Portugal ainda tem um longo caminho pela frente, mas o programa da troika foi um sucesso, mas o caminho pela frente ainda é duro, disseram hoje em Bruxelas responsáveis da Comissão Europeia, FMI e um ex-membro do BCE, que consideram ainda que o país não tinha alternativa que não fosse seguir o programa da troika.

Durante o Brussels Economic Forum, que decorre hoje em Bruxelas, o ex-membro da comissão executiva do Banco Central Europeu e agora secretário de Estado do Ministério do Trabalho da Alemanha, Jorg Asmussen, disse que a seu ver “o ajustamento foi um sucesso”, mas que isso não põe de parte as dificuldades que ainda existem.

O também ex-ministro adjunto das Finanças da Alemanha reconheceu que Portugal fez progressos, disse que a situação orçamental “é agora sustentável” e que Portugal foi capaz de regressar aos mercados de capitais até a mais longo prazo, e que não vê alternativas ao caminho do programa de ajustamento.

“Não estou a dizer que é tudo positivo. Mas qual teria sido a alternativa para o país? Seguir o programa era do interesse do país”, afirmou.

O diretor do departamento europeu do Fundo Monetário Internacional, Reza Moghadam, também considerou que Portugal fez grandes progressos com o programa parcialmente desenhado e aplicado pelo FMI e colocou a situação nos mesmos pressupostos: “Qual seria a alternativa?”, questionou.

O responsável do FMI disse ainda que “apesar da situação ser muito difícil, a sustentabilidade das finanças públicas foi alcançada e há sinais de retoma no crescimento económico”, já depois de criticar o “labirinto” que são as novas regras orçamentais europeias, que diz serem muito confusas e que precisam de clarificação breve.

Por sua vez, o vice-presidente da Comissão Europeia, Olli Rehn, disse ter grande admiração política “por todas as decisões políticas que foram tomadas por Portugal”, elogiando a recuperação económica e diminuição do desemprego, mas diz que Portugal terá de continuar a tomar decisões difíceis.

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