A operação de salvamento a Luke Somers, no Iémen, fracassou quando um cão de guarda alertou os captores do fotojornalista, militantes da Al-Qaeda. Somers foi alvejado, bem como o professor sul-africano Pierre Korkie, deitando por terra uma tentativa de resgate lançada porque, diz Barack Obama, não havia muito a perder.

“No início desta semana, um vídeo difundido pelos captores terroristas anunciava que Luke seria morto dentro de 72 horas. Outras informações também indicavam que a vida de Luke estava em perigo iminente“, pode ler-se em comunicado emitido pelo Presidente norte-americano. “Tendo por base essa avaliação, e assim que houve informação confiável e um plano operacional, autorizei uma tentativa de salvamento”, acrescentou.

Segundo informação oficial da administração Obama, citada pela Bloomberg, os captores de Luke Somers foram alertados da aproximação das forças especiais norte-americanas por um cão de guarda. Os reféns foram alvejados antes que os militares conseguissem aproximar-se do local onde estavam cativos.

Os EUA dizem que as forças especiais mataram todos os militantes da Al-Qaeda presentes no complexo onde estava Somers, mas não conseguiram fazê-lo antes de os terroristas tirarem a vida ao fotojornalista de 33 anos e ao professor sul-africano.

Luke Somers, capturado há mais de um ano por militantes da Al-Qaeda no Iémen, foi morto no final da semana passada. A notícia da morte do fotojornalista foi dada no sábado pela irmã à Associated Press. Os militantes da Al-Qaeda no Iémen tinham difundido na quinta-feira um vídeo em que aparecia Somers, ameaçando tirar-lhe a vida dentro de três dias caso os EUA não acedessem às suas exigências. A irmã de Luke, Lucy, respondeu com um vídeo em que implorava para que deixassem o irmão viver. Somers era um “romântico que acreditava sempre no melhor das pessoas”.

A Al Jazeera compilou no sábado uma fotogaleria com algumas das melhores fotos tiradas pelo fotojornalista no Iémen.

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