O Governo português lamentou hoje a morte dos três jovens israelitas sequestrados a 12 de junho no sul da Cisjordânia e apresentou condolências e solidariedade às famílias das vítimas e às autoridades israelitas.

Num comunicado enviado à agência Lusa, o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) condenou, em nome do Governo português, o “crime bárbaro” e expressou as condolências às famílias das vítimas e às autoridades israelitas.

Os corpos dos estudantes israelitas foram encontrados segunda-feira durante buscas efetuadas numa zona situada a noroeste da cidade palestiniana de Hébron, a norte do colonato de Telem, no sul da Cisjordânia, de acordo com um comunicado do Exército israelita.

Um largo contingente de forças israelitas foi destacado segunda-feira à noite na região da localidade palestiniana de Halul, onde se concentravam as operações de busca desde o desaparecimento dos três estudantes de escolas religiosas, a 12 de junho passado.

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Em comunicado, o MNE português salienta que o “Governo condena este crime bárbaro, expressa as suas mais sentidas condolências às famílias das vítimas e às autoridades israelitas e manifesta a sua solidariedade para com o povo de Israel”.

“Os responsáveis por este ato cruel deverão ser levados perante a Justiça”, lê-se no comunicado.

O Governo português apelou também à contenção, para “evitar uma escalada de violência” e agravar a situação das populações civis israelita e palestiniana, “duramente afetadas pelo arrastamento do conflito”.

Também a Comunidade Israelita de Lisboa condenou hoje a morte dos três adolescentes raptados na Cisjordânia, apresentando condolências e “profunda solidariedade às famílias enlutadas e a todo o povo de Israel”.

“Trata-se de um crime hediondo perpetrado por terroristas sobre jovens inocentes que deve ser denunciado e condenado energicamente pela comunidade internacional. A passividade e a complacência terão apenas como resultado o crescimento imparável da mesma cultura de ódio que acaba de vitimar os três adolescentes”, realçou a Comunidade em comunicado enviado à agência Lusa.

Na passada semana, Israel divulgou as identidades dos dois principais suspeitos do rapto, que pertencem ao movimento Hamas, segundo as autoridades israelitas.

Um porta-voz do Hamas na Faixa de Gaza, território governado por aquele movimento radical palestiniano, rejeitou as acusações israelitas.

A Organização de Libertação da Palestina (OLP), dirigida por Mahmoud Abbas, assinou a 23 de abril passado um acordo de reconciliação com o Hamas, que resultou, a 02 de junho, na formação de um Governo de consenso composto por personalidades independentes.