para desiludir na realidade da vida concreta.

É querer fazer uma casa, começando pelo telhado…