O final do ano é, geralmente, uma altura de reflexão. Por causa disso, o The Wall Street Journal perguntou a alguns empresários (e não só) de sucesso quais foram os piores e os melhores investimentos que fizeram ao longo da vida. Fique a conhecer alguns.

Paul Volcker, antigo presidente da Reserva Federal dos EUA entre 1979 e 1987

Para Paul Volcker, o pior investimento que alguma vez fez foi passar tanto tempo no Governo. Por outro lado, considera que o melhor investimento também foi passar tanto tempo no Governo — “por mais frustrante que tenha sido”.

Mellody Hobson, presidente da Ariel Investments

Ao The Wall Street Journal, Mellody Hobson disse que o seu melhor investimento foram os estudos universitários. “Era a mais nova de seis filhos. A minha mãe era mãe solteira”, contou ao jornal. “Costumávamos ser expulsos e o telefone era desligado, porque não conseguíamos pagar as contas”.

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A mãe sempre lhe disse que os estudos acabariam por se pagar a eles próprios, e Mellody nunca deixou de acreditar nisso. O primeiro ordenado que recebeu foi de 35 mil dólares (28.658 euros), o que lhe permitiu, a pouco e pouco, o empréstimo que fez para conseguir estudar. “Hoje em dia, muitas pessoas questionam o valor da edução, mas penso que a matemática é inquestionável”, referiu. “Vai dar sempre lucro”.

Dolly Parton, cantora e co-proprietária do Dollywood Theme Park em Pigeon Forge nos Estados Unidos da América

Para a cantora, o melhor investimento de sempre foi “sem dúvida Dollywood”. “Foi a realização de um sonho”, confessou ao The Wall Street Journal. Para além de ser um local de diversão para as famílias, criou também postos de trabalho para as pessoas da região — para “a minha gente”.

Dana Gioia, professor de poesia e cultura pública na Universidade da Califórnia do Sul e antigo presidente do National Endowment for the Arts

Em 1964, quando tinha 13 anos, Dana Gioia, gastou 53 dólares (43 euros) para comprar uma moeda de ouro. “Nunca tinha gasto tanto dinheiro nalguma coisa, mas a moeda parecia magnífica aos meus olhos”. Mas, aquele que poderia ter sido um bom investimento, tornou-se no pior que o professor alguma vez fez. Ao chegar a casa, deixou cair a moeda, fazendo com que esta se rachasse e perdesse, assim, todo o seu valor. “A experiência mostrou-me que não é apenas o investimento que interessa, mas também a maneira como ele é gerido”, explicou.

E o melhor investimento? Para Dana Gioia, “o melhor investimento da minha vida foram os 0,83 dólares (0,68 euros) que gastei em dois cafés na Universidade de Stanford em outubro de 1975. Tinha conhecido uma estudante alguns minutos antes na livraria da universidade e não queria que a nossa conversa acabasse. Nunca mais parámos de conversar, especialmente depois de termos dito ‘sim’ numa igreja, cinco anos depois”, contou ao jornal. “O investimento exigiu, posteriormente, injeções substanciais de dinheiro, mas continua a fornecer um retorno robusto em capital”.

Eugene Fama, Nobel da Economia em 2013 e professor de finanças na Universidade de Chicago

Para o Nobel da Economia, o pior investimento que alguma vez fez foi numa companhia privada de exploração de petróleo nos anos 60. Na altura, perdeu 15 milhões de dólares (12 milhões de euros). No que diz respeito ao melhor investimento, considera que foi uma política de 50 anos de nunca investir em gestores ativos.