Estou muito entusiasmado com a Estratégia Nacional para o Hidrogénio. Segundo percebo, vamos passar uma corrente eléctrica por água para separar o hidrogénio do oxigénio e ficar assim com combustível. Como a electricidade é gerada por painéis solares, na prática vamos usar energia cara para produzir energia caríssima. É um processo químico chamado electrólise que, pelos preços que têm sido noticiados, nos vai deixar electrolisos. Porque a electrólise portuguesa é superior às outras. Além de separar hidrogénio de oxigénio, consegue ainda separar contribuintes portugueses de 7 mil milhões de euros. (É o valor que o Governo diz que vai ser investido por privados, o que quer dizer que é o valor com que o Governo vai subsidiar os privados, para que possam investir sem risco).
O Governo diz que temos mesmo de apostar no hidrogénio por causa da descarbonização e do clima. Que é a mesma justificação que nos deram para apostarmos nas energias renováveis. Em Portugal, mais renovável do que a energia eólica e solar, só a lábia do Governo a vender banha da cobra. Que, se fosse uma venda literal, acabava por prejudicar menos, porque a banha sempre é uma fonte de energia mais barata.
Entretanto, 15 anos e muitas facturas de electricidade depois, os portugueses já puderam ver o resultado do grande investimento em renováveis que foram obrigados a fazer. Um sacrifício que teve grande impacto no aquecimento global, como sabe toda a gente que se lembra daquele dia, em Maio de 2017, em que esteve frescote de manhã. Fomos nós! Valeu a pena.
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