O início de 2022 viu a chegada inesperada de Zelensky à defesa do Ocidente. O fim do ano foi marcado pela morte de Bento XVI. Ambos acusam o Ocidente de não acreditar nos seus próprios valores: Zelensky na liberdade humana, Bento na tradição judaica-cristã que está na base da matriz liberal.

Em cima da mesa está o facto de a competição com a China e a Rússia serem, para além da Ucrânia e de Taiwan, sobre a substituição dos valores do Ocidente pelos sistemas de valores de Xi e Putin. Por isso, Zelensky e Bento acusam as populações do Ocidente de se terem tornado moralmente brandas e politicamente desligadas de qualquer crença firme nos valores democráticos liberais. Bento dizia que a Europa tinha um estranho “ódio a si própria“, e acusava-a de ser uma “apostasia de si mesma, mesmo antes [de ser um apóstata] de Deus“, ao ponto de “duvidar da sua própria identidade“.

Pode parecer irrealista alistar o falecido Papa para a competição com a China e a Rússia.

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