A notícia chegou-me há poucos minutos, e foi já há imenso tempo, tanto pesa: morreu o Fernando de Sousa! O Fernando? Ora, pode lá ser.

Pode ser. Morreu o Fernando de Sousa. E agora, Fernando, quem me vai lançar o “olá companheiro” jovial com que me saudaste tantas vezes nos últimos 30 anos? Onde vou poder ver o teu sorriso meio irónico pintado de sabedoria, escutar as tuas opiniões carregadas da experiência de 3 décadas a acompanhar o pulsar da vida europeia, das instituições e das suas gentes, dos políticos de todos os quadrantes e geografias? Na pantalha, claro, em imagens coloridas de saudade… mas não é a mesma coisa.

Além disso, meu querido Fernando, quem nos vai agora trazer as notícias sobre o coração da Europa, onde o futuro de todos nós continua a construir-se tant bien que mal, todos os dias, da forma como tu no-las trazias: com convicção, com tranquilidade, com credibilidade?

Tu eras, Fernando, o nosso homem bom da Europa, o rosto que dava confiança, a fonte das notícias certas no momento certo e com o tom exacto. Eras meu amigo, e amigo de tanta gente. Vais-nos fazer falta. Muita falta. Diz à morte que isto não se faz.

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