Na sequência do artigo que escrevi na semana passada no Observador, permitam-me que confesse desde já as minhas cores partidárias, já que fui astuciosamente catalogado como “xuxalista” pelos Blade Runners políticos que pululam por essa ciberesfera, sempre prontos a exibirem os seus talentos na nobre arte de apontar o óbvio – ou nem por isso. Presumo que a espécie “xuxalista” sobreviva “chuchando” à pala do PS, para não denegrir o gabarito desta publicação com um termo tão prosaico como “mamando”. Neste caso, contudo, o astuto agente em questão – para além de não ser muito proficiente na não menos importante arte de distinguir um “x” de um “ch” – está redondamente enganado, porque a minha cor votante oscila entre o rosa, o laranja e o verde, numa mescla digna de um lencinho de seda para o pescoço, do atelier de Vivienne Westwood.
Aproveito ainda para corrigir um outro paulatino defensor da verdade que traçou o meu historial político, passando este pela câmara municipal de Sesimbra e quiçá a Junta de Freguesia de Timbuktu? Pois aconselho o dito detective a apurar os seus dotes investigativos porque o mais próximo que jamais estive da carreira política foi ser convidado para integrar a lista F (?) para a Associação de Estudantes da Universidade do Algarve, quando por lá andei entre 90 e 94. Esse convite foi respeitosamente declinado, à semelhança de outros com que me lisonjearam durante a carreira docente – com vista à integração de corpos dirigentes – todos eles igualmente recusados devido a diferenças irreconciliáveis entre a minha visão e a do colectivo convidante. Essas diferenças residem essencialmente num ponto único: as listas concorrentes a posições de liderança assentam o seu discurso numa necessidade de mudança, enquanto eu sou um fervoroso defensor de não se mudar coisa nenhuma e, em vez disso, focarmo-nos mas é em fazer o nosso trabalho bem feito, porque a mudança mais não passa de um exercício cosmético que, de melhorias, só traz a facturação adicional às gráficas que têm de imprimir toneladas de papel timbrado novo.
Antes de passarmos ao tema principal destas linhas, permitam-me que exemplifique esta realidade com as tradicionais mudanças de nome às instituições, uma estratégia sagaz que qualquer cor nova que chegue a São Bento utiliza recorrentemente, sequiosa de mostrar trabalho. Tomemos como exemplo a Estação de Biologia Marítima, que depois passou a Instituto de Biologia Marítima, que passou então a Instituto Nacional de Investigação das Pescas, que depois passou para Instituto Português de Investigação Marítima – nomenclatura que adoptava quando por lá passei entre 94 e 97, daí estar familiarizado com este caso – que entretanto passou a Instituto de Investigação das Pescas e do Mar, depois Instituto Nacional de Agricultura e Pescas e creio que mais uma ou duas outras denominações até à mais recente, Instituto Português do Mar e da Atmosfera. O edifício é o mesmo e os investigadores que lá moram também, laborando diariamente nas mesmas linhas de investigação pesqueira há seis ou sete décadas, zelando pelos nossos stocks pesqueiros, entre várias outras actividades. Pelo caminho, vários recém-chegados a São Bento pintaram denominações novas nos navios e viaturas da instituição, mudaram as letras de cobre que decoram o exterior do edifício e resmas incontáveis de papel timbrado e cartões de visita foram para o lixo, para darem lugar aos que ostentam o nome e logotipo novos, entre incontáveis outras mudanças que já devem somar uns belos milhões de euros. Agora multipliquemos este valor pelo número de instituições envolvidas nestas insidiosas manobras e, a seguir, pelo número de vezes que estas mudanças ocorreram e provavelmente chegamos a um número que faria a Isabel dos Santos corar de vergonha.
E que efeito tiveram estas tão necessárias mudanças profundamente frívolas na qualidade do trabalho desenvolvido por esta, ou outras, instituições, não só em Portugal mas por esse mundo fora? Zero. E é por este motivo que, se a minha carreira docente e empresarial um dia forem ao fundo, mais depressa meto uma mochila às costas e vou entregar hambúrgueres gourmet montado numa lambreta, do que abraço a vida política.
Terminado este preâmbulo bem mais longo do que era previsto, foquemo-nos então no cerne da questão que aqui nos traz: mas afinal #vamostodosficarbem, ou não?…
Dir-se-ia que, em pleno 2020, com maquinetas que andam por Marte à cata de amostras de solo e uma sonda que saiu do nosso sistema solar e entrou formalmente na fase interestrelar da humanidade – não sem antes virar a câmara para trás e tirar um belo retrato ao minúsculo e pálido ponto azul onde vivemos — seria relativamente simples estarmos todos devidamente informados acerca da perigosidade do vírus SARS-CoV-2. E, contudo, a multiplicidade de opiniões, quer profissionais quer amadoras, na rádio-TV-disco-e-cassete-pirata tornam praticamente impossível chegarmos a um consenso sobre a realidade dos factos, uma vez que somos inundados de “factos” intensamente díspares. Permitam-me o exercício audacioso de tentar fazer algum sentido de tudo o que temos lido nos últimos dias.
Comecemos com o famoso artigo do Dr. Pedro Caetano que, na minha visão, e de muitos outros, pecou por ser excessivamente punitivo e traçar um retrato demasiado pessimista da realidade portuguesa. Tive a oportunidade de comentar esse artigo – tal como variadas outras individualidades – mas, entretanto, o autor já voltou à carga, desta vez focando-se no número de óbitos por milhão de habitantes e num tom consideravelmente mais conciliador, talvez de modo a evitar o valente ensaio de porrada que o primeiro artigo despoletou. Mesmo assim, e consciente da minha falta de qualificação técnica para tal, permitam-me discordar da visão de que o número de óbitos por milhão de habitantes em Portugal (80 no dia 23 de abril) é perigoso, uma vez que é consideravelmente mais baixo do que os dantescos 523 na Bélgica (que tem população idêntica à portuguesa), 456 em Espanha, 408 em Itália, 310 em França, 261 no Reino Unido, 227 na Holanda, 174 na Suécia, ou mesmo 138 na Suíça.
É claro que “80” não deixa de ser um número elevado, mas vejamos no gráfico – elaborado (tal como os restantes) a partir de dados que tenho vindo a compilar dos “Relatórios de Situação” diários da Organização Mundial de Saúde – que a linha portuguesa é praticamente impossível de seguir, por estar enterrada sob outras da mesma ordem de magnitude e com progressões similares, como as da Dinamarca (66), Alemanha (59), ou mesmo Áustria (52), que é considerada como o modelo europeu a seguir. Bem mais preocupante parece-me o caso dos Estados Unidos que, actualmente com 115 óbitos por milhão de habitantes, demonstram uma subida repentina a partir da primeira semana de abril, que tem vindo a ultrapassar todas as métricas europeias e se prepara para chegar ao grupo do topo.
De qualquer forma, há que valorizar o mérito das análises do Dr. Pedro Caetano e digo-o sem ironia. Interrogo-me, contudo, se viremos a ter mais sequelas a estes dois artigos, evocativas de sagas como “The Fast and the Furious” que já vai na sua sétima (?) edição, sendo que podemos eventualmente contar com sub-títulos imaginativos para as múltiplas rondas de comentários acutilantes deste autor, como “Burrito Epidemiológico VII – factos gravosos envoltos numa tortilha mais fumegante do que nunca”.
Despeçamo-nos do Dr. Pedro Caetano, que redige os seus artigos em Oxford – onde labora numa farmacêutica de renome – para nos concentrarmos na boa notícia de que, também em Oxford, no dia 23 de abril começou a ser testada uma vacina em seres humanos. Embora ainda não tenhamos certeza absoluta de que irá funcionar, a expectativa é muito elevada e desejamos todos muito sucesso aos cientistas por trás deste progresso tremendo, que está a ser espelhado por outros profissionais um pouco por todo o mundo, num exercício de colaboração científica – à escala planetária – sem precedentes. É bonito testemunhar que a humanidade – capaz de actos hediondos – também consegue reunir esforços e caminhar de mãos dadas num direcção única, quando a urgência assim o dita.
Saltemos agora para a visão de André Dias que, admito, me intrigou inicialmente e suscitou sérias dúvidas quanto à necessidade de um lockdown. Efectivamente entendi os argumentos deste jovem investigador, cuja carreira é, nem mais nem menos, modelar epidemias, pelo que li e ouvi atentamente o que tem para dizer. No final do seu artigo e entrevista persistiram-me duas dúvidas:
- Como se explicam as taxas de letalidade tremendas em França (17,9% em 21 de abril), Bélgica (14,6%), Itália (13,4%), Reino Unido (13,4%), Suécia (11,5%), Holanda (11,5%) e Espanha (10,4%)? Note-se como Portugal está, mais uma vez, no grupo dos números menos corrosivos, com 3,7% de óbitos nos casos positivos, valor perfeitamente enquadrado num grupo de outros países europeus que inclui a Dinamarca (4,8%), Suíça (4,2%), Alemanha (3,3%) e Áustria (3,1%), como se pode observar no gráfico, também este elaborado a partir dos dados da OMS.
- Qual seria a letalidade desta pandemia se não tivesse existido lockdown, como advoga o André?
Verdadeiramente intrigado com estas questões, remeti-as ao André propriamente dito, que teve a amabilidade de aceitar o meu pedido de amizade Facebookiano e me responder de imediato que, relativamente ao primeiro ponto, se trata de uma questão de ruido dos testes PCR, uma vez que detectam apenas os mais graves e, em alguns países, só se testam precisamente os casos aparentemente mais urgentes, nomeadamente os internados. Não é de estranhar, por isso, que esta filosofia disponibilize maior letalidade. A segunda questão foi respondia pelo André no próprio documentário, ao defender que o lockdown é redundante e que teríamos visto perfis epidemiológicos idênticos mesmo sem o dito #isolamentosocial.
O pressuposto de que a taxa de letalidade é fortemente afectada pelo número de testes tem eco num gráfico que elaborei propositadamente para testar esta teoria e que revela que os países com maiores taxas de letalidade fazem efectivamente parte de um grupo caracterizado por poucos testes por milhão, como é o caso de França (~7.100 no dia 23 de abril), Reino Unido (~7.300), Suécia (~7.400), Holanda (~10.000) e Bélgica (~14.400). Estes países exibem números de testes substancialmente abaixo de Portugal, que ocupa o primeiro lugar com ~29.500, Suíça (26.300), seguido da Alemanha (~20.600) e Áustria (~20.300). A fonte dos números de testes, tal como referido no gráfico, é o website worldometers.info.
Este gráfico parece realmente validar (ainda que parcialmente) a teoria de que maiores taxas de letalidade podem estar relacionadas com o número de testes – e, mais importante ainda, a filosofia que determina a execução destes.
Ora, estava eu prestes a abraçar a causa do André, embora não concorde com a visão de que a classe política agiu de forma insensata e nem concorde com a fraseologia de “suspensão da constituição” — que me parece exagerada – quando me metem este artigo de Luís Alexandre Costa à frente. Li-o atentamente do princípio ao fim e, apesar de não apreciar o tom mordaz e excessivamente punitivo em relação ao André – que me parece ter uma preocupação genuína com a veracidade dos factos –, fiquei com a sensação clara de que a esmagadora maioria das muitas explicações avançadas no artigo do Luís Costa fazia sentido. Moral da história, voltámos à estaca zero.
Vão surgindo então pequenos apontamentos que, como eu, tentam resumir os highlights desta saga, destacando-se este da página “Scimed – Ciência Baseada em Evidência”, em tom irónico. Apreciei particularmente o facto do post mencionar o meu artigo no Observador mas, para além de ridicularizar várias figuras de renome, não oferece nada de novo em termos científicos. Aliás, esta página está repleta de ciência, mas creio que lhe falta uma generosa dose de humildade, porque a ciência não precisa de ser sarcástica para com os entes não-científicos, como se estes fossem cidadãos de segunda categoria. Mesmo assim, partilharam o artigo do André e incitaram a um diálogo inteligente e construtivo, atitude meritória e que merece ser aplaudida.
Mas foi no dia 23 de abril que me chegou às mãos um artigo do The Economist que me fez encaixar sem qualquer reserva que estamos efectivamente perante um problema gravíssimo, se é que alguém ainda tinha alguma dúvida. O artigo revela mortalidades de fontes variadas, em vários países e regiões, desde janeiro até abril. Os picos em abril, devidos a causas “variadas” são notórios, mas os picos devidos a Covid-19 são gritantes, particularmente em Espanha, Nova Iorque, Lombardia, Bélgica, Istambul e várias outras geografias.
Terminemos com a página “Ciência em Portugal”, também esta repleta de dados sólidos, destacando-se os excelente gráficos de Paulo Matos, que busca incessantemente por múltiplas fontes de dados internacionais que lhe permitam compilar, por exemplo, a taxa de internamentos em UCI por milhão de habitantes, o número de óbitos diários por milhão de habitantes, entre variadas outras perspectivas interessantes e que debatemos amiúde diariamente.
Retomemos agora o foco inicial e admitamos que, no meio de tantos gráficos, posts e artigos torna-se difícil discernir em quais podemos confiar, ou não. Será que a política de #isolamentosocial, com a catástrofe económica inerente, foi a atitude certa? Será que o André Dias tem razão e tudo não passou de um terrível equívoco fomentado por medo? Será que é o Pedro Caetano que tem razão e Portugal é um dos locais mais perigosos do mundo?
Não me atrevo a responder a estas questões de forma directa, porque não tenho qualificação técnica para tal, mas posso partilhar o gráfico que actualizo diariamente e que mais satisfação me transmite, com dados exclusivamente retirados do Relatório de Situação diário emitido pela Direcção-Geral de Saúde à hora de almoço. No dia 23 de abril esse gráfico revelou vários aspectos que considero muito positivos e que indiciam claramente – na minha opinião – que as medidas tomadas foram as adequadas:
- Depois do cruzamento (no dia 22 de abril) da linha de casos internados (amarela, 1095 casos, consistentemente descendente) com a de recuperados (azul, 1201 casos, consistentemente ascendente), podemos ver agora como estas agora se afastam, ou seja, temos cada vez mais pessoas que já saíram dos hospitais do que as que estão lá dentro.
- É também cada vez maior a diferença entre os casos confirmados (cinza, 22.353) e activos (laranja, 20.332) e note-se ainda o pequeníssimo diferencial entre os casos confirmados (22.353) e a estimativa dos mesmos (linha azul tracejada, 22.603), que consiste na extrapolação da média móvel da taxa de crescimento diário dos 7 dias anteriores. Estes dois factos indiciam fortemente o abrandamento da subida no número de casos confirmados e, em breve, veremos o tão ansiado início na descida dos casos activos. Note-se que os casos activos correspondem aos confirmados deduzidos de recuperações e óbitos.
- O número total de testes efectuados (219.848) continua fortíssimo e um dos mais altos do mundo em termos de população (21.365 testes/milhão de habitantes);
- Para terminar, o número de internamentos em UCI (verde, 204) não pára de diminuir, o que é outro excelente indício da melhoria sistemática da situação.
Em suma, à luz de todos os números que vamos estudando, acredito firmemente que têm vindo a ser tomadas as decisões correctas e tremo só de pensar no que teria acontecido se não tivesse havido coragem política para tal.
Finda esta explanação técnica, porventura demasiado longa, gostaria de terminar como comecei, dirigindo alguma atenção aos comentários que alguns redigiram no artigo que escrevi acerca do Dr. Pedro Caetano. Vários desses comentários vociferam contra o meu apoio ao governo, que apelidam de incompetente e mentiroso.
A essas almas dirijo uma questão: qual foi o maior número de pessoas que já tiveram de coordenar? Eu posso começar por responder que, nos meus doze anos de Oceanário, a dada altura coordenava uma equipa de quatro maduros, sendo eu um deles, e não era tarefa fácil. Na Flying Sharks somos oito e menos fácil ainda é. Uma turma de futuros biólogos marinhos, da Escola Superior de Turismo e Tecnologia do Mar, tem vinte e cinco estudantes e metê-los todos no mesmo sítio, à mesma hora, para arrancarmos uma visita de estudo a uma armação de pesca é uma proeza digna dos Navy Seals norte-americanos.
E agora transponham essa dificuldade para o cargo de liderar 10 milhões de cabeçudos todos cheios de opiniões sobre como fazer as coisas.
Ou, mais realisticamente, tentem encaixar como será liderar 690 mil funcionários públicos. Se assumirmos que cada líder de equipa tem 10 malucos sob a sua alçada — e admito não fazer ideia se este número é realista, mas também não faz diferença para o caso, que é meramente ilustrativo – então os nossos cabecilhas em São Bento têm de garantir que 70 mil chouriços estão coordenados. Setenta. Mil. Pensem ainda naquele evento de team-building empresarial em que tiveram de arranjar forma de meter uma dúzia de colegas todos a remar na mesma direcção e lembrem-se de quão fácil (ou não) foi.
Faltaram EPIs no início, os números e estratégia de testes andaram a ser afinados durante duas semanas e nem sempre os valores que a ministra partilhou bateram certo, não foi? E rapidamente vieram para a internética bradar que parece mentira tanta desorganização, não foi? E, contudo, os italianos tiveram de escolher quem tinha ventilador e quem morria no corredor, mas nós não. Os espanhóis têm a polícia de choque nas ruas de Madrid a prender quem não responde satisfatoriamente porque não está em casa, uma vez que têm os hospitais a rebentarem pelas costuras e o SNS deles já teve de ocupar hotéis para dar resposta ao drama kafkiano que por lá se vive, mas nós vamos às compras e até nos damos ao luxo de passear tranquilamente ao sol. Os chineses trancaram toda a gente de Wuhan em casa e punham comida à porta dos prédios, enquanto construíam hospitais em tempo recorde, para dar uma cama aos milhares de doentes que lhes apareciam em catadupa, mas nós aqui estamos tranquilamente alapados em frente ao Netflix & HBO e vamos descontraidamente à rua comprar umas chamuças. Os americanos estão a morrer aos (aproximadamente) 2.000 (!) por dia há duas semanas porque o presidente deles acreditou — mais ou menos até ao momento em que suspeitou ser ele próprio positivo — que isto era só uma gripezita que ia desvanecer-se milagrosamente. O mesmo presidente que, agora, aconselha todos a tomarem hidroxicloroquina, ou a colocarem uma luz dentro do corpo, ou mesmo a injectarem desinfectante nas veias? Pensem nestes três exemplos, que bem podiam ser trezentos, ou mesmo trinta mil, lembrem-se de quando não conseguiram coordenar a compra do presente para o bebé recém-nascido da Clotilde da Contabilidade e, agora, venham-me dizer que, em Portugal, tem sido tudo mal feito e os políticos só fazem burradas.
Mas afinal #vamostodosficarbem, ou não?
Claro que vamos. Somos portugueses, carago. Mas há lá bicho que nos mande abaixo?…
#fiqueemcasa #façaasuaparte e #nãoresmunguetanto #copomeiocheio