É sina de quem anda nestas lides mediáticas ser preso por ter cão e por o não ter. Ou seja, por ser favorável ao Papa Francisco, ou seu crítico. É verdade que nenhum leitor, por muito distraído que seja, das minhas crónicas – aqui como na Voz da Verdade, jornal do patriarcado de Lisboa; na Família Cristã, dos paulistas; ou ainda no Ponto SJ, da Companhia de Jesus – pode ter qualquer dúvida sobre a minha atitude em relação ao Papa Francisco. Sempre estive e estou com o actual Papa, como estive com Bento XVI, São João Paulo II e todos os que os antecederam. Com a graça de Deus, serei também fiel ao próximo Papa, seja quem for o sucessor de Francisco na cátedra de Pedro.

Este meu posicionamento eclesial já mereceu duras críticas por parte de alguns sectores mais tradicionalistas da Igreja, que me acusaram, nas redes sociais, de papolatria e outras lindezas do género. São epítetos que não me aquecem nem arrefecem, porque entendo que a fidelidade ao Papa decorre da coerência na profissão da fé católica e não resulta de uma opção pessoal. Não se é fiel ao Papa como se é adepto do Benfica, do Sporting ou do Porto, mas na medida em que se é coerente com a fé da Igreja, que não é possível senão na comunhão eclesial.

Pelo Público de ontem soube que este jornal “procurou, por exemplo, ouvir o porta-voz do Opus Dei (…). Também não foi possível contactar uma das suas figuras mais mediáticas, o padre Gonçalo Portocarrero de Almada” (p. 9). Talvez por eu estar, por razões de ordem pastoral, fora de Lisboa, não tenha sido possível ao Público, ao qual agradeço a deferência, estabelecer este último contacto. Mas, como não represento, nem sequer oficiosamente, os fiéis da prelatura, nem muito menos os seus responsáveis nacionais ou internacionais, não me posso por eles pronunciar. De todos os modos, se o que esse jornal queria saber era a minha posição pessoal, era escusado contactarem-me para o efeito: sempre estive e estou com o Papa. De São Josemaria Escrivá, fundador do Opus Dei, aprendi este lema, a que tenho procurado ser fiel: todos com Pedro, a Jesus, por Maria!

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