A poucos dias das eleições autárquicas, Lisboa é o foco de todas as atenções, evidentemente.

Porque a sucessão de Costa se passa em Lisboa.

Está mais do que visto que a capital é a rampa de lançamento dos caudilhos socialistas (Sampaio, Costa, o incumbente Medina). Existe uma relação equívoca e nefasta, realmente biunívoca e de interdependência entre o poder central socialista e a CM socialista de Lisboa. Só não percebe quem não quer. E não querem perceber todos os dependentistas do poder, sejam ou não socialistas.

Desse ponto de vista muito prático, o socialismo tem as costas largas e cabem no seu apoio muitos centristas e direitistas declarados… O que nos leva ao ponto crucial, à pergunta de um milhão de euros: queremos (a grande maioria não esquerdista de lisboetas) que o Partido Socialista continue no poder, autárquico e central (i.e., com o poder total do Estado nas mãos)?

Com as suas imposições e alçapões não escrutinados, os seus arranjos/negócios para amigos, a sua falta de rasgo, a sua total falta de compreensão moderna do que é o mercado, a livre concorrência, a livre educação, o mérito e o empreendedorismo?

O seu facilitismo bacoco e irresponsável, a sua burocracia incompetente, lenta, cara e taxista?

A sua carga ideológica transversal que nos impede a todos de ser livres em permanência e de nos emancipar?

Está na hora de mudar em Lisboa o que queremos mudar em Portugal.

Existe um protagonista talhado para essa mudança, chama-se Carlos Moedas. A sua lista de candidatura a Lisboa fala de preparação individual, independência e motivação – uma lista de pessoas livres, que pensam pela sua própria cabeça, com provas dadas. Que partilham um mesmo mote de trabalho, abertura, rasgo, visão e um bom programa.

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Ainda há algum tempo disponível e no caderno de encargos de Carlos Moedas também gostaria de ver introduzido um ponto totalmente à sua medida e da equipa que lidera: a promessa da criação de uma Agência Europeia das Migrações com sede em Lisboa.

Apta a examinar, estudar, escrutinar e fiscalizar caso a caso as intenções reais, de fundo e também pessoais e familiares, bem como as condições socioeducativas e profissionais de acesso de todos os migrantes à Europa, os seus perfis, as suas mais-valias potenciais e, naturalmente, também os seus riscos potenciais e efectivos. Fazendo da migração um bem, uma dádiva, um dom e não um caso de puros contornos de medo e rejeição, criação de guetos, apoio ao crime, extorsão e violência.

Portugal e os Portugueses, com uma história carregadíssima, generosa e inteligente de saída e migração, sabem bem do que se fala.