Na passada quinta-feira, o eleitorado britânico demonstrou mais uma vez o seu bom senso e sentido de moderação. Os partidos radicais como o UKIP e o Brexit party simplesmente desapareceram do mapa. A direcção marxista da dupla Corbyn-McDonnel conduziu o Labour a uma derrota histórica só comparável à de 1935. E o velho partido Conservador — o mais antigo partido político do planeta — obteve uma larguíssima maioria parlamentar, comparável à de Thatcher em 1987, tendo quebrado o “muro vermelho” de inúmeros círculos eleitorais que votavam Labour desde 1918.
Charles Moore (biógrafo de Margaret Thatcher) titulou certeiramente a sua crónica no Telegraph do passado sábado: “A lógica da democracia neste país é de ferro, tal como a nossa rejeição do extremismo.” Nessa mesma edição, o Editorial do Telegraph tinha um título com uma mensagem semelhante: “O espaço do centro é agora o centro-direita”.
Para assinalar esta vitória da moderação e do bom senso no Reino Unido, optei por… manter a minha tradição de dedicar as duas crónicas antes do Natal (esta e a próxima) a sugestões de livros para o Natal. A democracia liberal, quando devidamente entendida, é acerca disso mesmo: a protecção pela lei de tradições livres e descentralizadas, não centralmente comandadas por patrulhas de activistas revolucionários ou contra-revolucionários, nem por vanguardas alegadamente iluminadas.
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