Portugal pagou à troika cerca de 4,4 mil milhões de euros em juros e comissões pelos empréstimos do resgate internacional desde o início de 2012, quando a síntese de execução orçamental começou a compilar estes números. De acordo com a direção-geral do Orçamento (DGO), destes 4365,5 milhões de euros que foram pagos por Portugal ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e aos dois mecanismos da União Europeia e da zona euro que emprestaram dinheiro a Portugal, 164,7 milhões de euros dizem respeito apenas a comissões.

Os restantes 4.200 milhões de euros são juros do empréstimo que originalmente se previa que fosse de 78 mil milhões de euros, mas com a decisão de Portugal de abdicar da última tranche do empréstimo internacional (depois de o Tribunal Constitucional ter chumbado os cortes nos salários que estavam no orçamento no final de maio) e das variações nas taxas de câmbio que afetam a parcela do empréstimo do FMI, acabou por ficar mais perto dos 77 milhões de euros.

O valor tem vindo a crescer de ano para ano e prevê-se que, em 2014, venha a ter a fatura mais elevada, fruto naturalmente do valor do empréstimo ter vindo a crescer com os desembolsos referentes à aprovação de cada uma das revisões.

Em 2012, a fatura com juros e comissões paga à troika atingiu os 1.171 milhões de euros, subindo para os 1760 milhões de euros em 2013 e entre janeiro e agosto deste ano cifrava-se nos 1434,5 milhões de euros, mais 139,4 milhões de euros que o que se verificava no final de agosto de 2013.

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