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MICHAEL M. MATIAS /OBSERVADOR

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Fernando Carvalho Rodrigues: "Não quero dar aulas sentado"

Foi o responsável pelo único satélite português, mas a vida de Carvalho Rodrigues tem tido muito mais do que aventuras espaciais. O Observador entrevistou-o no dia em que se despediu da universidade.

Ouvem-se os últimos resquícios de “Ombra mai fu” (“Vai-te embora sombra”), a ária com que começa a Xerxes de Händel, e Fernando Carvalho Rodrigues remata, depois de quase hora e meia a falar: “Que siga a dança”. A banda sonora muda imediatamente para Leonard Cohen e é já ao som de “Dance me to the end of love” que as cerca de cinquenta pessoas que o estiveram a ouvir se levantam e começam a aplaudi-lo. O cientista e professor universitário, conhecido do grande público por ser o pai do primeiro (e único) satélite espacial português, deu esta segunda-feira a última aula da carreira, embora vá continuar pelo IADE-U a orientar doutoramentos.

Bem-disposto e descontraído, Carvalho Rodrigues falou à plateia sobre a forma como os computadores têm substituído lentamente os seres humanos através de “uma sociedade que se foi estabelecendo sem debate, sem eleições e sem a gente dar conta”. O cientista afirmou que, dentro de pouco tempo, o número de máquinas será exponencialmente maior do que o de humanos e isso poderá ter consequências para a arte e para as leis. “Este mundo não está longe. Este mundo está connosco.”

"Portugal desindustrializou-se completamente."
Fernando Carvalho Rodrigues

Mas um tom apocalíptico é coisa que Carvalho Rodrigues prefere não ter. Sempre com uma história mais “engraçadíssima” do que a anterior, horas antes dessa palestra que deambulou pela arte, a ciência e o design, o professor universitário recebeu o Observador no gabinete que ocupa no quinto andar do IADE-U (Instituto Universitário de Arte, Design e Empresa), em Lisboa. O cientista é professor nesta escola de design porque, graças ao atual reitor deste instituto, “houve a ideia que era preciso ensinar ciência para designers“. É, diz Carvalho Rodrigues, “dos poucos nichos onde ainda há uma interação forte” entre ciência e sociedade.

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“Não sou contra ou a favor do acordo ortográfico, mas nos textos que escrevo — para as pessoas não dizerem que está tudo cheio de erros –, escrevo: “Escrito de acordo com a ortografia da D. Laura. Cada erro no ditado eram três reguadas. E eu não estou para me meter em sarilhos.” [Gargalhadas]

Deste gabinete, onde o quadro de ardósia está cheio daquilo que não parecem mais do que gatafunhos a um olho sem conhecimento, Carvalho Rodrigues tem vista privilegiada para a outra grande paixão da sua vida: o Tejo. Sim, Fernando Carvalho Rodrigues é o pai do satélite português (e assume a paternidade), mas a sua vida conta muito mais histórias: seis patentes, uma passagem pela NATO, uma canoa no Tejo, a Assembleia Municipal da Guarda, as aulas no IADE-U. E a inevitável comparação com Pavarotti, claro.

“A primeira vez que fui fazer trabalho a São Petersburgo devem-me ter tirado milhares de fotografias. Eu nunca desanimava ninguém. Deve haver centenas de pessoas que juram que estiveram com o Luciano Pavarotti naquele dia em São Petersburgo.” Nunca deixava cair a máscara, nem mesmo quando, nos Estados Unidos, encontrava um motorista de táxi italiano que lhe chamava “maestro” e o deixava viajar de borla. Ou quando foi a uma loja de discos em Nova Iorque ver onde estavam as gravações do cantor de ópera italiano. Na cara do porteiro, conta, “vejo um grande sorriso iluminar-se na cara antes de me dizer: ‘As suas gravações estão no rés-do-chão’.”

Outra das marcas que o distingue é o laço. O desta segunda-feira, em tons de vermelho e azul, é praticamente novo. “Há uma senhora que me faz os laços e este é para aí a segunda vez que o uso”, diz enquanto desmancha o nó e, em pouco mais de um minuto, volta a recompor o adereço. “Devo ter uma centena de laços. Se me arranjarem um sítio onde os pendurar todos, um dia faço uma exposição, porque esta senhora dá-me por ano uns 12 ou 15 laços. Portanto ao longo de 20 e tal anos… Depois os laços têm uma coisa: por mais gordurenta que seja a comida, nunca cai nada nos laços – as gravatas vão para o lixo. E a senhora faz os laços à minha medida, não têm elástico lá atrás, são mesmo de atar. Tem uma laçada igual à dos sapatos.”

MICHAEL M. MATIAS /OBSERVADOR

Sempre foi chamado o pai do satélite português. Ainda se revê nesse nome?

Vejo. Estamos a falar de 1993. Em 1993, tinham passado 36 anos do lançamento do primeiro satélite no mundo. Não havia assim tantos. Em 1993, havia umas vinte e tal pessoas no mundo que tinham feito satélites. Se virem as listas da altura, Portugal é dos poucos países que lá está. Revejo-me nisso, mas depois fui pai de muitas outras coisas.

Na altura o PoSAT prometia ser a grande entrada de Portugal na exploração espacial.

Era mesmo essa a ideia.

Mas não foi exatamente isso que aconteceu.

Não, porque Portugal se desindustrializou completamente.

Quem construiu o satélite foram as empresas – o satélite era da Efacec. Portugal era um país industrial: sabia fazer metalomecânica nas OGMA [antigas Oficinas Gerais de Material Aeronáutico], sabia fazer energia, sabia fazer telecomunicações. [Na altura] fazíamos microprocessadores e a Europa hoje não faz computadores.

O que se perdeu no caminho?

Foi uma decisão política na Europa, entre 1992 e 1994, que [os países da] Europa, e em particular Portugal, não iam ser países nem de indústria nem de agricultura, mas de serviços. Deu neste lindo serviço. Agora temos de voltar outra vez a ser [industrializados]. De 1960 a 1990, Portugal almejou ser um país industrial. De todos os materiais, os únicos que hoje somos capazes de trabalhar são as fibras – que são os têxteis – e a pele – que é o calçado -, o resto desaprendemos tudo. Ferro não sabemos, vidro também não, mas isto não quer dizer que por termos desaprendido uma vez não se aprenda outra vez. Isto é para dizer o que é que aconteceu em Portugal de noventa e tal até agora.

Memórias do lançamento do PoSAT, na Guiana Francesa

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“Há uma história engraçadíssima. Na véspera do lançamento, o engenheiro Nobre da Costa, que era na altura dono da Efacec – ‘dono’ no tempo em que se era dono -, olhou para mim com um ar – que não tinha agressividade nem apreensão – e disse: ‘Eu espero que você saiba o que é que anda a fazer que eu tenho lá três milhões de euros (na moeda de hoje)’.”

Dou-lhe um exemplo: a última pessoa a sentar-se no Conselho de Estado com os dentes nascidos na indústria foi o engenheiro Nobre da Costa, no tempo do General Ramalho Eanes. Olhe agora para o Conselho de Estado. Não posso criticar ninguém que lá esteja — e o senhor Presidente escolheu muito bem quem escolheu. Mas quem é que lá está que o aconselhe em indústria? Quem é que lá está que o aconselhe em coisas que deem produção? O que é que aconselham? Intriga política.

Acha normal que um Conselho de Estado não tenha um industrial? Acha normal que um Conselho de Estado não tenha um agricultor? Não é para subtrair os que lá estão, mas estes também fazem falta. O último ministro da Indústria chama-se Mira Amaral, nunca mais houve outro. E qualquer dia fazem-lhe uma estátua, porque sem ele não havia a Autoeuropa. E foi com ele que se fez o satélite. Sobrou a Autoeuropa porque os alemães estavam do outro lado. Cá o engenheiro Nobre da Costa entretanto morreu. Levámos 20 anos a desindustrializarmo-nos e agora levamos 20 anos a industrializar [utra vez]. Mas isso passa muito porque querer fazê-lo. Não há volta a dar.

"Quem é que está no Conselho de Estado que aconselhe o Presidente em indústria? O que é que aconselham? Intriga política."
Fernando Carvalho Rodrigues

Agora temos empresas novamente envolvidas na exploração espacial, como por exemplo a missão ExoMars que teve a contribuição de tecnologia portuguesa.

Sim, sim. Em Portugal faz-se muita ciência. O que acontece é que a ciência não faz parte da equação. Quando estamos a falar do espaço, a ambição na altura, em 1992, era uma aspiração semelhante à da Coreia [do Sul]. A Coreia do Sul lançou o primeiro satélite exatamente no mesmo dia que nós. Mas [os coreanos] têm hoje sete redes produzidas e lançadas por eles. E o maior lançador de satélites do mundo sabem quem é? É a Boeing. O espaço é um negócio industrial brutal. Não é uma coisa das agenciazinhas.

Memórias do lançamento do PoSAT, na Guiana Francesa

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“Passei um tormento no dia do lançamento, porque aquilo era em francês e o meu colega coreano não fazia a mínima ideia [do que se estava a passar]. Tinha voado da Coreia naquele dia e eu tinha de lhe traduzir aquela coisa para inglês e ainda tinha de tomar conta do meu satélite.”

Acredita que ainda vai ser possível ter um PoSAT II em Portugal?

É inevitável, porque senão não teremos telecomunicações. Temos forças espalhadas pelo mundo inteiro, no seio das alianças, mas nós não temos comunicações nossas. Com o PoSAT, as forças que estavam na Bósnia, em Angola e no Zaire, comunicavam todas sem pedir autorização seja a quem fosse, e podiam lá pôr aquilo que queriam, cifrado da maneira que queriam.

Era uma estratégia militar?

Não há estratégias que não englobem tudo. Não é por acaso que as OGMA, na altura, eram do Estado Maior da Força Aérea. As OGMA naquela altura faziam aviões. A minha querida acredita que em Portugal se faziam aviões? Entre 1984 e 1988, nós fomos o maior exportador mundial de visão noturna — aquela coisa que dá nos filmes para ver verde.

5 fotos

Foi por sermos um país tão industrializado, na altura, que foi pedido a Portugal que construísse um satélite do zero em 12 meses? Parece pouco tempo.

Foram dois anos a preparar e mais um para construir mesmo. Na altura nós sabíamos mesmo construir. Numa empresa que eu fundei em 1983 — a EID [Empresa de Investigação e Desenvolvimento de Eletrónica] –, e que ainda existe hoje, nós fazíamos rádios, sistemas de comunicações para o mundo inteiro. Éramos um país a quem as pessoas encomendavam plataformas para fazer exploração petrolífera. Sabíamos trabalhar o ferro. Hoje não sabemos, temos de aprender. O país de alguma maneira esteve de acordo em fazer só serviços. Hoje temos ciência do melhor que há, mas não faz parte da equação.

MICHAEL M. MATIAS /OBSERVADOR

Um dos serviços que prestamos é o turismo. De que forma podia ligá-lo à sua paixão pelos barcos? Acha que seria atrativo para o turismo?

A minha canoa [Ana Paula] nunca irá fazer turismo a não ser com os meus amigos. [risos] A Ana Paula [uma canoa de 1947] era o “Mercedes” do conselho de administração de um estaleiro britânico que deu depois origem à Lisnave. A canoa mais antiga da Marinha do Tejo é de 1900, chama-se Pé Leve. De 1900 a 1950 transportava pessoas, era um táxi. Se há transporte ecológico, que deixa uma pegada de carbono igual a zero, são estes barcos, porque isto anda com a energia mais abundante do universo, que é a gravidade — a maré. Em Lisboa, até ser feita a ponte, o transporte de frescos, a saída dos lixos, tudo era transportado em barcos de grandes dimensões — as fragatas e os varinos, que chegavam a deslocar 300 toneladas. Mas tudo quanto era transporte de pessoas era feito nestes barcos. Esquecemo-nos da via da água como transporte. Mesmo as pessoas que estão ligadas ao ambiente não pensam na água como uma via de transporte, porque nos esquecemos.

Porque é que não nos devemos esquecer dos barcos que faziam o transporte no Tejo?

A ligar dois milhões e meio de pessoas [na margem norte do Tejo] com um milhão e meio [do outro lado] existem duas estradas, chamadas pontes. Se um dia acontece uma chatice de um dos lados e os hospitais e os meios de socorrer as pessoas estão do outro, as pontes, não vão cair, mas vão ficar completamente imobilizadas. A única entidade que tem nos seus estatutos que fica imediatamente disponível para a proteção civil, para transportar gente ou o que for possível, são estes barcos da Marinha do Tejo. Porque eu quero ver como é que atravessam para o lado de lá com isto tudo assoreado. Se isto continuar assim e não dragarem o rio, um dia temos uma maré de 4,5 metros, com um bocadinho de vento de sul, e vamos ter água na Praça da Figueira. Num dia de sol.

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Como é que o pai do PoSAT vai fazer investigação em contraterrorismo para a NATO?

As equações são as mesmas.

Qual era a sua principal missão na altura?

Era saber quais as ameaças que iam emergir. Como é que a gente podia antever que vinham lá. Há um parâmetro que leva o meu nome, portanto sou pai de outra coisa, que é o “Carvalho Rodrigues entropy”.

Uma das suas patentes…

Em 1881 houve um senhor que fez uma descoberta fantástica: sempre que um problema tem um superlativo, tem solução. Um problema de superlativo é uma coisa que exige um máximo ou um mínimo. Se tiver só um superlativo, tem solução. De modo que houve um senhor chamado Zipf que disse: “Se eu inventar o princípio do menor esforço como a base do comportamento humano, talvez isto seja a forma ecológica dos humanos viverem”. O parceiro tinha mesmo razão.

Porque é que eu vim para design? Porque os designers são um bocado como o pessoal da ciência, pelo menos como eu. A gente só consegue vender projetos em ciência de coisas que não faz caroço a mínima ideia de como é que se fazem. Tudo o resto os outros já fizeram. O designer é alguém que tem a humildade de ter como vida servir o desejo dos outros e a suprema arrogância de acreditar que é capaz de o fazer. Portanto é um problema de superlativo. Os problemas de política agressiva são problemas de verdade. Não há guerras por razões económicas. A guerra tem de ser por verdades. Uma verdade contra outra verdade. São os superlativos. Portanto as equações são as mesmas.

"Se isto continuar assim e não dragarem o rio, um dia vamos ter água na Praça da Figueira."
Fernando Carvalho Rodrigues

Na altura em que esteve na NATO, o que é que identificou como os principais riscos e ameaças?

Primeiro, ter muito claro esta coisa que a base fundamental das guerras é a verdade. As verdades. Depois, a outra a seguir é o conhecimento do bem e do mal. À medida que o conhecimento, com os seus limites, foi avançando, o número de seres humanos que é preciso para acabar com esta história toda cada vez é mais pequeno. Podemos fazer aqui uma conta simples, inventar um coeficiente de extinção. No século XVII, quando se inventaram os materiais energéticos, era preciso muita gente aos tiros. Depois, quando se descobriu a linguagem física da vida, com mil pessoas fazemos armas químicas de grande destruição. E hoje que sabemos a linguagem química da vida. Garanto-vos que se me deixarem escolher umas 50, 100 pessoas, eu faço aí uns animais [longa pausa] terríveis. O número de pessoas que é necessário para dar cabo disto tudo é cada vez mais pequeno. O conhecimento nem é bom nem é mau, mas não é neutro.

Se ainda estivesse a trabalhar na NATO, quais seriam as suas principais preocupações?

O terrorismo pode aparecer em qualquer parte. Agora não posso apanhar o autocarro porque tenho medo de apanhar o autocarro, tenho medo de levar os garotos para não sei quê, já não vou tomar o pequeno-almoço ali… é a quebra da normalidade. A vasta maioria dessas pessoas [terroristas] são normalmente gente muito inteligente que vêm de Engenharia e Medicina. Raramente vêm de Direito e de Letras. São sempre os melhores alunos. Queremos racionalizar aquilo, arranjar razões, de economia, disto, daquilo. Mas não existe contabilidade nenhuma naquilo. Para mim, continua a ser incompreensível.

Há outra grande ameaça que são as migrações. Vocês podem não acreditar, mas vão à net e procurem “Em Nome da Consciência”, de Fernando Carvalho Rodrigues, de 90 e tal. Está lá escrito que lá virão milhões dos quatro mil milhões de deserdados do planeta. As migrações são terríveis. As pessoas estão no desespero e batem à porta e isso é encarado nos tempos de hoje como uma ameaça. É muito complicado aparecerem todos de uma virada. Só há um processo: industrializar aquelas zonas e fazer fixar as pessoas. Mas isso não é possível fazer nos tempos curtos que temos. Nós matámos o tempo. Quando abandonámos a terra, no século XIX, passámos e viver com tempos muito curtos. Este problema, nas escalas de tempo que estamos a considerar, é insolúvel.

"O designer é alguém que tem a humildade de ter como vida servir o desejo dos outros e a suprema arrogância de acreditar que é capaz de o fazer."
Fernando Carvalho Rodrigues

Dá muito trabalho ser presidente da Assembleia Municipal da Guarda?

Não. Desde que quando eu lá vá, mostre que tenho mau feitio [risos]. A vasta maioria daquelas pessoas está a fazer um trabalho que acha que é o melhor para a terra deles. Existe, no interior, esta noção de que o grande investimento vem da emigração e que é um território descapitalizado porque ao longo de centenas de anos houve emigração atrás de emigração – primeiro para o Brasil, depois para os Estados Unidos, depois para França. O dinheiro saiu todo de lá.

Vai ter saudades de dar aulas?

Não deixo de dar aulas aos doutoramentos. Mas sempre dei aulas ao primeiro ano e nessa altura é que vale a pena. Para dar aulas a centenas de alunos do primeiro ano, a aula tem de ter uma componente de atração das pessoas, porque aquilo são rapazes e raparigas de 18, 19, 20 anos — a densidade e o número de distrações à volta é muita grande. Manter aquilo tudo concentrado requer um esforço físico. E eu este ano dei comigo a dar aulas sentado. Há dois anos apareceu-me uma arritmia no coração e o professor Seabra Gomes disse-me: “Olhe que você vai ter menos 30% de energia”. Pensei eu: “Vou ter o tanas!”. É verdade, tenho mesmo. Não quero dar aulas sentado.

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