O esforço de consolidação orçamental este ano vai ser inferior em 0,2% do PIB ao previsto ainda no final de abril pelo Governo no Documento de Estratégia Orçamental, de acordo com o segundo Orçamento Retificativo.
No DEO apresentado no final de abril, o Governo previa que a redução do défice estrutural fosse de 0,7% do PIB, mas agora, com as mudanças que quer introduzir no Orçamento, aponta para uma redução no mínimo exigido pelas regras do tratado orçamental: 0,5% do PIB.
Com isto, o défice estrutural passará de 2,6% para 2,1% do PIB.
O esforço de consolidação orçamental, como diz o próprio Governo no Retificativo, é melhor avaliado pelo saldo estrutural porque exclui os efeitos do ciclo económico e as medidas extraordinárias.
O défice orçamental está previsto que atinja os 4%, mas falta saber como serão contabilizados vários efeitos nas contas do Estado, tais como os empréstimos às empresas de transportes, ao Fundo de Resolução para recapitalização do Novo Banco e das imparidades com o BPN.