O porta-voz do ministério da Defesa russo negou, esta quinta-feira, que a Rússia tenha invadido o espaço aéreo da Estónia, alegando que o Ilyushin-20, um avião especializado na recolha de informações, voou “sobre águas neutras do Mar Báltico”, como parte de um exercício de treino militar.

Esta reação russa acontece depois de na quarta-feira o ministério dos Negócios Estrangeiros da Estónia ter convocado o embaixador russo em Taillin, Yury Merzlakov, para que esclarecesse o episódio.

De acordo com um comunicado do comando das forças da NATO na Europa (Shape), o Ilyushin-20 terá sido intercetado na quarta-feira (22) por dois F-16 portugueses, em conjunto com aviões dinamarqueses e suecos, enquanto sobrevoava o espaço aéreo estónio nos arredores da ilha Saaremaa.

O avião russo, que voou durante quatro horas perto do espaço aéreo aliado, nunca se identificou, apesar dos sucessivos pedidos dos controladores de tráfego aéreo para que o fizesse.

Pelo menos seis caças ocidentais entraram, então, em ação, cabendo aos aviões portugueses a missão de escoltar o Ilyushin-20 “até [este] se afastar do espaço aéreo da NATO”. Terá sido no momento da abordagem portuguesa, que o avião russo invadiu o espaço aéreo da Estónia.

A incursão russa durou “menos de um minuto, o que representa uma incursão de cerca de 600 metros no espaço aéreo da NATO”, explicou a aliança ocidental no comunicado.

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